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Se já é difícil andar na Berrini no almoço, imagina com show da Banda Eva

Bloco Beleza Rara desfilou na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, na zona sul de SP - Bruno Rocha/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Bloco Beleza Rara desfilou na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, na zona sul de SP Imagem: Bruno Rocha/Fotoarena/Estadão Conteúdo

25/02/2019 12h42

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Na altura da Praça General Galvão, ali na avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, fica uma das mais célebres instituições da região, a padaria Leiriense. 

Trata-se de um desses empreendimentos que vendem pães, sucos e quitutes, mas também oferecem pratos feitos para os almoços e cerveja gelada para o happy hour. É um refúgio simples e honesto para o cidadão trabalhador, apesar de um prato de frango com arroz e fritas custar praticamente a mesma coisa que uma elegante opção no Arturito. Mas tergiverso. Jamais poderia imaginar que a Leiriense seria palco de uma micareta. 

Durante a tarde do dia 23 de fevereiro, o bloco Beleza Rara reuniu centenas de milhares de foliões em uma das mais pulsantes veias do mambembe capitalismo latino-americano. Pelo terceiro ano consecutivo, a renovada Banda Eva perfilou seus hits no pré-Carnaval de São Paulo para uma multidão de apaixonados. 

Nas temporadas anteriores, a folia passou pela Faria Lima e pela Vila Olímpia. Funcionava muito melhor. A Berrini é muito estreita e cheia de árvores, não parece comportar um evento dessas proporções. Já é um sofrimento andar pelas suas calçadas na hora do almoço durante a semana, imagina aguentar a pujança de uma micareta. 

A péssima distribuição de banheiros químicos também constrangeu os animados festeiros e certamente fará com que os moradores da área tenham que lidar com desagradáveis odores em seus quintais e muretas durante o domingo. 

Sobre a apresentação da Banda Eva, pouco há para falar. As mesmas canções de sempre, que encantam gerações e dão força para uma das franquias mais bem-sucedidas da música popular brasileira. 

O momento mais curioso foi quando um DJ se juntou à banda para tocar um remix de "Minha Pequena Eva". De longe, cheguei a achar que era a distinta ministra Damares. E fiquei ainda mais surpreso quando o vocalista Felipe Pezzoni colocou na cabeça um chamativo cocar alaranjado. Mas não passou de um susto. 

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