Posse nos EUA

Biden desfaz legados de Trump (e Brasil perde muito com isso)

Por Carolina Marins

Joe Biden tomou posse hoje como novo presidente dos Estados Unidos. Sua primeira ação foi reverter 17 decretos de Donald Trump. Alguns deles, impactarão diretamente o Brasil.
Jim Lo Scalzo/pool/via Reuters

Acordo de Paris

Biden recolocou os EUA no Acordo do Clima de Paris. Ele promete uma política ambiental focada na redução do uso de combustíveis fósseis.
Rob Carr/Getty Images
A medida é contrária à política ambiental atual do Brasil, que viu desmatamento e emissão de poluentes crescerem nos últimos anos. O meio ambiente pode ser o ponto central de embate com o novo governante norte-americano.
Mateus Bonomi/AGIF/Estadão Conteúdo

Direitos humanos

Biden encerrou uma comissão do governo Trump que, segundo historiadores, distorceu o papel da escravidão nos EUA. O democrata promete um governo mais inclusivo na pauta racial, de gênero e LGBTI+, temas que devem ser ainda mais incisivos com Kamala Harris na vice-presidência, a primeira mulher e primeira negra no cargo.
Drew Angerer/Getty Images
É outro ponto que coloca EUA e Brasil em choque, já que os direitos humanos no governo de Jair Bolsonaro são tratados como "pauta da esquerda". Com Damares Alves à frente do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o Brasil mantém o apoio a pautas conservadoras.
Edu Andrade/Fatopress/Estadão Conteúdo

Pandemia

Por meio de Ordem Executiva, Biden pretende responder de forma mais agressiva à pandemia do novo coronavírus. Diferentemente de Trump, o presidente está exigindo o uso de máscara e o distanciamento social.
Tom Brenner/Reuters
Todas as ações de Bolsonaro diante da pandemia foram repetições dos atos de Trump nos EUA. Ele imitou o americano ao incentivar o uso de cloroquina, provocou aglomerações e fez pouco caso do distanciamento social, assim como já foi visto mais de uma vez sem máscara. A forma como o Brasil lida com a pandemia é foco de críticas internacionalmente.
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Imigração

Também por meio de Ordem Executiva, Biden suspendeu a construção do muro na fronteira com o México, tirou a proibição de entrada de muçulmanos de diversos países e apoiou o DACA, programa de proteção a imigrantes que chegaram ao país ainda crianças.
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O começo do governo Bolsonaro utilizou a estratégica xenofóbica de Trump para justificar barreiras a imigrantes, em especial vindos da Venezuela. Assim como o ex-líder americano, a retórica do governo atual é de fechamento das fronteiras nacionais em nome de uma suposta segurança.
Ricardo Moraes/Reuters
Publicado em 21 de janeiro de 2021.