Carnaval 2019: 16 cidades pelo país alegam crise e cancelam festa

A crise financeira foi apontada como principal motivo para o cancelamento do Carnaval oficial por parte de algumas administrações municipais pelo país em 2019. Pelo menos 15 prefeitos anunciaram que não irão patrocinar a festa em suas cidades.
Ji-Paraná (RO), Ariquemes (RO), Jardim (MS), Terenos (MS), Chapadão do Sul (MS), Anaurilândia (MS), Paranaíba (MS), Votorantim (SP), Piracuruca (PI), Dom Pedrito (RS), Canoas (RS), Bagé (RS), Belterra (PA), Viçosa (MG), Tobias Barreto (SE) e Itabuna (BA) cancelaram a festa.
Em Ji-Paraná (RO), o Carnaval de rua foi cancelado pelo terceiro ano seguido. A prefeitura afirmou que os cerca de R$ 40 mil que seriam destinados à festa serão investidos em outros projetos.
Também em Rondônia, a prefeitura de Ariquemes anunciou que, pelo sexto ano seguido, não destinará recursos à festa de Carnaval no município. "Não se faz festa destinada a um público como o de Ariquemes em que se gaste menos que R$ 60 ou 70 mil por dia, e estes valores já estão destinados a outras áreas de necessidade primária como saúde e educação", afirmou o prefeito de Ariquemes, Thiago Flores.
Em Mato Grosso do Sul, as prefeituras de Jardim, Terenos, Chapadão do Sul, Anaurilândia e Paranaíba não irão patrocinar a festa.
"Carnaval será realizado pela prefeitura de Jardim? Não! Foi orçado um valor de R$ 95 mil para 3 noites e uma matinê. Porém, usaremos este dinheiro para pagar rescisões de servidores, kits e uniformes escolares, além de fornecedores", escreveu o prefeito de Jardim, Guilherme Alves Monteiro, no Twitter.
Além delas, a turística Bonito (MS) deve fazer mesmo. A prefeitura lançou uma enquete, que permanecerá aberta até o dia 15 de fevereiro, para saber a opinião dos moradores: "Você prefere que os recursos estimados em R$ 200 mil sejam gastos com a realização do Carnaval deste ano ou com a compra uma ambulância nova no mesmo valor?"
Em Votorantim (SP), o prefeito Fernando de Oliveira Souza cancelou o Carnaval de rua para conter gastos. Em Piracuruca (PI), a prefeitura fez o mesmo e informou que irá investir os recursos na segurança pública.
Na gaúcha Dom Pedrito, o Carnaval oficial também não será organizado, e a verba será destinada para a Educação. "Em relação ao valor de R$ 5 mil que tinha ficado no Orçamento Municipal rubricado para o Carnaval, destinaremos a verba para compra de quatro condicionadores de ar split, para as escolas municipais de Educação Infantil Maria Francisca e Tupy Silva", disse o prefeito Mário Augusto.
Também no Rio Grande do Sul, a prefeitura de Canoas cancelou o Carnaval, além da Parada Livre e as semanas da Música, Hip Hop e Capoeira, devido à crise financeira do município. O cancelamento dos eventos vai gerar uma economia de R$ 1 milhão aos cofres públicos. Problemas financeiros também levaram Bagé a não realizar a festa.
Em Viçosa (MG), a prefeitura descartou realizar a festa oficial devido à crise financeira. "Apesar da nossa vontade em promover a festa, não será sensato contrair novas despesas neste momento de crise", ressaltou o prefeito Ângelo Chequer.
Em Tobias Barreto (SE), as autoridades optaram por não realizar o Carnaval no município devido à crise hídrica. Segundo a prefeitura, a barragem que abastece a cidade sergipana secou e mais de 35 mil famílias estão sem água.
Em Belterra (PA), a prefeitura também cancelou o Carnaval oficial e destinará os recursos para a Educação. Em Itabuna (BA), o prefeito Fernando Gomes também citou a crise financeira do município para o cancelamento do Carnaval antecipado.
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