Galáxias, estrelas e nebulosas ganham nomes inspirados na Terra

Esq:NRAO/AUI/NSF, K. Golap, M. Goss; NASA?s Wide Field Survey Explorer (WISE). Dir:imagem cedida por Tracy Colson e NRAO
A W50 é uma remanescente de uma supernova de 20 mil anos, com quase 700 anos-luz de diâmetro (que equivale ao período de quatro luas cheias). Ela também é conhecida como Nebulosa Peixe-Boi por suas semelhanças com o mamífero do nosso planeta. Tanto a nebulosa quanto o animal são difíceis de serem encontrados - os astrônomos usam um telescópio que detecta a radiação emitida pela nuvem de gás e poeira; enquanto os biólogos buscam bolhas de ar nas águas turvas para rastrear o animal -, além de os dois demorarem para nascer - no espaço, a nebulosa levou mais de dez mil anos para ter esse formato; enquanto os peixes-bois têm uma gestação que leva de 12 a 14 meses
NASA, Hubble Heritage Team, (STScI/AURA), ESA, S. Beckwith (STScI) / Kyodo News/AP
A M51 (NGC 5194) é uma das galáxias espirais mais bem definidas já vistas pelos astrônomos, por isso, também é conhecida como a Galáxia do Redemoinho. Com mais de 60 mil anos-luz de diâmetro, ela está localizada na constelação dos Cães de Caça (Canes Venatici), uma das mais distantes da Via Láctea
ESO/La Silla / Universidad de Chile
A NGC 3324 é uma região onde as estrelas nascem na constelação de Carina, que fica cerca de 7.500 anos-luz de distância da Terra. Ela ganhou o apelido de Nebulosa Gabriela Mistral por suas paredes de gás e poeira, que foram moldadas pela radiação das jovens estrelas, serem bastante parecidas com o perfil da poetisa chilena ganhadora do Nobel da Literatura em 1945
ESA / Edward S. Curtis/Library of Congress
Uma estrela massiva à beira da morte criou uma estrutura complexa de gás ao seu redor (cor branca), além de um anel de "cometas" (laranja) com o material que ela está expelindo intensamente e a alta velocidade já faz dez mil anos. Essa nebulosa planetária, que fica a 5.000 anos-luz de distância, foi apelidada de esquimó por se manter coberta e protegida por tanto tempo
Keith Quattrocchi/Nasa / Caroline Seidel/AFP
A M97 (NGC 3587) é chamada de Nebulosa da Coruja por ter um formato arredondado e dois pontos que lembram o rosto do animal. A nebulosa planetária da constelação Ursa Maior, a 2.600 anos-luz de distância, surgiu da expansão da sua estrela central (que, por ser muito pequena, não é vista na imagem)
Raghvendra Sahai and John Trauger (JPL), the WFPC2 science team, and NASA / iStockphoto/Getty Images
A nebulosa planetária da Ampulheta ganhou esse formato estranho por causa da sua estrela central. Como ela está no fim da vida, passou a liberar gás e material quente a uma alta velocidade em duas direções pelo espaço
ESO / iStockphoto/Getty Images
A Nebulosa do Lápis ganhou esse nome porque, antes, os astrônomos só conseguiam detectar sua faixa mais brilhante, que fica entre as camada de gás quente (azul) e frio (vermelho). Quando eles enxergaram mais detalhes da sua explosão, a nebulosa ganhou um novo apelido: vassoura de bruxa
ESO/S. Brunier / Reuters
Uma das faixas mais escuras do nosso céu foi batizada de Nebulosa do Saco de Carvão: sua silhueta negra e granulada de poeira contrasta com o brilho das estrelas da Via Láctea ao fundo. A nebulosa está a 600 anos-luz de distância, na Constelação da Cruz
J.P. Harrington and K.J. Borkowski (University of Maryland), and NASA / iStockphoto/Getty Images
A estrutura da NGC 6543 foi formada com nós de gás e ondas de choque do material expelido pela estrela, tornando-se um registro do seu fim. Com cerca de mil anos de idade, a Nebulosa do Olho do Gato é tão misteriosa para os astrônomos como os felinos aqui da Terra
NASA, NOAO, ESA, the Hubble Helix Nebula Team, M. Meixner (STScI), and T.A. Rector (NRAO) / Top Photo Group/Getty Images
A Nebulosa da Hélice é uma das nebulosas planetárias mais próximas da Terra, situada na constelação de Aquário, a cerca de 700 anos-luz de distância. Seu padrão de gás, poeira e material ionizado foi desenhado após explosão de uma estrela massiva e poderosa como o nosso Sol
ESO/S. Brunier / Photos.com/Getty Images
As Nuvens de Magalhães são duas galáxias-anãs bem próximas do nosso planeta, a cerca de 200 mil anos-luz de distância. O nome é inspirado no navegador Fernão de Magalhães, que a observou em sua volta ao mundo ainda no século 16
ESO / Valery Hache/AFP
Nuvens vermelhas repletas de poeira e hidrogênio gasoso fazem as vezes de 'asas' da Nebulosa da Gaivota, localizada a cerca de 3.700 anos-luz de distância da Terra, entre as constelações do Cão Maior e do Unicórnio. Já a cabeça é formada por uma grande nuvem de gás, catalogada como Sharpless 2-292, enquanto as jovens estrelas azuis são os olhos. A imagem, divulgada pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), foi feita no Observatório de La Silla, no Chile
ESO/Vista / Getty Images
A Nebulosa da Lagosta (NGC 6357) ganhou esse nome por conta de suas nuvens brilhantes de gás e seus filamentos de poeira escura formarem as garras do crustáceo a 8.000 anos-luz da Terra, na Constelação do Escorpião. Acima, a maternidade de estrelas é vista com dados infravermelhos (à esquerda) e no campo visível (à direita)
Juan Carlos Ulate/Reuters e Nasa/ESA/Hubble
O centro da Nebulosa da Borboleta (NGC 6302), localizada na Constelação do Escorpião, é uma das estrelas mais quentes conhecidas pelos astrônomos. Com uma temperatura estimada em cerca de 250 mil graus Celsius, a anã branca é rodeada por hidrogênio gasoso e brilha intensamente em luz ultravioleta, mas fica escondida da observação direta por uma densa poeira. As asas, que alcançam cerca de 3 anos-luz, carregam material expelido por essa estrela no fim da vida que está localizada a 4.000 anos-luz de distância da Terra
Nasa/JPL-Caltech/JHU
A galáxia do Escultor ou galáxia da Moeda de Prata é vista nesta composição de imagem do telescópio NuSTAR da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) e do Observatório Europeu do Sul. Esta é a imagem mais nítida captada por raios-X de alta energia (as bolhas coloridas) -- a espinha dorsal da galáxia, formada por estrelas, é da imagem visível. A imagem sugere que o buraco negro supermassivo, que estava adormecido ou tinha se tornado inativo na última década, tenha "acordado". A imagem revela uma fonte de raios-X de alta energia (ponto azul perto do centro quente da galáxia) que pode ser o buraco negro ou uma estrela densa e morta, chamada de estrela de nêutrons, alimentando uma outra estrela. O buraco negro tem 5 milhões de vezes a massa de nosso Sol e está a 13 milhões de anos luz da Terra, sendo a galáxia uma das mais próximas da Via Láctea com intensa criação de estrelas
NASA, ESA and Allison Loll/Jeff Hester (Arizona State University)
Esta imagem mostra a Nebulosa de Caranguejo, um icônico remanescente de supernova na nossa galáxia, vista do observatório espacial Herschel e do telescópio Hubble. Uma nuvem de gás e poeira fina e filamentosa, a nebulosa é o que sobrou da explosão de uma estrela que foi observado por astrônomos chineses em 1054. Astrônomos detectaram linhas de emissão de hidreto de argônio (ArH+), um íon molecular que contém o gás nobre argônio. Esta é a primeira vez que que um gás nobre é detectado no espaço
Nasa/Esa
O telescópio espacial Hubble pesou o maior aglomerado de galáxias conhecido do Universo distante, catalogado como ACT-CL J0102-4915, e descobriu que definitivamente ele faz jus ao seu apelido - El Gordo (espanhol para "o gordo"). Ao medir o quanto a gravidade do aglomerado distorce imagens de galáxias no fundo distante, uma equipe de astrônomos calculou a massa do aglomerado e descobriu que é 3 quatrilhões de vezes a massa do nosso sol. O aglomerado de galáxias, que está a 9,7 bilhões de anos-luz de distância da Terra, tem aproximadamente 43% mais massa do que as estimativas anteriores