Chame Gente é sucesso de público após cancelamento do bloco Chora Me Liga
O bloco Chame Gente transformou hoje a orla de São Conrado, no Rio, numa grande micareta. O cantor e compositor baiano Alexandre Peixe se apresentou durante quatro horas em cima do trio elétrico que percorreu a pista próxima à praia. A multidão pulou e dançou ao ritmo do axé, relembrando sucessos das últimas três décadas da música de Salvador.
Com o cancelamento de desfiles no mesmo horário, como o do Chora Me Liga, o Chame Gente recebeu muitas adesões de última hora. O casal de noivos Aline Silva Pinto, de 27 anos, e Ayrton Ferreira da Silva, 24, chegou cedo para a folia. A concentração começou às 10h e logo depois o carro de som foi aos pouquinhos se dirigindo em direção à Avenida Niemeyer.
"Nós íamos para o Chora Me Liga e tivemos que nos reprogramar quando soubemos do cancelamento. Sou fã de música sertaneja, mas também amo axé", declarou Aline.
O nome do bloco é uma homenagem a canção de Armandinho e Moraes Moreira do mesmo nome. A ideia é reviver todas as fases do ritmo baiano. Alexandre Peixe contou que ensaiou cerca de cem músicas entre próprias e clássicos do axé para levantar o público. Ele cantou sucessos de sua autoria como "Nanaê", "Não Vou Chorar" e "Voa Voa".
"O axé sempre vai ter seu espaço no carnaval. Fiz uma combinação para o repertório, com sucessos que ninguém esquece", afirmou o cantor, que encarou o sol forte com muito bom humor e bastante água de coco.
O desfile foi uma verdadeira viagem no tempo para quem viveu os carnavais dos anos 1990. Os foliões se empolgaram com "Não Tem Lua", do Asa de Águia, e com "Vou Dar a Volta no Mundo", de Daniela Mercury. Fizeram coreografia com "Sou Praieiro", música gravada por vários grupos, e explodiram com "Tempo de Alegria", sucesso de Ivete Sangalo.
As amigas Priscila Bastos, 35 anos, Wanessa Oliveira, 31, e Liana Machado, 34, se esbaldaram. "Somos micareteiras. Não trocamos o axé por nada", disse Liana.
O desfile do Chame Gente estava programado para o último dia 9, mas teve que ser adiado por causa da tempestade que caiu sobre o Rio no início do mês. Na concentração, o sócio do bloco Renato Brito Neto pediu um minuto de silêncio em homenagem às vítimas de deslizamentos. "Não tínhamos como fazer o desfile naquela data. Até procuramos arrecadar donativos para os desabrigados", disse Brito Neto.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.