Robôs esquisitos cumprem funções humanas

Fabrizio Bensch/Reuters
Cabelo chanel, busto e olhos de gatinho fazem de Aila o primeiro exemplar feminino da robótica apresentado na CeBIT, uma das maiores feiras de tecnologia do mundo realizada anualmente em Hannover, na Alemanha. Projetada pela equipe do Centro de Pesquisas Alemão de Inteligência Artificial, Aila não difere internamente dos modelos masculinos do mercado, mas seus braços e suas mãos articulados simulam com perfeição os movimentos humanos, o que facilita operar maquinários (acima), apertar botões e ligar interruptores
HSL
O Laboratório de Saúde e Segurança do Reino Unido (HSL, na sigla em inglês) criou um robô para estudar como o norovírus, um vírus que ocorre principalmente no inverno do país e causa fortes vômitos, se espalha rapidamente entre as pessoas e ainda resiste aos tratamentos médicos. Batizado de "Larry Vomitador", ele projeta um líquido para os cientistas identificarem o rápido movimento das gotículas de vômito dos doentes - segundo o marcador fluorescente no líquido, elas alcançam até três metros de distância
Kagawa University
Pesquisadores da Universidade de Kagawa, no Japão, apresentaram um robô capaz de reproduzir a voz humana na Robotech, em Tóquio, que exibe os últimos avanços da área. O robô foi um dos destaques não só pelo seu visual bizarro, mas, também, por simular os órgãos vocais sem usar softwares, já que é, basicamente, um compressor de ar. O tubo de silicone - que faz as vezes da boca, dos lábios e da língua - controla o fluxo para imitar as funções da traqueia e das cordas vocais, gerando diferentes sons. Para que fique parecido com a voz das pessoas, o som captado pelo microfone é automaticamente processado por um computador
Odd Andersen/AFP
Um dançarino foi a principal atração da edição de 2012 da CeBIT, a maior feira de tecnologia do mundo que ocorre todo ano em Hannover, na Alemanha. Projetado pela Tobit Software, o robô fez apresentações de pole dance ao lado de um DJ robótico, chamando a atenção do público
Peter Steffen/Efe
O RoboThespian foi apelidado como ator-robô porque o movimento dos olhos é capaz de dar diferentes expressões ao modelo. Desenvolvido durante seis anos no Reino Unido, o robô com forte apelo para interação social, foi apresentado em uma das edições da CeBIT, maior feira de tecnologia do mundo que acontece em Hannover, na Alemanha, todo ano
Toby Melville/Reuters
Rex é considerado o homem biônico mais completo do mundo. O psicólogo suíço Bertolt Mayer, que perdeu a mão esquerda e possui um membro biônico no lugar, foi o modelo para o projeto de US$ 1 milhão (cerca de R$ 1,98 milhão) criado para um documentário da rede britânica Channel 4. Segundo os cientistas britânicos, Rex tem 2 metros de altura e todos seus membros e órgãos funcionam normalmente
BostonDynamics
O BigDog foi desenvolvido pela BostonDynamics para carregar objetos pesados durante operações especiais ou militares. Ele utiliza a força das pernas e do tronco para ajudar a movimentar seus braços robóticos. Segundo a fabricante, essa dinâmica não é inspirada apenas nos animais, pois ela também é usada por atletas para melhorar seu desempenho
BostonDynamics
Inspirado pelos movimentos do guepardo, o Chetah é o robô mais veloz do planeta. O modelo da BostonDynamics chega a galopar quase 30 quilômetros por hora (18 mph) devido a flexibilidade de suas patas metálicas - o recorde anterior era de 20,9 quilômetros por hora (13,1 mph) atingido em 1989 pelo Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT, na sigla em inglês), nos Estados Unidos
Keith Srakocic/AP
Todas as cirurgias robóticas no mundo são feitas, atualmente, com o sitema da Vinci. O robô de quatro braços foi desenvolvido, inicialmente, para procedimentos na cardiologia, mas, hoje, faz cirurgias de câncer de próstata (devido ao difícil acesso ao local), do tórax, do aparelho digestivo, na área da ginecologia e, também, para retirar tumores da cabeça e pescoço. No Brasil, há poucos exemplares em funcionamento: um no Albert Einstein, dois no Sírio-Libanês e outro no hospital Oswaldo Cruz, todos em São Paulo, e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Rio de Janeiro, é o primeiro hospital público do país a ter cirurgias robóticas
David Duprey/AP
Devon Carrow não falta a nenhuma dia de aula, mesmo sem sair de sua casa, nos Estados Unidos. O garoto de 7 anos, que sofre uma alergia rara que o impede de frequentar espaços abertos, usa um robô wireless com uma tela para acompanhar, remotamente, o ambiente escolar, o que inclui fazer as lições da professora, brincar com os colegas e até comer lanche no recreio
Mark/Efe
Um restaurante na China faz fama pelo seu serviço rápido. Desde a inauguração em junho de 2012, os clientes são servidos por pequenos robôs coloridos que passam pelas esteiras - a autonomia é de dez horas sem recarga. O estabelecimento tem 20 funcionários robóticos, divididos em funções simples na recepção, no salão e na cozinha
Lisi Niesner/Reuters
O robô care-O-bot foi criado para dar assistência - e até independência - a idosos em eventos cotidianos. Ele pode pegar e trazer objetos pequenos, como bebidas e talheres, ou, como funciona de forma autonôma, abrir a porta para médicos caso o dono sofra um mal súbito. Além disso, ele também pode ser operado remotamente, dando novas funções ao robô
Nasa
A Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) fez a primeira rodada de testes de um robô humanoide no espaço em janeiro de 2013. O Robonauta 2, apelidado de R2 pela agência, operou válvulas em um painel do laboratório Destiny, da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), com sucesso. A intenção é que o robô execute tarefas de conserto e manutenção para sobrar mais tempo para os astronautas desenvolverem projetos científicos no espaço
Takanishi Lab/Waseda University
A cabeça, o movimento do pescoço e o tamanho de um rato fazem com que o WR-3 consiga interagir com as cobaias sem levantar suspeitas. Desenvolvido no Japão, ele é colocado nas gaiolas para cutucar e correr atrás dos outros animais, em um experimento que pretende desvendar os mecanismos e as reações de quem sofre bullying
Stephen Crowley/The New York Times
Residente de asilo em Washington, nos Estados Unidos, abraça bebê foca robô que pisca e reage a toques por meio de sensores de som, temperatura e toque. Ele é usado para proporcionar maior bem-estar aos idosos
Yoshikazu Tsuno/ AFP
Modelo (esq.) posa ao lado de robo humanoide chamado "Geminoid-F" fabricado à sua semelhança, em Osaka, no Japão
AFP/Yoshikazu
Robô desenvolvido na Universidade de Osaka, no Japão, em 2009, tem 1,3 metro e 33 quilos para ficar com o corpo parecido com o de uma criança. Ele aprende expressões faciais de forma autônoma e tem 51 propulsores a ar, 5 motores e 197 sensores táteis sob a pele de silicone. Professor Minoru Asada e seu time estão tentando ensinar o androide a pensar como um bebê que analisa as expressões da mãe e as classifica em categorias básicas, como felicidade e tristeza
AFP/Yoshikazu Tsuno
Hiroshi Okuno, professor da Universidade de Kyoto, no Japão, opera seu robô humanoide feito com ouvidos "SIG-II" que podem diferenciar até três vozes humanas misturadas, como quando pessoas falam ao mesmo tempo, e ainda pode olhar para a direção de onde vem uma das vozes. A pesquisa de 2003 foi desenvolvida para estudar ambientais virtuais de interação entre as pessoas
Reuters/Bazuki Muhammad
Em 2000, o grande sucesso dos robôs humanoides era o Asimo, o primeiro a andar como um humano. Pesando 52 quilos e com 1,2 metro de altura, o robô da Honda chegou a ser usado em algumas empresas
Divulgação
Com apenas 150 gramas e 13 centímetros, esse robô com pernas finas e engraçadas corre tão bem na areia fofa quanto em terra firme. A proeza ajudou uma dupla de pesquisadores a desenvolver equações para prever movimentos mecânicos e saber se os equipamentos precisam acelerar ou não para evitar que atolem em superfícies mais granuladas. Os resultados devem facilitar, também, o trabalho com robôs que são controlados remotamente, como é o caso do jipê-robô Curiosity, que habita Marte desde agosto de 2012
Yoshikazu Tsuno/AFP
O robô humanoide HRP-2 foi projetado para aprender o movimento do usuário e ajudar a reabilitação de pessoas idosas ou com deficiência. Ele é controlado por atividade cerebral humana (operador ao fundo) e foi desenvolvido por cientistas do Instituto Nacional de Ciência Industrial Avançada e Tecnologia, um laboratório de cooperação entre Japão e França que fica em Tóquio
BostonDynamics
A BostonDynamics desenvolveu um robô-soldado para testar roupas de proteção química no campo de batalha. Mas Petman também simula a fisiologia humana ao controlar, dentro da roupa protetora, a temperatura, a umidade e o suor, reproduzindo as condições vividas numa situação real pelos soldados Mais
Harvard University
Um minirrobô conseguiu voar com perfeição após 12 anos de estudo nos laboratórios da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostra estudo publicado na revista Science. Tão pequeno como uma moeda, o RoboBee (Robô Abelha, em tradução livre) pesa 80 mg e possui asas com só 3 cm de envergadura, mas que batem até 120 vezes por segundo. Para impedir que a dinâmica de voo fosse comprometida pelas mudanças das correntes de ar, os engenheiros desenvolveram tiras de cerâmica que se expandem e se contraem quando um campo elétrico é ativado para fazer as asas. O grupo quer, agora, aprimorar com especialistas de outras áreas o modelo, que poderá fazer monitoramentos ambientais - por enquanto, o robô voa por 20 segundos e ainda funciona preso a um fio Mais
Reprodução
Com formato da cabeça de uma mulher, Kaori é capaz de analisar e quantificar os componentes no mau hálito, avaliando o cheiro em uma escala de quatro níveis. Dependendo do resultado, o robô ainda reage com ironia, dizendo ao usuário que "não dá para suportá-lo". O protótipo foi desenvolvido pela empresa japonesa CrazyLabo em parceria com Instituto de Tecnologia da Universidade de Kitakyushu Mais
Tomomi Abe/Reprodução
O cachorro Shuntaro reconhece o mau cheiro dos pés de seus donos, mas não fala como os robôs humanoides. Ele agita a cabeça se o odor estiver normal, e late se detectar chulé. Em casos extremos, o cão robótico simula até um desmaio. Ele foi desenvolvido pela empresa CrazyLabo em parceria com o Instituto de Tecnologia da Universidade de Kitakyushu, no Japão Mais
Divulgação
Pesquisadores europeus se inspiraram na mosca drosófila para criar o CurvAce, o primeiro olho artificial que oferece uma visão panorâmica sem distorções. O protótipo é composto de três camadas de lentes microscópicas; uma antena reagente à luz, que imita os circuitos neurais do inseto; e de um circuito flexível, que programa o tratamento dos sinais luminosos. Usado atualmente em robôs aéreos, o CurvAce pode ter diferentes aplicações, como câmeras de vigilância e segurança ou em sistemas de detecção 3D para evitar colisões no solo ou no ar Mais
Jens Wolf/Efe
Robô joga uma partida de futebol para etapa alemã da RoboCup, em Magdeburg, em abril de 2013. A Copa do Mundo futurista de 2013 vai ocorrer em junho, na Holanda, e tem os times brasileiro e holandês como favoritos da competição Mais
Backyard Brains
O neurocientista Greg Gage desenvolveu a 'RoboRoach' para ajudar professores a ensinarem como funciona o cérebro do inseto. A barata viva recebe uma espécie de mochila, com ligações diretas para os neurônios de suas antenas, que enviam informações para o cérebro por meio de impulsos elétricos. Os movimentos dos insetos são controlados pelos celulares dos alunos Mais
Kibo Robot Project
Com apenas 34 centímetros, Kirobo será enviado à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) com a missão de fazer companhia e interagir com os astronautas. Além de reconhecer rostos e registrar imagens, o pequeno robô passou por vários testes em condições de microgravidade (foto) para mover-se e falar com naturalidade com o comandante Koichi Wakata, que será o primeiro japonês a chefiar uma missão na ISS no ano que vem. Uma versão do androide ficará na Terra, o Mirata, para que os pesquisadores consigam usá-lo como modelo de comparação, caso Kirobo sofra algum problema no espaço Mais
AP/Shizuo Kambayashi e AFP/Yoshikazu Tsuno
O robô humanoide da Honda, o Asimo, sobe escadas e interage com visitantes do Museu Nacional de Ciência Emergente e Inovação de Tóquio, no Japão. O robô é autônomo, capaz de tomar decisões de acordo com os movimentos de pessoas a seu redor, sem a necessidade de ser controlado por um operador
Yoshikazu Tsuno/AFP
Japoneses criaram uma máquina que colhe apenas morangos maduros. A novidade foi apresentada em uma feira tecnológica de Tóquio, no dia 25 de setembro de 2013. O robô de dois metros utiliza três câmeras para detectar as frutas vermelhas e coletá-las com um braço equipado com um instrumento para cortar as hastes das frutas Mais
Yoshikazu Tsuno/AFP
Desenvolvido pelo Instituto de Robótica Humanoide da Universidade Waseda, no Japão, Wabian-2 tem quadris flexíveis que permitem a cada perna girar. Isso significa que o robô consegue caminhar de uma forma bem mais parecido com os humanos Mais
EPFL/Laboratory of Intelligent Systems
Adrien Briod, da Escola Politécnica de Lausanne, na Suíça, exibe o GimBall, que foi desenvolvido para fazer o reconhecimento de locais de difícil acesso. Com apenas 370 gramas, o robô voador consegue ficar estável no ar após as batidas gracas à proteção de uma esfera elástica de 34 centímetros de diâmetro Mais
Ina Fassbender/ Reuters
Funcionários do Instituto de Ciência da Computação preparam robôs humanoides, vestidos com as camisas das seleções do Brasil e da Alemanha, para foto na Universidade de Bonn, na Alemanha, nesta quarta-feira (18). Os robôs, que são desenvolvidos pela universidade e pela empresa Igus GmbH, irão competir no "RoboCup", campeonato mundial de robótica, que será realizado no Brasil no mês de julho
China Daily/Reuters
Robô vestido de dama de honra participa de casamento em Tianjin, na China, em 1º de novembro de 2015. Uma empresa de robôs recentemente adaptou o produto, concebido inicialmente para trabalhar como garçom, para virar dama de honra em casamentos, segundo a mídia local