Agências anunciam as futuras missões espaciais

Nasa TV
Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, destinou cerca de US$ 17 bilhões (mais de R$ 33 bilhões) do Orçamento do país em 2014 para a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) administrar. A Agência deve gastar aproximadamente US$ 100 milhões (cerca de R$ 200 milhões) no próximo ano para começar a construir uma nave-robô que rebocará um asteroide para a Lua até 2025 (foto). Se os cientistas conseguirem colocar o asteroide em órbita estável ao redor do satélite, eles vão criar postos permanentes no espaço que vão ajudar as longas viagens de missões espaciais - a Nasa planeja enviar astronautas para Marte em 2030. Além disso, a captura do asteroide ajudará na atividade de mineração espacial e nas pesquisas para desviar objetos em rota de colisão com a Terra Mais
Nasa Ames
A Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) volta a olhar para a Lua com a missão Ladee, que foi lançada em setembro de 2013. O equipamento orbital foi desenvolvido para coletar dados da densidade e da composição da exosfera e das partículas de poeira que envolvem o satélite. Assim, os cientistas poderão estudar o impacto da atividade humana nessa fina camada superior da atmosfera da Lua. Acima, cientistas fazem testes de segurança e vibração do equipamento no laboratório da Nasa, em abril passado
Lockheed Martin
Os instrumentos da sonda Maven estão desenhados para que os cientistas da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) chequem como a atmosfera tênue de Marte, composta majoritariamente de dióxido de carbono, mudou com o tempo e afetou a capacidade do planeta vermelho em sustentar vidas. Ela foi lançada em 18 de novembro e levará 10 meses para chegar ao seu destino para uma missão de pelo menos um ano. Portanto, a previsão é que chegue em 22 de setembro de 2014 em Marte Mais
ESA/C.Carreau
Batizada com o nome da deusa da Terra, Gaia é uma missão de astrometria da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) bastante ambiciosa: produzir o maior e mais preciso mapa 3D da nossa galáxia. Lançada em 19 de dezembro de 2013, O equipamento faz o levantamento de mais de bilhões de estrelas, um número sem precedentes na história, usando os dois telescópios que ficam na sua caixa cilíndrica - o maior espelho de cada telescópio tem 1,45 metro por 0,5 metro
EADS Astrium
Mercúrio, um dos planetas menos explorados do 'centro' do Sistema Solar, vai ganhar uma missão só para ele a partir de 2015. O objetivo do BepiColombo é fazer um estudo completo da composição e da história do planeta, que poderá ajudar a compreender mais a formação dos planetas mais próximos ao Sol. Ele vai usar dois equipamentos orbitais para estudar a geofísica, a atmosfera e a magnetosfera: o MPO, sob responsabilidade da Agência Espacial Europeia (ESA), fará o mapeamento de Mercúrio, enquanto o MMO, da Agência Espacial Japonesa (Jaxa), deverá investigar sua magnetosfera, a região da atmosfera influenciada pelo campo magnético. Os equipamentos da missão BepiColombo ainda estão em fase de construção, segundo a ESA
ESA
Como o nome sugere, a LISA Pathfinder (foto) vai "desbravar" o espaço em 2015 para dar início a uma outra empreitada que só deve sair do papel dez anos mais tarde. Seu objetivo será detectar as misteriosas ondas gravitacionais, aquelas que transmitem energia por meio de deformações no espaço-tempo - que nada mais é que o campo gravitacional, segundo Albert Einstein. A ideia é testar maneiras eficientes e precisas para obter esses dados para que a LISA, uma espécie de antena, consiga encontrar as ondas gravitacionais geradas por objetos muito massivos, como os buracos negros. As duas missões ajudarão a explicar melhor como tempo e espaço são conectados
EFE/JPL/Nasa
Mal o Curiosity pousou em Marte em 2012, e a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) já anunciou o envio de outro jipe-robô para o planeta vermelho. O Insight está previsto para investigar o interior de Marte a partir de 2016 para descobrir como o seu interior evoluiu de forma tão diferente da Terra, mesmo sendo os dois corpos rochosos. O robô terá instrumentos para checar como é o núcleo de Marte (se é sólido ou liquído, por exemplo) e, também, o motivo de ele não ser dividido em placas tectônicas como ocorre no nosso planeta
ESA
Como parte do projeto ExoMars, as Agências Espaciais russa e europeia lançarão conjuntamente uma sonda em 2016 e um robô motorizado em 2018 para explorar Marte. O equipamento orbital, que também conta com colaboração da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) no projeto, vai rastrear os gases que formam a atmosfera do planeta vermelho, enquanto o robô Pasteur (foto) buscará sinais de vida, além de testar as tecnologias necessárias para uma viagem de ida e volta
ESA/AOES
Ainda em estágio de estudo, o Solar Orbiter quer obter imagens de alta resolução e bem aproximadas da heliosfera, o campo magnético do Sol. O equipamento orbital da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), previsto para 2017, vai enfrentar o calor para apontar seus telescópios a um quinto da distância entre o nosso planeta e a estrela. A intenção é entender a relação do Sol com essa gigante bolha constituída pelo vento solar, que prejudica a comunicação de satélites da Terra
University of Bern
A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) também vai projetar um pequeno satélite para estudar exoplanetas, aqueles planetas que orbitam grandes estrelas como o Sol, mas que estão fora do nosso Sistema Solar. O Cheops está previsto para ser lançado em 2017 e deve ficar cerca de 3,5 anos no espaço
Jaxa
O Hayabusa 2 terá equipamentos orbitais, um módulo de pouso e um jipe-robô para estudar diversos ângulos do asteroide 1999 JU3, que tem material de 4,5 bilhões de anos bastante intactos. Os cientistas da Agência Espacial Japonesa (Jaxa) não desejam só coletar material para pesquisas e análises, mas também contribuir para a tecnologia de exploração de asteroides. Ainda em fase de implantação, o Hayabusa 2 (que significa falcão em japonês) será lançado em 2014, mas só alcançará o asteroide em junho de 2018, quando deve passar cerca de um ano observando o objeto - as amostras devem chegar à Terra em dezembro de 2020
Nasa
Elaborado para ser o telescópio espacial mais moderno do mundo, o James Webb será o sucessor do clássico Hubble, lançado ao espaço em 1990. Com um espelho principal de 6,5 metros de diâmetro (nove vezes maior que o do Hubble) e um sistema que permite operar em baixas temperaturas (- 230 graus Celsius), o telescópio vai buscar em frequência infravermelha as galáxias mais distantes para, assim, entender a formação do Universo. Previsto para ser lançado em 2018, o telescópio James Webb ficará a uma órbita de 1,5 milhão de quilômetros da Terra e deve funcionar entre cinco e dez anos
ESA
O telescópio espacial Euclides terá a responsabilidade de desvendar a natureza da energia escura, a força distribuída pela maioria do Universo que explicaria sua expansão, e a matéria escura, que não pode ser vista por não interagir com a luz, mas que pode explicar a posição dos astros. Juntas, a energia e a matéria escuras compõem mais 96% de todo o cosmos. Previsto para ser lançado da base da Guiana Francesa em 2020, ele deve operar por seis anos, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês)
ESA/AOES
Impressão artística mostra como seria a sonda Juice, da Agência Espacial Europeia, que pretende investigar as luas geladas de Júpiter, como Europa, Ganimedes e Calisto, e o gigante gasoso. A previsão de lançamento é 2022 com 11 experimentos científicos, com chegada em Júpiter em 2030
ESA?C. Carreau
Uma missão para buscar sistemas planetários fora do Sistema Solar será lançada pela Agência Espacial Europeia em 2024. Chamada de Plato (Trânsitos Planetários e Oscilações de estrelas), a missão pretende identificar e estudar milhares de sistemas exoplanetários, especialmente aqueles planetas com tamanho similar ao da Terra