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Fafá de Belém aparece de surpresa no Fogo e Paixão e exalta a breguice

Michel Alecrim

Colaboração para o UOL, no Rio

24/02/2019 12h20

O Carnaval Largo de São Francisco de Paula, no Centro do Rio de Janeiro, foi pequeno para a quantidade de foliões que acompanharam a apresentação do bloco de rua Fogo e Paixão. Este ano a multidão foi brindada com a presença no palco da cantora Fafá de Belém, que deu mais evidência ao repertório brega do bloco. A artista incentivou a campanha Não é Não contra o assédio.

Sob um sol forte, os participantes chegaram logo a partir das 8h no local. As amigas Marcela Álvaro, de 25 anos, e Gabriela Gomes, 26, estavam fantasiadas de Morango do Nordeste. "Adoramos essa música e tivemos essa ideia. O brega cresceu muito e agora é pop", disse Marcela, com morangos pendurados.

A historiadora Luciana Campos, 35, também aderiu ao tema da breguice. Usou girassóis na fantasia em homenagem ao cantor Falcão. "Eu canto as músicas do início ao fim", declarou Luciana.

E de fato todo mundo tinha os sucessos do estilo na ponta da língua. Os quatro cantores do bloco empolgaram com "Pense em Mim" (Leandro & Leonardo), "Pelados em Santos" (Mamonas Assassinas), "Menina Veneno" (Ritchie) e com "Cama e Mesa" (Roberto Carlos). Nesse momento apareceu no meio da multidão um sósia do Rei distribuindo flores, para dar mais emoção.

Fafá subiu no palco às 11h para cantar alguns sucessos. Ela gritou "Não é Não" e pediu respeito às mulheres. Durante a apresentação de "Meu Coração é Brega", distribuiu calcinhas no estilo do cantor Wando, que já foi padrinho do bloco.

"Foi um exercício maravilhoso da liberdade. A breguice está consagrada", declarou a cantora.

O cantor do bloco Matheus VK disse que o repertório inclui músicas que falam de amor de forma exagerada e foi isso que mais atraiu o público. "Fogo e Paixão" do Wando é um must e está no EP que o bloco gravou. "Não queremos crescer mais. Queremos manter nossas características", afirmou o músico.

Mas o bloco continua crescendo. Tanto que vai desfilar em Pinheiros, em São Paulo, no sábado (9). No Rio eles ficam parados.

O calor que fez foi uma prova de resistência para o público e músicos. Os integrantes da bateria tinham que receber sprays de água o tempo todo para aguentar. Mas deram um show e até executaram pequenas coreografias.

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