Covid-19

As imprecisões do depoimento do reverendo Amilton à CPI

Por Gabriel Toueg

Primeiro a depor à CPI da Covid após a retomada das atividades, o reverendo Amilton Gomes de Paula, que teria atuado como intermediador em uma negociação para adquirir doses de AstraZeneca, irritou senadores ao fornecer respostas imprecisas e contraditórias.
Jefferson Rudy/Agência Senado

A polêmica da vacina

Sem experiência com vacinas, a Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários) se viu envolvida em ilegalidades. A denúncia foi feita após divulgação de e-mails em que Laurício Cruz autorizava Amilton, líder da entidade, a comprar 400 milhões de doses de imunizante.
Pedro França/Agência Senado

Relação com ONU e CNBB

A Senah usou em correspondência timbrada, com a assinatura do reverendo, logotipos da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil e da Organização das Nações Unidas. Hoje, Amilton admitindo que não há vínculo com essas entidades.
Jefferson Rudy/Agência Senado

Currículo com informações falsas

O currículo do reverendo divulgado no site da ONG tem uma série de “inverdades”, como menção à reitoria de uma instituição inexistente na base do MEC. Ele também diz integrar entidades que não listam seu nome ou não o reconhecem como filiado.
Pedro França/Agência Senado

Governo federal

Amilton disse não conhecer Jair Bolsonaro (sem partido), mas ter sido filiado ao PSL e atuado na campanha. Ele é apontado como elo entre o Planalto e empresas investigadas.
Leopoldo Silva/Leopoldo Silva/Agência Senado

Idas e vindas no discurso

Durante o depoimento, o reverendo voltou atrás e contrariou versões dadas anteriormente aos senadores.
ADRIANO MACHADO/REUTERS

Eu queria vacina para o Brasil. Tenho culpa, sim. O que eu cometi não agradou primeiramente aos olhos de Deus.

Reverendo Amilton Gomes de Paula,
chorou ao dizer-se arrependido de
Jefferson Rudy/Agência Senado
Publicado em 03 de agosto de 2021.
Edição: Clarice Cardoso