Veja os principais destaques do encontro da Associação Americana de Ciência

Todd Coleman/UCSD
<b>Futuro da telepatia</b> - Adesivo ultrafino e flexível colocado na testa pode monitorar a atividade cerebral de pacientes com uma transmissão de dados sem fio. A tatuagem eletrônica, como o dispositivo foi apelidado, tem fins médicos e, também, grande potencial para ser usado como ferramenta de interação social, um caminho para a telepatia. "Nós demonstramos que os sensores podem captar sinais elétricos dos músculos da garganta para que as pessoas se comuniquem apenas por pensamento", explica o estudo Mais
Silvestro Micera
<b>Mão biônica</b> - O engenheiro biomédico Silvestro Micera, da Escola Politécnica Federal de Laussane, na Suíça, anunciou que nos próximos meses vai implantar pela primeira vez em um paciente amputado uma mão biônica capaz de oferecer ao usuário a sensação do toque em tempo real. O dispositivo usa eletrodos ligados ao nervo do paciente - nesse caso, aos nervos mediano e ulnar, que ficam no braço Mais
Reprodução
<b>Chimpanzés podem ser mais espertos do que você</b> - A chimpanzé Ayumu não hesita ao tocar os números de um a nove em uma tela, mesmo quando eles aparecem por um instante e são encobertos por quadrados brancos. "Não se preocupe, ninguém pode fazer isso", disse o pesquisador Tetsuro Matsuzawa da Universidade de Kyoto. "É impossível para você". Sua pesquisa mostra como a capacidade intelectual dos primatas podem ser muito parecidas -quando não superiores - a do cérebro humano
The Field Museum/artist Harlene Donnelly
<b>Réptil pescoçudo</b> - O "Dinocephalosaurus orientalis" é um réptil marinho que tinha o pescoço duas vezes maior do que o tronco. "O que ele fez com este longo pescoço eu só posso especular", disse Olivier Rieppel, curador de Biologia Evolutiva do Museu Field, em Chicago, que liderou a equipe que identificou o esqueleto do animal. A criatura de 5 metros de comprimento, provavelmente tinha costelas no pescoço para criar sucção para tirar aspirar presas. O Dinocephalosaurus é apenas um dos répteis que se moveram da terra para o mar, onde é hoje o sul da China durante o período Triássico, há aproximadamente 250 a 200 milhões de anos
Wikimedia Commons
<b>'No pain, no gain'</b> - Cientistas mostraram como as adaptações próprias que fizeram dos humanos um sucesso evolutivo -como andar ereto e cérebros grandes e complexos - têm sido o resultado da remodelação constante de um antigo "corpo de macaco" que foi originalmente planejado para a vida nas árvores. "Esta anatomia não é a mesma se você fosse desenhar do zero", disse o antropólogo Jeremy DeSilva, da Universidade de Boston. "Evolução é trabalhar com fita adesiva e grampos de papel" e ela geralmente vem com dor
John D. Cooper Archaeological and Paleontological Center, USA
<b>Extinção de baleias dentadas foi depois do que se previa</b> - Graças a um projeto de ampliação da estrada em Laguna Canyon na Califórnia, cientistas identificaram várias novas espécies de baleias dentadas. O cânion, escavado entre 2000 e 2005, contém centenas de mamíferos marinhos que viveram de 17 a 19 milhões de anos atrás. Incluise 30 crânios de cetáceos e quatro espécies recém identificados de baleias dentadas de barbatanas, um tipo de baleia que os cientistas pensavam ter sido extinta 5 milhões de anos antes
iStockphoto/Thinkstock
<b>Contagem errada de calorias</b> - Alimentos crus e alimentos cozidos têm calorias diferentes e o corpo pode gastar mais energia para digerir uma leguminosa do que um cereal, apensar de eles terem a mesma quantidade de carboidratos. "Nosso atual sistema de avaliação de calorias é certamente errado", disse o biólogo evolucionista Richard Wrangham, da Universidade Harvard. A contagem de calorias é falha porque ela não leva em conta a energia utilizada para digerir os alimentos, o quanto é absorvido pelas bactérias orais e intestinais, nem as propriedades de diferentes alimentos, como se eles são cozidos ou resistente à digestão. O processo usado para estimar as calorias dos alimentos foi desenvolvida na virada do século 19 para 20 por Wilbur Atwater. Era um sistema simples de calcular quatro calorias por cada grama de proteína, nove calorias por cada grama de gordura, quatro calorias por cada grama de carboidrato e duas calorias por grama de fibra
NOAA/AFP
<b>Extremos climáticos vieram para ficar</b> - Furacões, incêndios e supertempestades já são tidos como normais na América do Norte, com as consequências das mudanças climáticas sendo mais intensas e frequentes. Por exemplo, em 1950, o número de dias que estabelecem recordes de temperaturas altas nos EUA era igual ao número de dias que estabelecem recordes de temperaturas baixas. Já na década de 2000, recordes de alta foram duas vezes mais frequentes que de baixa. A quantidade de precipitação que cai em chuvas mais pesadas e neve nos Estados Unidos aumentou em quase 20% desde 1950. Além disso, desde 1970, o Oceano Atlântico tem registado aumentos significativos em quase todas as medições de atividade de furacões, de frequência e intensidade das tempestades
Nasa/DOE/Fermi LAT Collaboration, NOAO/Aura/NSF, JPL-Caltech/Ucla
<b>Origem dos raios cósmicos</b> - Após analisar dados do telescópio espacial de raios gama Fermi, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), cientistas comprovaram que os raios cósmicos são criados nas supernovas. É que essas explosões de estrelas gigantes aceleram prótons tão rapidamente que faz com eles se espalhem por toda a galáxia, acertando constantemente a Terra. "Raios cósmicos não são exatamente raios, mas basicamente prótons. No entanto, não são todas as partículas subatômicas aceleradas na supernova que se transformam em raios cósmicos, e sim uma pequena parte" Mais
Bent Christensen/AAAS / AFP
<b>Impulsividade no mar</b> - Peixes estão ficando mais ativos, menos sociais e correndo mais riscos depois que uma droga ansiolítica poluiu rios de quase todo o mundo, afirma pesquisa da Universidade de Umea, na Suécia. A concentração de 1,8 micrograma do remédio oxazepan é baixa para comprometer a água consumida por humanos, mas tem efeitos drásticos nas percas, peixes da família da tilápia (foto), causando desequilíbrio ecológico Mais
Joe Raedle/Getty Images/AFP
<b>Cola do mar</b> - O poderoso adesivo que mantém o mexilhão fixo nas rochas pode ser usado em cirurgias para reparar membranas fetais ou criar remédios que destruam células cancerígenas, indicam pesquisadores europeus e norte-americanos. Testes clínicos já estão sendo feitos com um material que imita as proteínas aderentes dos mexilhões Mais