A vida dos trabalhadores dos esgotos de Mumbai, na Índia

Sudharak Olwe/BBC
Trabalhadores descem ao inferno nos esgotos de Mumbai, na Índia, para manter a superfície limpa Mais
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Todos os varredores pertencem à casta dos Dalits, antes conhecidos como intocáveis. Eles coletam o lixo, varrem as ruas da cidade, limpam as calhas, enchem e esvaziam caminhões de lixo e atuam nos aterros Mais
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Essas pessoas muitas vezes têm de descer às galerias de drenagem de águas --algumas são tão profundas que poderiam acomodar um ônibus de dois andares. Depois de emergir, o trabalhador pode levar horas para se 'recuperar'. O trabalho não requer habilidades especiais, apenas um par de braços e pernas e a coragem de descer até o inferno Mais
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Parmar usa uma pesada vassoura de madeira para limpar essa escadaria --para fazer uma pequena pilha com as minúsculas folhas que tira dos degraus são necessárias de 30 a 40 passadas. E esse trabalho tem de ser feito bem rápido, antes que as folhas sejam espalhadas pelo vento Mais
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O material que esses trabalhadores removem inclui carcaças de animais, restos de comida, fios de aço, lixo hospitalar, pedaços pontiagudos de vigas de madeira, pedras, vidro quebrado e até lâminas Mais
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A remoção é um trabalho árduo e as ferramentas para isso são primitivas: as mãos são usadas para levantar o lixo e os ombros, para carregá-lo. Jadhav, que atua nessa função há vários anos, não gosta de falar sobre seu trabalho. Há cicatrizes em seus ombros, provocadas pelas varas de madeira. Questionado sobre sentir dor, ele acena com a cabeça Mais
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Há quatro aterros situados nos extremos leste e oeste da cidade -- todos com a capacidade já esgotada. Nenhum deles tem uma cantina ou ao menos um pequeno quarto onde os trabalhadores possam trocar de roupa ou apenas sentar para descansar durante uma pausa Mais
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Um 'benefício' do trabalho é o direito a uma pequena casa, mas muitas acabam tendo de ser divididas entre duas ou mais famílias. Uma linha no chão divide o 'território' de cada uma delas Mais
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A mulher de Hiraman, que recusou ser fotografada, está furiosa porque, segundo diz, o varredor dá a ela apenas 150 rúpias (R$ 9,09) mensais para manter a casa. Quando esse registro foi feito, ameaçava deixá-lo --ele a mandava se calar. Hiraman está visivelmente esgotado e é improvável que viva por muito tempo. Se morrer, ela será considerada um "caso digno de pena" e herdará seu trabalho Mais