Se muita gente do lado de fora dos balcões começou a se ligar nas listas 50 Best há pouco tempo, o World's 50 Best Bars não é território desconhecido para o Tan Tan, em São Paulo.
Na hora de escolher aquela bebidinha especial para os dias gelados do inverno, há mais opções do que aquela garrafinha de Malbec quer te fazer acreditar. E se você é dos drinques, não precisa se ater aos velhos clássicos.
Para boomers, geração X e millenials, é irresistível uma torcida de nariz para a geração Z. Aos 25 anos, Guilherme Mora veio para derrubar as birras com a juventude em alto estilo e numa das áreas mais dominadas por velhos (e muitas vezes ultrapassados) conhecidos: o vinho.
Não cometerei o mesmo erro de falar das delícias das andanças aos 45 do segundo tempo, como foi com o Bloody Mary, meu drinque em 2023. Quem acompanha a mulher por trás dessa coluna (sim, mãe solo desse espaço. Não é mole não) sabe que fui a um dos paraísos etílicos e não poderia deixar de...
Imagine a seguinte situação: você não quer ou não pode beber álcool e está em um bar que apresenta na carta os chamados mocktails. Pede um deles. O garçom te olha e responde com a ironia mais filha da mãe do mundo: "Sem álcool aqui só água". Rarará.
Quem acompanha o universo dos drinques já sabe: World Class tá logo aí. A "Copa dos bartenders" promovida pela gigante Diageo anunciou nesta terça (16) os 20 semifinalistas da etapa brasileira - que em 2023 consagrou Vitoria Kurihara como a vencedora.
Em uma noite do verão saárico paulistano, caiu a energia do bar. Larga misturador, bailarina, coqueteleira e corre para disjuntores. Voltam as charmosas lâmpadas que iluminam o balcão industrial e as mesinhas, o ar-condicionado - graças - e a ótima música de um dos bares de Luiz Felippe Mascella.
Quando você quer "beber a ásia", o que vem na sua cabeça? Para a enorme maioria o saquê japonês, para alguns uma cerveja (também japonesa), e até uísque. Adivinha? Sim, made in Japan.
Aos bebedores brasileiros, o saquê não é uma bebida exatamente nova. Porém, por mais que a colônia nipônica seja enorme por aqui e a culinária japonesa e suas corruptelas tenham se tornado bastante populares no Brasil, nós ainda não lemos nem a primeira página deste fermentado de muitas histórias.
Não se deixe enganar pela inicial timidez: Walter Bolinha é bom de papo. Há 25 anos à frente dos coquetéis do Baretto, o icônico bar do grupo Fasano, o paraibano de Areia começa a conversa escondendo o ouro - "não sei dar entrevista".
Assim como nos clichês, há de se acreditar no hype. Se algo está em tanta evidência, é porque tem valor por lá, acredite. Não é diferente quando se fala de bares e bebidas.
Tem dias que a gente se sente/Como quem partiu ou morreu/A gente estancou de repente/Ou foi o mundo então que cresceu/A gente quer ter voz ativa/No nosso destino mandar/Mas eis que chega a roda-viva/E carrega o destino pra lá
Há um mês, conheci um bar aqui em São Paulo que me deixou de cara logo na carta de autorais: repleto de drinques à base de cachaças. Prata, envelhecida, de jambu...eram 10 criações com um dos destilados que eu aprendi a amar na trajetória do jornalismo etílico.
Preparado para o verão de recordes de temperatura, leitor? Do que depender dos drinques, estaremos refrescados. E uma das maiores apostas deste e de outros verões vem em borbulhas.
O Brasil tem a maior comunidade japonesa fora do Japão, viu uma parte da culinária nipônica se popularizar nos anos 90 com as casas de sushi e temakerias e hoje tem explorado novos universos da comida e hospitalidade do Sol Nascente com o hype de izakayas (o chamado "boteco japonês") e os omakase...
Está nas bocas, nos copos, nas listas: a América Latina é "o lugar" para comer e beber em 2023. Se no Brasil e nos vizinhos, por muito tempo, a atenção se voltava ao que acontecia nos Estados Unidos e na Europa, hoje é nosso quintal que faz a gente pensar "por que o mundo todo ainda não conhece...
Atrás das cortinas, um balcão para se aventurar por ingredientes do Brasil ou um salão para tomar seu clássico favorito em paz, sem "palestrinha". Esse lugar existe e um mundo voltou a reconhecê-lo como um dos 100 melhores bares do mundo.
Quem viu "Meia Noite em Paris", de Woody Allen, terminou o filme pensando "para qual época e lugar do mundo eu me transportaria?". Aos que assistiram ao primeiro episódio do reality "Shaking The Bar", a nostalgia de um dos concorrentes foi rebatida com um "o melhor da coquetelaria é agora".