Em tom político, BaianaSystem puxa bloco no pós-Carnaval de SP
Mateus Araújo
Colaboração para o UOL, em São Paulo
09/03/2019 17h57
O discurso político marcou o desfile do Navio Pirata, bloco da banda BaianaSystem no pós-Carnaval de São Paulo. A banda se apresentou neste sábado à tarde, na avenida Tiradentes, região central da cidade.
O cantor Russo Passapusso abriu a festa com uma saudação à vereadora carioca Marielle Franco, morta em março do ano passado, em um crime ainda não esclarecido pela polícia. Logo em seguida à homenagem a Marielle, Passapusso também citou Mestre Moa, capoeirista assassinado após o primeiro turno das eleições, em briga política.
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No público, o tom politizado também esteve presente. "Esse é um bloco que reúne o povo negro e a música nordestina pesada, com linguagem política forte", elogia a fotógrafa Thais Helena Correia Martins, 26 anos.
O administrador Bruno Ribeiro, 32 anos, aproveitou a recente polêmica do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para transformar em fantasia. Ele criou um chuveiro dourado com a frase "golden shower" em referência ao vídeo postado por Bolsonaro no Twitter, criticando o Carnaval. "O Carnaval é amor e respeito, tudo o que Bolsonaro não é", afirma.
O rapper BNegão, que fez participação especial na apresentação, puxou coro contra o presidente, com paródia. "Tomo guaraná, suco de caju. Ei, Bolsonaro, vai tomar no c...", cantou, em alusão à música "Do Leme ao Pontal", de Tim Maia.