Grafites se espalham por São Paulo com "apoio oficial" Victor Moriyama/BBC Um grupo de grafiteiros se uniu, conseguiu apoio da prefeitura de São Paulo e dos moradores e fez grandes obras nas paredes dos prédios do conjunto habitacional parque do Gato, no Bom Retiro, região central de São Paulo. Acima, obra do artista Mundano Mais Victor Moriyama/BBC Acima, o grafite de Subtu, organizador do projeto. O lêmure é um personagem recorrente em suas obras. Na imagem, ele aparece empinando uma pipa, diversão comum entre as crianças do parque do Gato, e se divertindo apesar de estar preso em uma garrafa, algo que reflete os empecilhos que os moradores enfrentam para se divertir Mais Victor Moriyama/BBC Os grafiteiros querem fazer mais obras no parque do Gato e levar o projeto para outros conjuntos habitacionais da cidade. Acima, obras de Subtu e FEL Mais Victor Moriyama/BBC Em 2011, um grupo de 16 grafiteiros estava colorindo as pilastras do metrô na avenida Cruzeiro do Sul, em Santana, zona norte de São Paulo, um local que historicamente sempre atraiu os grafiteiros. Mas, quando a polícia chegou, todos foram levados para a delegacia, acusados de crime ambiental. Acima, grafites de Chivitz (primeiro plano) e Binho Ribeiro Mais Victor Moriyama/BBC Na delegacia, o grupo começou a elaborar um projeto para a criação de um museu naquele local. Eles conseguiram parcerias, buscaram autorizações do Estado e do Metrô, e assim nasceu o Museu Aberto de Arte Urbana. Acima, grafite de Binho Ribeiro Mais Victor Moriyama/BBC Os curadores do museu são os grafiteiros Chivitz e Binho Ribeiro e, apesar de não ter nenhuma proteção, como todo grafite, as obras permanecem em bom estado desde o início do museu. Acima, o grafite de Tinho Mais Victor Moriyama/BBC Binho Ribeiro conta que, juntamente com o museu, surgiram outros pedidos para a região, como a criação de ciclovia e mais iluminação. "É uma área em abandono. Após a pintura, surgiu o interesse de comerciantes locais", disse. Acima, os grafites de Ciro e Boleta Mais Victor Moriyama/BBC Os grafiteiros queriam continuar com o projeto com o apoio da Secretaria Estadual da Cultura, que, por meio de sua assessoria, informou que "não dará continuidade ao incentivo neste ano". Mas, a secretaria informou que mantém o apoio ao grafite e que os organizadores do museu podem voltar a pleitear o incentivo para continuar mantendo o Museu Aberto de Arte Urbana. Acima, o grafite de Minhau Mais Victor Moriyama/BBC No final do mês de agosto ocorreu no Centro Cultural da Juventude, no bairro do Limão, zona norte de São Paulo, um encontro de grafiteiros que coloriu parte dos muros do Cemitério de Vila Nova Cachoeirinha, também na região. Acima, a obra de Joks Mais Victor Moriyama/BBC Ao todo, participaram 40 artistas com a curadoria do grafiteiro Bonga. Acima, a obra do grafiteiro Cabelin Mais Victor Moriyama/BBC Mesmo com o apoio oficial, para Bonga não há garantias de que estas obras vão permanecer intactas nos muros do cemitério. Para ele, esta arte é efêmera, "a rua é quem decide" Mais Victor Moriyama/BBC Eduardo Kobra tem vários grafites autorizados, verdadeiros murais, espalhados por vários pontos da cidade. Este, na Igreja do Calvário, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo retrata o viaduto Santa Efigênia Mais Victor Moriyama/BBC Kobra afirma que pintar nas ruas, para ele, é uma questão pessoal e ele vai continuar fazendo isto independentemente de convites para obras autorizadas e exposições em galerias. Para o artista, grafitar é uma representação de seu amor por São Paulo Mais