Quando esta coluna disse nos últimos três últimos textos que o Brasil está com tudo e mais um pouco no universo da coquetelaria, pode acreditar: sempre tem espaço para mais uma boa notícia.
"Que que esse cara tá fazendo?". Foi essa a minha reação, lá em 2019, ao ver Gabriel Santana vestido com um roupão de boxeador para a final do World Class Brasil, a etapa nacional do que é considerada a "Copa do Mundo dos bartenders".
Não bastasse perder seu maior mestre (rest in power, Derivan), a mixologia brasileira ainda foi baqueada por mais um episódio triste na semana passada.
Para o jovem público que acompanhou a terceira temporada de "Emily em Paris", o drinque celebrado por Luc e "modernizado" pela protagonista pode não dizer muito ("Chamère" soa até como uma piadinha bem da sem graça). Para os bebedores mais experientes, sejam franceses ou não, no entanto, é uma...
Entra ano, sai ano, a gigantesca maioria das sugestões para os bebedores nas Festas é o vinho. E não que isso seja de todo mal, mas que tal mudar um pouco, trazer novos ares e copos para a noite de Natal?
Você, cervejeiro, sabe o que é a Bourbon County? Nunca viu, nem ouviu e só ouve falar? Justo. Apesar de ser celebrada entre quem está nesse universo há mais tempo — inclusive aqui neste Siga o Copo —, ela é, para muitos, um desejo ou aquele amor de inverno (já explico) que surge uma vez por ano.
A intenção desta reportagem aqui era aquecer você, leitor. Porém, como estamos num Brasil de seguidos "veranicos" no inverno (e "invernicos" no verão), me lasquei até a frente fria que anunciam por aí chegar ao final desta semana — pelo menos, os bebedores de Sul e Sudeste.
Para quem ainda não é lá muito iniciado no mundo das cervejas além das American Lager (que não são Pilsen, como diz nosso mantra), o que entra na xícara (café), não casa com o copo ou taça (cerveja). Ainda.
Não é incomum os cervejeiros "beberem" do vocabulário dos apaixonados por vinho. Afinal, são quase irmãs fermentadas e têm muita coisa em comum na hora de analisar e degustar — menos cuspir no baldinho. Isso ninguém da cerveja faz — por querer, pelo menos.
Chega no ouvidinho dela (ou dele) e diz: "separei uma bebida guardada por anos pra gente". Uísque 12 anos? Vinho safra 2010? São legais, são bacanas, mas... SURPRESA: cerveja também pode ser "de guarda". E ter a paciência para deixar uma belezinha dessas maturando vale a pena. Juro.
Beber cerveja é, antes de tudo, um tesão. O prazer em sentir descer da boca ao estômago um sabor incrível e a sensação de refrescância ou aquecimento é o que nos guia.
Não tinha como negar: numa viagem a Chicago eu tava mesmo seca para conhecer a Goose Island. Criada em 1988, é a cervejaria mais conhecida da cidade e uma das mais famosas dos EUA. Mestra em estilos populares, como IPA e suas variações, não à toa, se espalhou pelo mundo (e fincou os pés e tanques...
O que você bebe em suas viagens? Apesar de ser a bebida alcoólica mais consumida do Brasil, a cerveja já não é a escolha óbvia para os brasileiros que estão em férias pelo país e pelo mundo.
Você, cervejeiro, iria se surpreender com a quantidade de sommeliers de cerveja que começaram nesse mundo por conta de outra bebida. Eu mesma já falei aqui da minha inspiração, mas não contei toda a trajetória pregressa ao malte. E é por ela que acredito que adoradores de uma e outra bebida podem...
Semana passada, falei de um estilo que merece bem mais destaque que uma simples menção — e que umas letras miudinhas nos rótulos: Helles de Munique é a cerveja que a gente quer nesse Brasilzão sedento por leveza e frescor.
A cerveja além da famigerada "Pilsen" (que não é Pilsen, como já expliquei aqui) está cada vez mais presente em copos nunca antes alcançados. Hoje, é possível comprar outros muitos estilos no supermercado, no empório da esquina, e, recentemente, até na Amazon.
Não é a primeira vez que o blog questiona o papel dos sommeliers de cerveja – falamos disso quando a profissão passou a ser reconhecida por lei. Eu mesma, sommelière há quase cinco anos, tenho muitas impressões sobre as funções de quem estudou a cerveja e a leva à sério.
Já passamos Dias da Cerveja melhores, convenhamos. Se, no ano passado, falei aqui que era a data mais deprê de uma vida cervejeira e pedi por um 2021 diferente (santa inocência), agora a zero vontade de comemorar está mais forte.