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Ao vivo: STF julga denúncia do núcleo 2 da tentativa de golpe de Estado

Ana Paula Bimbati, do UOL, em São Paulo

STF torna réus mais seis denunciados por trama golpista

Por unanimidade, os ministros da Primeira Turma do Supremo votaram para aceitar a denúncia contra os seis denunciados. Com isso, já são 14 réus por tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Falou-se tanto hoje, aqui, de Bíblia e de momento pascal, que acabamos de viver. Neste caso, não há o que perdoar --eles [denunciados] sabiam o que estavam fazendo. Portanto, eu também estou votando no sentido de receber a denúncia nos termos do que foi lido pelo relator.

Ana Paula Bimbati, do UOL, em São Paulo

Cármen Lúcia vota agora

"As acusações são graves, as denúncias são sérias", afirma a ministra do STF.

Ana Paula Bimbati, do UOL, em São Paulo

Dino e Fux acompanham Moraes, e 1ª Turma forma maioria para aceitar denúncia

Os ministros acompanharam o voto do relator em sua integralidade. Com isso, a Primeira Turma já tem maioria para tornar réus os denunciados do núcleo 2 da trama golpista.

Ana Paula Bimbati, do UOL, em São Paulo

Moraes vota para tornar réus os integrantes do núcleo 2

Rosinei Coutinho/STF
Rosinei Coutinho/STF

Luccas Lucena, do UOL, em São Paulo

Braga Netto e Heleno fariam parte do 'gabinete de crise' após golpe, diz Moraes

Os generais Heleno e Braga Netto seriam responsáveis pelo gabinete institucional de gestão de crise após o decreto de golpe, diz Moraes. Além deles, o general Mário Fernandes teria "função relevante" no gabinete. Segundo o ministro, a equipe gerenciaria a crise institucional causada pelo decreto do golpe.

Ana Paula Bimbati, do UOL, em São Paulo

OAB diz que pedirá ao STF para liberar celular aos advogados nos julgamentos

O Conselho Federal da OAB afirmou que vai acionar o STF para que o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, revise a decisão de lacrar o celular dos presentes na sessão de julgamento da trama golpista. "O uso de aparelhos para gravação de áudio e vídeo em sessões públicas é amparado por lei e constitui prerrogativa da advocacia, não podendo ser restringido sem fundamento legal claro e específico", diz nota divulgada à imprensa.

Luccas Lucena, do UOL, em São Paulo

Nenhuma operação policial é feita com base em votos de candidatos, diz Moraes

Moraes contestou a operação de blitze em vans e ônibus que acabaram por atrasar a chegada de eleitores aos locais de votação no segundo turno das eleições de 2022. "Nenhuma operação policial, mesmo em dias de eleições, é feita com base em dados de quantos votos cada candidato teve no primeiro turno. Isso é um elemento absolutamente irrelevante à ação policial. A operação policial deve operar em maior número, em cidades maiores, que tenham mais acidentes automobilísticos, no caso da Polícia Rodoviária Federal, que tenham mais apreensões de carros ilegais. Jamais [com base em] dados coletados sobre o número de votos de cada um dos dois candidatos."

Se na minha casa eu não admitiria que destruíssem, usassem violência, grave ameaça para me tirar do comando da minha casa, por que eu vou admitir isso para o país?

Luccas Lucena, do UOL, em São Paulo

Moraes: Bolsonaro 'dedicou-se' a ajustar minuta para obter mais apoio das Forças Armadas

Depois que o então comandante Freire Gomes demonstrou que o Exército não participaria da tentativa de golpe, Bolsonaro afirmou aos militares que a minuta de golpe "estava em estudo". "Após a primeira apresentação, Jair Bolsonaro dedicou-se a fazer ajustes no texto do decreto a fim de obter maior apoio", afirma Moraes.

Ana Paula Bimbati, do UOL, em São Paulo

Você pediria anistia se o 8 de Janeiro acontecesse na sua casa, questiona Moraes

Após apresentar as imagens dos atos antidemocráticos, o ministro do STF comparou o 8 de Janeiro à invasão de uma casa. "Se um grupo armado, organizado, ingressasse na sua casa, destruísse tudo, mas com a finalidade de fazer seu vizinho comandar sua casa, você pediria anistia para essas pessoas?", disse Moraes.

Essas imagens são muito importantes para que as pessoas não esqueçam da gravidade do que ocorreu dia 8 de janeiro, da gravidade que é tentar acabar com a democracia no Brasil.

Ana Paula Bimbati, do UOL, em São Paulo

Imagens do 8 de Janeiro são exibidas por Moraes

"Vou colocar novamente, porque nunca é demais a exposição dos fatos", disse o ministro do STF. Durante o julgamento da denúncia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em março, o mesmo vídeo foi apresentado na sessão. Na ocasião, as defesas dos denunciados, agora réus, criticaram a divulgação, já que o material não constava nos autos do processo.

Ana Paula Bimbati, do UOL, em São Paulo

Moraes defende validade da delação de Mauro Cid

O relator do caso ressaltou que os nove depoimentos do ex-ajudante de ordens foram oferecidos no mesmo dia. Segundo o ministro, a Polícia Federal fez a divisão dos depoimentos por temas. As defesas dos denunciados que tentam anular a delação de Cid justificam o pedido pelo "número de versões" dado pelo tenente coronel --o ministro Luiz Fux também apontou isso em seu voto no primeiro julgamento.

O denunciado e réu Jair Messias Bolsonaro, logo após o recebimento da denúncia por essa Turma, em entrevista coletiva, disse que realmente recebeu a minuta do golpe, manuseou e analisou, porque estaria pretendendo ou iria pensar sobre um estado de sítio ou estado de defesa. Mas o que importa é que não há mais dúvida de que essa minuta, que a Procuradoria imputa como minuta do golpe, passou de mão em mão, chegando inclusive ao presidente da República.