Entre idas e vindas da cerveja artesanal no Brasil (do boom das produções nos anos 2000, da multidão de sommelieres e mestres-cervejeiros que se criou desde então e mesmo nos tempos quietos da pandemia), uma coisa não muda: temos um nome no circuito mundial de cerveja.
Quem acompanha a coluna desde a época da prevalência cervejeira já sabe: estamos de olho e? nos empolgamos quando o tema é BBB (bom bar e bebida). Assim como naquele reality cervejeiro de tempos pré-pandêmicos, um outro promete dar pano pra manga aqui no Siga o Copo: "Shaking The Bar" estreia às...
Quando comecei nos pensares das bebidas, harmonização era uma prática cheia de regras, mistérios, "especialistas". No mundo dos vinhos a conversa se dava há tempos e parecia parada no tempo, na cerveja só se fala em hambúrguer e churrasco, nos destilados a conversa nem existia.
Você lembra quando o Brasil sediou a Copa de 2014? É muito semelhante a muito do que se viu e se sentiu na etapa global do World Class, competição que reuniu 54 bartenders do mundo todo numa semana de desafios promovidos pela gigante das bebidas Diageo.
Para quem não sabe, estamos no mês do bourbon e, pasmem, essa história não começou com uma marca específica querendo atenção - mas um país todinho batendo no peito para declarar seu amor por um destilado típico.
Não lembro onde parei que alguém me disse que as pessoas não queriam saber de "historinha" de bartenders, coquetéis e bares. Eu, obviamente, não concordo. Não fosse o "além do copo", não existiria o Siga o Copo.
Quando esta coluna disse nos últimos três últimos textos que o Brasil está com tudo e mais um pouco no universo da coquetelaria, pode acreditar: sempre tem espaço para mais uma boa notícia.
"Que que esse cara tá fazendo?". Foi essa a minha reação, lá em 2019, ao ver Gabriel Santana vestido com um roupão de boxeador para a final do World Class Brasil, a etapa nacional do que é considerada a "Copa do Mundo dos bartenders".
Não bastasse perder seu maior mestre (rest in power, Derivan), a mixologia brasileira ainda foi baqueada por mais um episódio triste na semana passada.
Para o jovem público que acompanhou a terceira temporada de "Emily em Paris", o drinque celebrado por Luc e "modernizado" pela protagonista pode não dizer muito ("Chamère" soa até como uma piadinha bem da sem graça). Para os bebedores mais experientes, sejam franceses ou não, no entanto, é uma...
Entra ano, sai ano, a gigantesca maioria das sugestões para os bebedores nas Festas é o vinho. E não que isso seja de todo mal, mas que tal mudar um pouco, trazer novos ares e copos para a noite de Natal?
Você, cervejeiro, sabe o que é a Bourbon County? Nunca viu, nem ouviu e só ouve falar? Justo. Apesar de ser celebrada entre quem está nesse universo há mais tempo — inclusive aqui neste Siga o Copo —, ela é, para muitos, um desejo ou aquele amor de inverno (já explico) que surge uma vez por ano.
A intenção desta reportagem aqui era aquecer você, leitor. Porém, como estamos num Brasil de seguidos "veranicos" no inverno (e "invernicos" no verão), me lasquei até a frente fria que anunciam por aí chegar ao final desta semana — pelo menos, os bebedores de Sul e Sudeste.
Para quem ainda não é lá muito iniciado no mundo das cervejas além das American Lager (que não são Pilsen, como diz nosso mantra), o que entra na xícara (café), não casa com o copo ou taça (cerveja). Ainda.
Não é incomum os cervejeiros "beberem" do vocabulário dos apaixonados por vinho. Afinal, são quase irmãs fermentadas e têm muita coisa em comum na hora de analisar e degustar — menos cuspir no baldinho. Isso ninguém da cerveja faz — por querer, pelo menos.
Chega no ouvidinho dela (ou dele) e diz: "separei uma bebida guardada por anos pra gente". Uísque 12 anos? Vinho safra 2010? São legais, são bacanas, mas... SURPRESA: cerveja também pode ser "de guarda". E ter a paciência para deixar uma belezinha dessas maturando vale a pena. Juro.
Beber cerveja é, antes de tudo, um tesão. O prazer em sentir descer da boca ao estômago um sabor incrível e a sensação de refrescância ou aquecimento é o que nos guia.
Não tinha como negar: numa viagem a Chicago eu tava mesmo seca para conhecer a Goose Island. Criada em 1988, é a cervejaria mais conhecida da cidade e uma das mais famosas dos EUA. Mestra em estilos populares, como IPA e suas variações, não à toa, se espalhou pelo mundo (e fincou os pés e tanques...