Baralho e Barbie Fascista: foliões criativos marcam a Confraria do Pasmado

Um trio elétrico com som de qualidade, calor, foliões espirituosos e um ótimo repertório musical. Assim foi o Carnaval na Rua dos Pinheiros, em São Paulo, comandado pela Confraria Carnavalesca do Pasmado, neste domingo (24).
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O jornalista Douglas Silva Santos, que estava fantasiado de seu alter ego "Shirley", falou sobre a importância do bloco para ele. "Há quatro anos não gostava de Carnaval. Aí fui a primeira vez no Pasmado e amei! A partir daí, não perdi um".
Outra seguidora apaixonada pelo Pasmado é Mariana Azevedo, diretora de vendas. "Saio nesse bloco e já começo a pensar na fantasia do próximo ano. Hoje vim de globo de neve havaiano. Só não sei se a fantasia chega inteira até o final do dia", contou.
O bom humor estava estampado em fantasias como a da designer Luísa Pimentel, que foi de "loura gelada". "Tem melhor coisa neste calor?", perguntou, sorrindo.
Os amigos Leonardo Iebra, engenheiro civil, e Iago Pinheiro Cardoso, professor, foram de dinossauro e pirata. Os dois estão passando o primeiro Carnaval em São Paulo. "Passamos sempre o pré-Carnaval e o pós aqui. Neste ano, decidimos também aproveitar a temporada toda", ressaltou Leonardo.
A turma de amigos fantasiada de cartas de baralho, formada por sete foliões, também estava empolgada. Stela Franco, administradora de empresas, disse que a ideia foi do grupo. "Escolhemos que os casais estão de copas e os solteiros de paus. Isso para dar jogo!", contou.
Não é não!
Um dos lemas do Pasmado é o respeito. Isso foi valorizado nas falas da cantora Bia Sá. "Não é não! Tudo é permitido desde que tenha consentimento".
Patrícia Lima, economista, e Fabrício Tota, administrador, estavam vestidos de chineses e trouxeram os dois filhos pequenos, João Vitor e Maria Julia, para a folia. "Nós sempre vamos festejar com o Pasmado, melhor clima e música do pré-Carnaval. Trago minha família tranquilamente", disse Patrícia.
Uma das fantasias mais irreverentes eram as "barbies fascistas", inspiradas no meme surgido nas redes sociais, que retratava jovens ricos com posições conservadoras durante a última campanha presidencial. A antropóloga Mariana Machini e a pesquisadora Kelly Kadjhara apostaram na brincadeira. "O momento político pede", observou Kelly.
Para a publicitária - e barbie fascista do Carnaval - Andressa Kaesemodel, "é preciso questionar o que está acontecendo com o nosso país, mas sempre com bom humor".
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