Ludhmila Hajjar, uma das profissionais de saúde que cuidou de Jair Bolsonaro (PL) após a facada em 2018, contou detalhes de como foi esse atendimento.
Em entrevista ao "Alt Tabet", do Canal UOL, Hajjar ressaltou que foi como médica e cumpriu "a missão" que lhe foi dada.
Hajjar explicou que participou da primeira cirurgia de Bolsonaro logo após a facada e que cuidou dele "nas horas mais críticas".
"Cheguei em um momento em que o paciente já estava sendo operado. Participei do final da cirurgia, da chegada dele na UTI, cuidei dele nas horas mais críticas", disse.
A médica também rechaçou as fake news divulgadas na época de que a facada seria uma invenção.
Reprodução/Instagram @geraldobalanca
Ludhmila já cuidou de políticos de diferentes ideologias e ressaltou que há alguns cuidados que devem ser tomados com esses pacientes.
Segundo ela, quando você cuida de um político, é preciso lidar com assessoria, com múltiplas pessoas querendo opinar e com a responsabilidade da informação.
"Quando o paciente está sentado na minha frente, não lembro se é de esquerda, direita, não quero saber disso, não me interessa".
Hajjar afirmou haver "múltiplos fatores que culminaram nessa onda de picaretagem que hoje assola a medicina e a ciência".
"Esse não é um fenômeno só brasileiro, é mundial. Mas o Brasil está vivendo o cúmulo disso".
Para a médica, a maior facilidade em se adquirir um diploma de medicina tem impacto nesse cenário.
Reprodução/Instagram @geraldobalanca
Ludhmila destacou que muitas instituições não oferecem o básico para a formação do médico, sem professores adequados e hospital universitário.
Hajjar contou que esse projeto do maior hospital do país ainda está no papel e "vai revolucionar os cuidados dos pacientes públicos do país e do mundo".
Ludhmila explicou que é uma parceria que envolve os governos federal e do estado de São Paulo, além do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento), o banco dos Brics.