3 mortos e 4 feridos

Como quadrilha se armou para ataques em Araçatuba

Por Letícia Mutchnik

"Novo Cangaço"

Na madrugada de segunda, um grupo armado com fuzis atacou caixas eletrônicos em Araçatuba, no interior paulista. Eles usaram reféns como escudos humanos na fuga, espalharam explosivos pelas ruas e monitoraram os passos da polícia com drones.
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Fuzis

Bancos e estabelecimentos foram alvos de disparos com armas potentes. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, foram usados fuzis de calibre 7.62 e .50. -- geralmente alugados ou emprestados, às vezes do PCC.
Polícia Militar de São Paulo

Explosivos

Os materiais utilizados para destruir os caixas eletrônicos também foram espalhados em 20 pontos da cidade. Suspeita-se serem dinamites, encontradas em pedreiras e mercados ilegais, ou uma mistura de diesel ou querosene com nitrato de amônio.
Reprodução
Até agora, 97 explosivos foram encontrados e apenas 16 deles foram desarmados. Foi a maior apreensão de explosivos instalados por criminosos.
Riatoan Rodrigues

O que tem de novo nessa ação é a quantidade de explosivos e a variação deles. Com detonadores que são ativados por controle remoto, com sensor de movimento e à distância. Coisa que só o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) consegue desarmar, dando mais tempo de fuga para os assaltantes.

Rafael Alcadipani,
Especialista em segurança pública
Drones também surpreenderam as autoridades, e serviram para monitorar o deslocamento, principalmente da polícia, tanto na chegada à cidade quanto na fuga para a zona rural.
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O uso desses objetos demonstram que os criminosos estão cada vez mais especializados e organizados. Ou seja, aprimorando os ataques.
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O uso de drones mostra que a tecnologia deles está evoluindo. Como estão indo para lugares cada vez mais povoados, é mais possível ter uma resposta rápida da polícia. Então estão dando uma incrementada.

Guaracy Mingardi,
Especialista em seguraça pública
Ontem, dois suspeitos foram presos em São Pedro (SO), com coletes à prova de bala, luvas, armamentos e cerca de RS 3 mil.
Reprodução/Twitter
Publicado em 04 de setembro de 2021.
Edição: Lúcia Valentim Rodrigues