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Nem chuva tira animação dos foliões no centenário Cordão da Bola Preta

Thiago Camara 

Colaboração para o UOL, no Rio

02/03/2019 10h33Atualizada em 02/03/2019 14h22

Com 50 minutos de atraso e um público menor do que o comum, o Cordão da Bola Preta inicia seu desfile, no Centro do Rio.

A chuva que cai na cidade desde a noite de sexta-feira, espantou foliões, mas a singularidade do Bola estava nas fantasias, na alegria dos participantes e nos acordes da banda do bloco que abriu os trabalhos com a música "Cidade Maravilhosa".

O casal Noemi Martins, 75 anos e Claudinei Domingues, 72 anos, vem todos os anos com uma fantasia produzida por ele.

"É um bloco seguro, com muita alegria e que dá para pessoas da nossa idade se divertirem. Meu marido produz as fantasias e eu só visto e venho", conta Noemi de palhaço e com as "bolas pretas" fazendo menção ao bloco.

No trio da banda, a cantora e atriz Emanuelle Araújo faz uma participação no desfile e divide a atenção dos fãs com a rainha do bloco, Paola Oliveira, a madrinha e cantora Maria Rita e também e a porta estandarte, Leandra Leal, presença certa no Bola.

O melhor dia do Carnaval é o do Bola Preta. Vem a cidade toda, é um bloco democrático. Tenho muito orgulho de carregar esse estandarte todos os anos. Leandra Leal

Leandra foi pontual sobre sua ausência no desfile do Acadêmicos do Baixo Augusta, último domingo (24), fundado pelo ex-marido, Alê Youssef.

"Fiquei muito feliz pelo Acadêmicos do Baixo Augusta ter feito 10 anos. Acabei ficando no Rio, por isso não fui", afirma.

Paola Oliveira estava empolgada no seu primeiro desfile no Cordão da Bola Preta. Desceu e subiu dos trios, acenou para os fãs, sambou no chão e gostou da experiência.

"Sou uma paulistana que ama Carnaval e desejo que seja um tempo de muita alegria e respeito. O Bola é especial pelo astral, tem um ambiente familiar, delicioso ver isso acontecer e que seja o primeiro mais cem anos da minha participação"

Segundo Tenente Coronel, Luciano de Vasconcelos, do quinto Batalhão da Polícia Militar do Rio de Janeiro só para o Cordão da Bola Preta foram destacados 650 homens para garantir a segurança dos foliões. No início do desfile, porém, não houve ocorrências.

Já ao meio dia, bem mais cheio que no início do desfile uma briga foi logo controlada pela polícia militar. As ocorrências foram poucas. O clima era de paz.

O bloco passou pela Rua Primeiro de Marco e terminou na Avenida Presidente Antônio Carlos, tranquilo. A infraestrutura atendeu aos foliões. Os banheiros químicos estavam com filas, mas sem incidentes. Antes das 14h, o bloco terminou seu desfile de número 101 e a dispersão ocorreu sem problemas.

Blocos de rua