Não era pra diminuir?

Governo põe limite de açúcar acima do que já existe nos principais produtos

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Em novembro de 2018, Ministério da Saúde e fabricantes de alimentos assinaram acordo para diminuir açúcar de produtos industrializados

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Ideia é reduzir 144 mil toneladas de açúcar até 2022. Mas isso é apenas 1,5% do consumido no país

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Se fosse um acordo forte, a indústria não aceitaria"

Mélissa Mialon
pesquisadora da USP
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Pontos positivos do acordo

- Alerta sobre necessidade de reduzir consumo de açúcar

- Estabelece metas para indústria diminuir uso do produto

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- Não fala em multa para quem descumprir o acordo

- É difícil de fiscalizar: não obriga a indústria a colocar percentual de açúcar na embalagem

- Além disso, o acordo estabeleceu níveis de açúcar acima do praticado por alguns produtos muito consumidos pelos brasileiros

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Nescau

Acordo estabeleceu limite de açúcar acima do que está presente no achocolatado mais consumido no país

Danoninho

O produto não vai precisar diminuir açúcar. O 2º mais vendido, Chambinho, tem 14% de açúcar

Trakinas

Governo e indústria pactuaram açúcar 0,1 ponto percentual acima do trazido pelo líder do segmento. Coincidência?

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Coca-Cola

A bebida tem 10,5 gramas de açúcar para cada 100 ml — 0,10 gramas abaixo da meta do acordo.

Toddynho

Já traz menos açúcar do que o pactuado no acordo que pretende retirar açúcar dos industrializados

Um quinto dos brasileiros estão obesos

O brasileiro consome 80g de açúcar por dia - 50% a mais do que o recomendado pela OMS

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Publicado em 14 de dezembro de 2018.

Arte: Micaele Martins

Edição: Bruno Aragaki e Lúcia Valentim Rodrigues

Reportagem: O Joio e o Trigo outraspalavras.net/ojoioeotrigo