Curiosidades sobre a Lua

NSSDC/Nasa
Luna 10 (ou Lunik 10) foi o primeiro objeto feito pelo homem a dar uma volta completa ao redor da Lua em 1966, tornando-se, também, o primeiro equipamento a orbitar um corpo além da Terra. A sonda russa de 245 quilos foi lançada em 31 de março daquele ano do cosmódromo de Baikonur (atual Cazaquistão), entrou na órbita da Lua três dias depois e terminou sua volta como planejado, em 4 de abril, para coincidir com o início da 23º Internacional, o congresso anual do Partido Comunista soviético. O objetivo da Luna 10 era estudar o ambiente lunar (ele tinha dez instrumentos) e, principalmente, oferecer aos cientistas do programa espacial russo mais experiência em missões orbitais
NSSDC/Nasa
A missão Luna (ou Lunik), da então União Soviética, foi a primeira a estudar a Lua com uma série de equipamentos científicos. O foguete esférico Luna 1 (à direita) passou a 5.995 quilômetros de distância da superfície do satélite em 4 de janeiro de 1959, 34 horas depois de ser lançado da Terra. Mesmo não sendo bons de mira, os cientistas constataram, pela primeira vez, que a Lua não tem campo magnético como a Terra e que os ventos solares atravessam o espaço espalhando partículas eletricamente carregadas. O programa espacial só conseguiu acertar a pontaria meses mais tarde, quando a Luna 2 (à esquerda) atingiu a superfície da Lua em 13 de setembro. A cápsula tinha antenas, três flâmulas soviéticas e alguns instrumentos, como detectores de micrometeoritos e magnetômetro, que pararam de funcionar por conta da força do impacto na região de Palus Putredinus
NSSDC/Nasa
O Lunokhod 1 pode ter um visual de uma banheira sobre rodinhas, mas ele tem o mérito de ser o primeiro jipe-robô a percorrer a superfície lunar com sucesso, em 17 de novembro de 1970. Controlado remotamente por cientistas na União Soviética, ele funcionava a base de energia solar de dia e estacionava à noite para descansar. Em dez meses de experiência, o Lunokhod percorreu mais de 10 quilômetros, uma marca impressionante até para os padrões atuais - o Opportunity levou cerca de seis anos para andar cerca de 12 quilômetros em Marte, e o Curiosity chegou a pouco mais de 500 metros de distância do seu pouso em seis meses no planeta vermelho. Mesmo não tendo ficado tão famoso - a chegada dos americanos à Lua, um ano antes, ofuscou o programa espacial soviético -, o robô tem um grande valor histórico e científico por ter reunido dados e imagens do solo e da topografia lunar
AP/Reprodução Nasa
Neil Armstrong foi o primeiro homem a pisar à Lua em 20 de julho de 1969, mas quem aparece na maioria das fotografias é o seu parceiro de missão, Edwin 'Buzz' Aldrin - na imagem acima, ele saúda a bandeira norte-americana. Isso não aconteceu por timidez de Armstrong, mas porque a câmera fotográfica ficou com o comandante da Apollo 11 durante as horas em que a dupla andou na superfície da Lua
Nasa/National Geographic Society
Três homens foram escalados para a histórica Apollo 11, mas só dois puderam pisar à Lua, em julho de 1969: Buzz Aldrin, que aparece caminhando no 'mar da Tranquilidade' da Lua, e Neil Armstrong, refletido no visor do capacete do colega ao lado do módulo lunar Eagle. Michael Collins, o terceiro astronauta, teve de ficar a bordo do Columbia, orbitando a Lua, pois era responsável pelas manobras de acoplamento e de retorno da tripulação
Charles M. Duke Jr./Nasa/AFP
Cinco bandeiras norte-americanas continuam fincadas na Lua mesmo 40 anos depois da passagem das missões tripuladas da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana). Apenas 12 pessoas fizeram caminhadas lunares, entre elas John W. Young (acima), comandante da Apollo 16, em abril de 1972
Nasa/JPL-Caltech/GSFC/ASU
Mais de 70 missões tiveram como objetivo principal o estudo da Lua, entre cápsulas, satélites e naves tripuladas enviadas ao satélite desde 1959, segundo dados da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana). A década de 1960 foi a fase mais frenética da pesquisa, e desde a última pisada na Lua, em 1972, não mais que quinze missões orbitais coletaram dados do satélite, como as sondas gêmeas Ebb e Flow. A dupla foi desligada em 17 de dezembro de 2012, enquanto se dirigiam a uma montanha no polo Norte da Lua (como mostra a composição acima)
Nasa/JPL-Caltech/IPGP
A missão GRAIL, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), coletou dados em dezembro de 2012 que mostram que a gravidade da Lua influencia diretamente sua superfície, ou seja, uma mudança no campo gravitacional pode corresponder às alterações de sua topografia, como crateras, riachos e montanhas. A cratera mais profunda da Lua tem 225 quilômetros de diâmetro
Nasa/JPL-Caltech/MIT/GSFC
Com base em medições inéditas feitas pela sondas da missão GRAIL, os cientistas revelaram, em dezembro de 2012, que a crosta da Lua foi quase toda pulverizada por asteroides e cometas no passado, deixando 98% de sua superfície fragmentada. Isso aconteceu porque o satélite não tem um campo gravitacional simétrico nem conta com um "escudo protetor" - a Terra possui um campo magnético que nos protege da radiação do Sol, por exemplo
Nasa/JPL-Caltech
A Lua surgiu após uma colisão catastrófica entre a Terra e outro corpo celeste (ilustração acima), que fez com que os átomos de zinco mais pesados se condensassem em uma nuvem de vapor. O grande choque gerou tanta energia que derreteu o objeto causador do impacto
Nasa/SDO
O SDO, satélite que monitora o Sol, registrou cenas da Lua (no topo, à direita) atravessando a órbita da estrela massiva logo em frente ao equipamento, criando uma espécie de eclipse particular. As fases nova, crescente, cheia e minguante correspondem a posição do satélite em relação ao Sol, ou seja, a Lua é vista "diferente" da Terra devido às regiões que são totalmente ou parcialmente iluminadas pelos raios solares
Robert Atanasovski/AFP
A Lua Azul marca a segunda aparição da lua cheia no mesmo mês. O fenômeno acontece de dois a três anos, segundo a Nasa (agência espacial norte-americana), e foi visto pela última vez em agosto de 2012. A Lua tem uma área de 37.932.000 quilômetros quadrados, mas só 59% de sua superfície é visível aqui da Terra
Greg Wood/AFP
O último eclipse solar total foi presenciado por milhares de pessoas na Austrália, em novembro de 2012. O fenômeno ocorre quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, deixando algumas regiões do planeta no escuro por alguns minutos
Reuters
Composição mostra vários momentos do eclipse total da Lua no céu de Hefei, cidade da província de Anhui, na China, em dezembro de 2011. Esse fenômeno ocorre quando a Terra passa entre o Sol e a Lua, projetando uma sombra sobre o astro e deixando o satélite mais avermelhado
Victor R. Caivano/AP
A Lua está a 363.301 quilômetros de distância da Terra, mas quando atinge seu ponto mais próximo à órbita do nosso planeta, ela se transforma na superlua. Em maio de 2012, o fenômeno deixou a Lua cerca de 30% mais brilhante e 14% maior em relação as outras luas cheias do ano passado, segundo a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana). Acima, a superlua é vista atrás da estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro
Nasa
Em 17 de março de 2013, um meteorito atingiu a Lua e causou uma forte explosão -- 10 vezes mais brilhante do que qualquer outra já vista. A Lua é atingida por meteoritos o tempo todo, mas esse impacto foi particularmente notável: foi possível vê-lo a olho nu, com a mesma intensidade que uma estrela de magnitude 4. O objeto deveria ter 40 kg e cerca 30 a 40 cm de largura, mas, porque viajava a 56 mil mph e a Lua não tem atmosfera (que desaceleraria o meteoroide), a explosão foi equivalente a cinco toneladas de TNT. Meteoritos lunares não necessitam de oxigênio ou de combustão para "explodirem". Eles batem no chão com tanta energia cinética que mesmo uma pedra pode fazer uma cratera de vários metros de largura. O flash de luz não vem da combustão, mas sim do brilho térmico de rocha derretida e de vapores quentes no local do impacto Mais
Nasa/JPL-Caltech
Astrônomos da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) descobriram a origem das grandes regiões "invisíveis" que tornam a gravidade da lua irregular, um fenômeno que afeta diretamente as operações de sonda lunares. As anomalias do campo gravitacional do satélite, chamadas de "mascons", foram criadas após o impacto de grandes asteroides e cometas na superfície da Lua "primitiva" - ou seja, quando ela tinha um núcleo muito mais quente do que é atualmente. "Os dados da missão GRAIL mostram como a fina crosta e o denso manto fundiram-se com o choque de um grande corpo, criando um padrão distinto de anomalias na sua densidade, reconhecidas, hoje, como 'mascons'", explica Jay Melosh, pesquisador da Universidade Purdue e autor principal do estudo. Acima, concepção ilustra o mapeamento da gravidade feito pelas sondas gêmeas da missão GRAIL
Nasa/JPL
Grãos minerais da cratera Bullialdus, localizada perto do Equador da Lua, trazem indícios de água magmática, anunciou a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), em agosto de 2013. A sonda indiana Chandrayaan 1, que tem um instrumento de mineralogia da Nasa, detectou na porção central da cratera um " volume significativo de hidroxila, uma molécula feita de um átomo de oxigênio e um de hidrogênio, o que prova que as rochas contêm água que se originou muito abaixo da superfície lunar" Mais
AFP
14.dez.2013 - Foto liberada pelo Centro Espacial de Pequim mostra a superfície da Lua. A agência espacial chinesa informa que conseguiu aterrissar com sucesso um veículo para explorar a superfície do satélite natural da Terra. O feito, inédito para o país, foi exibido pela "CCTV", televisão estatal. O veículo, chamado Chang?e-3, foi lançado há 12 dias em um foguete Mais
CCTV/AP
15.dez.2013 - Veículo da China toca a superfície lunar, deixando marcas no solo. A sonda não tripulada chinesa Chang E3 pousou neste sábado (14) na cratera lunar Sinus Iridum, o que transforma o país asiático no terceiro, após Estados Unidos e União Soviética, a conseguir um pouso controlado na Lua, 37 anos e quatro meses depois do anterior Mais
Ding Lin/Xinhua/AP
15.dez.2013 - Imagem mostra a sonda não tripulada chinesa Chang E3 que pousou sábado (14) na cratera lunar Sinus Iridum, o que transforma o país asiático no terceiro, após Estados Unidos e União Soviética, a conseguir um pouso controlado na Lua, 37 anos e quatro meses depois do anterior Mais
Nasa/Nature
Estudo publicado na revista Nature determina por meio de um relógio geológico a idade da Lua. Nosso satélite teria se formado cerca de 95 milhões de anos após a criação do Sistema Solar, mais de 70 milhões de anos depois do que se calculava anteriormente Mais