EUA liberam acesso a documentos de símbolo de luta contra racismo

Thomas/Rosa Parks Papers, Manuscript Division, Library of Congress, Washington, D.C.
A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos liberou o acesso à coleção de documentos pessoais e fotos da mulher que se transformou em símbolo da luta pelos direitos civis no país, Rosa Parks. A imagem da ativista é de 1950 Mais
Manuscript Division, Library of Congress, Washington, D.C.
Rosa entrou para a história por um pequeno desacato: ela se recusou a ceder o assento que ocupava em um ônibus para um homem branco no dia 1º de dezembro de 1955. O gesto da mulher negra mudaria os rumos da história americana
McLain's Photo Service
A costureira de 42 anos e integrante da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês) viajava no ônibus quando um homem branco exigiu o lugar. Na imagem, ela coleta a taxa de US$ 2 para fazer parte da NAACP, em 1956
Manuscript Division, Library of Congress, Washington, D.C.
Depois de se casar com Raymond Parks, em 1932, Rosa se envolveu com a associação, onde ganhou reputação como militante e feminista e também foi motivadora de campanhas para estimular o registro eleitoral entre negros. Na foto, Rosa e Raymond estão sentados (terceira e quarta cadeira à esquerda) no que parece ser uma reunião da NAACP em Montgomery, Alabama, em 1947
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A ação de Rosa deu início a um grande boicote dos negros aos ônibus, organizado por Martin Luther King Jr. O protesto, por sua vez, levou à aprovação da lei de 1964 que proibiu a discriminação racial nos EUA. Na foto, um cartão-postal para Rosa Parks, enviado por Martin Luther King Jr. enquanto ele viajava pela Europa em 1957. "Penso em você constantemente", escreveu Luther King
Gil Baker
A fama também trouxe problemas para a ativista. Sem conseguir emprego no Alabama e depois de uma série de ameaças, ela e o marido se mudaram para Detroit. Na foto, Rosa Parks acena de um avião da United Airlines, em Seattle, Washington, em 1956
Manuscript Division, Library of Congress, Washington, D.C.
Mesmo sem ter direito ao voto, afro-americanos ainda tinham que pagar um imposto eleitoral. Rosa Parks garantiu o direito ao voto na década de 1940, depois de pelo menos duas tentativas de se registrar. Este recibo mostra o quanto Parks pagou de imposto eleitoral em 1957, pouco antes de ela e o marido se mudarem para Detroit
Manuscript Division, Library of Congress, Washington, D.C.
Acima, livro da Feira de Montgomery, em 1955, que Rosa Parks usou como caderno em 1956. No caderno há uma lista de nomes, incluindo os de motoristas que ofereciam carona durante o boicote aos ônibus. Milhares de afro-americanos se recusaram a andar de ônibus durante 13 meses. A perda de receita e uma determinação da Suprema Corte obrigaram a Companhia de Ônibus de Montgomery a acabar com a segregação
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A coleção também tem uma série de discursos e anotações de Rosa Parks. Na foto, rascunho de uma carta em que Rosa fala da dor pessoal que sentia devido à segregação e discriminação
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O acervo contém duas cartas de Rosa Parks para a mãe, Leona McCauley, sobre as atividades dela em Nova York, em maio de 1956. Rosa passou duas semanas na cidade participando de vários eventos, incluindo o comício "Heroes of the South", no Madison Square Garden
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Na imagem, uma receita de panquecas escrita por Rosa Parks
BBC
De 1965 até sua aposentadoria, em 1988, Rosa Parks trabalhou como assessora do congressista John Conyer (mostrado nesta imagem de 1990). Viúva em 1977, ela fundou o Instituto Rosa e Raymond Parks para o Desenvolvimento, uma década depois, para desenvolver a liderança entre os jovens de Detroit
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Em 1996, ela recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade. Em 1999, Rosa Parks recebeu a maior honra civil dos EUA, a Medalha de Ouro do Congresso
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"Sabemos que a senhora Parks ficaria orgulhosa com o fato de a Biblioteca do Congresso manter seu legado com a estima que merece e vamos torná-lo disponível para o mundo aprender com ele e valorizá-lo", disse Elaine Eason-Steele, uma das fundadoras do Instituto Rosa e Raymond Parks para Desenvolvimento. Na imagem, Rosa Parks em novembro de 1956 Mais