Pesquisadores desenvolvem órgãos biônicos para transplantes humanos

Carmat
A empresa francesa Carmata apresentou em julho de 2013 um coração artificial com tecido bovino que será testado em breve por pacientes com problemas cardíacos. O material orgânico (formas elípticas marrons, na ilustração à direita) substitui o plástico nas superfícies irrigadas pelo sangue, diminuindo os problemas de coagulação após o transplante, segundo o fabricante. O órgão biônico é regulado por sensores, softwares e microeletrônicos e funciona com duas baterias externas de íons de lítio
Jake Evill
Jake Evill, aluno de design da Universidade de Victoria em Wellington, na Nova Zelândia, apresentou no começo de julho de 2013 um protótipo de exoesqueleto para tratar fraturas. Batizado de Cortex, a prótese é feita de um polímero de plástico que pode ser molhada ou usada com roupas de manga comprida, além de conferir um visual mais bonito e higiênico do que o antigo gesso. A ideia é que o produto, que ainda não é comercializado, seja impresso em 3D sob medida para cada paciente, após medições da fratura com exames de raio-x e escaneamento digital - a região quebrada é coberta pela parte mais forte do exoesqueleto
EFE/Mario Guzmán
Neil Harbisson só enxerga em branco e preto, mas, graças a um "olho cibernético" acoplado como uma antena à cabeça, um programa identifica e diz as cores a ele. Acima, o artista participa de um festival de tecnologia na Cidade do México, no México, em julho de 2013 Mais
Optics Info Base
Cientistas fizeram a primeira demonstração de uma lente de contato telescópica, que permite ampliar a imagem em até 2,8 vezes, em julho de 2013. O estudo, publicado na revista "Optics Info Base", mostra como refletores concêntricos criam ângulos para criar o "zoom", enquanto a luz que passa por uma abertura central proporciona uma visão clara sem ampliação. A lente de 1,17 milímetro de espessura, conta com bordas com espelhos de alumínio, que refletem a imagem quatro vezes e a envia para a borda da retina na parte de trás do globo ocular. Para alternar entre a visão normal e telescópica, é usado um polarizador como nos óculos 3D
Thomas Samson/AFP
O francês Florian Lopes segura um galho de árvore nos testes de adaptação de sua mão biônica em um centro de Coubert, no Sul da França, em junho de 2013. O rapaz de 22 anos, que perdeu três dedos da mão esquerda em um acidente em 2011, é o primeiro paciente na Europa a receber o membro artificial que custa cerca de 42 mil euros
Mel Evans/AP
Cientistas da Universidade de Princenton, nos Estados Unidos, mostraram um ouvido biônico que pode escutas frequências do rádio muito além do alcance da audição humana. Uma combinação de cultura de células animais e de cartilagem foi usada para fazer o molde da orelha, assim como a antena em espiral do ouvido biônico, que foi impresso em 3D em junho de 2013 pela primeira vez
Lindsay France/Cornell University
Uma orelha artificial foi desenvolvida com células vivas a partir de uma impressão 3D pelos bioengenheiros e médicos da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. O estudo publicado em fevereiro de 2013 na revista Plos One afirma que o órgão biônico poderá devolver a audição a milhares de crianças que nasceram com microtia, uma deformidade congênita que impede o desenvolvimento do pavilhão auricular. Por enquanto, as orelhas são moldadas com colágeno do rabo de ratos de laboratório, que são injetadas com 250 milhões de células de cartilagem de vaca, e levam cerca de um dia para serem impressas. Mas os cientistas já estudam uma maneira de substituir as células dos animais pela dos seres humanos, diminuindo a rejeição do transplante
AP Photo/Martin Cleaver
O deficiente visual Eric Selby passou a identificar a calçada e o meio-fio pelas caminhadas nas ruas após receber, em fevereiro de 2013, o implante do Argus 2. O dispositivo da empresa norte-americana Second Sight foi aprovado pelas autoridades europeias, mas ainda precisa de aval da FDA, a agência de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos, para se tornar o primeiro olho biônico a ser comercializado no mundo
Toby Melville/Reuters
Bertolt Mayer examina Rex, o homem biônico mais completo do mundo, em fevereiro de 2013. O psicólogo suíço, que perdeu a mão esquerda e possui um membro artificial no lugar, foi usado como modelo para o projeto de US$ 1 milhão (cerca de R$ 1,98 milhão) criado para um documentário da rede Channel 4. Segundo os cientistas britânicos, Rex tem 2 metros de altura e tem todos os membros e órgãos funcionando normalmente
Brian Kersey/AP
O norte-americano Zac Vawter faz exercícios de corrida com uma perna biônica no Instituto de Chicago, nos Estados Unidos. Em novembro de 2012, ele subiu todos os 103 andares da Torre Willis (antiga Torre da Sears), em Chicago, em pouco menos de uma hora com a prótese comandada por seu cérebro Mais
Charles M. Lieber e Daniel S. Kohane
Grupo de bioengenheiros e médicos da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, criou o primeiro tecido ciborgue - metade orgânico, metade artificial - que pode substituir neurônios, células do coração, músculos e até vasos sanguíneos. O estudo, divulgado em novembro de 2012 na revista "Nature Materials", mostra que nanofios e transístores (as fitas amarelas da imagem) interligam a pele e são responsáveis pelos impulsos elétricos nas novas células - no futuro, os cientistas querem que
Esko Bionics
O Ekso tornou-se em fevereiro de 2012 o primeiro exoesqueleto comercializado nos Estados Unidos. Desenvolvido pela Ekso Bionics, fundada em 2005 por pesquisadores de robótica da Universidade da Califórnia em Berkeley, o equipamento robótico já deu mais de um milhão de passos desde o seu lançamento, devolvendo a mobilidade para deficientes físicos que o usam
Esko Bionics
A companhia norte-americana Esko Bionics também desenvolveu uma versão do seu exoesqueleto para soldados no campo de batalha. O equipamento multiplica a força e a resistência do usuário em até 20 vezes sem perder a agilidade dos movimentos
Yoshikazu Tsuno/AFP
Jornalistas fotografam o HAL (sigla em inglês para membro de apoio híbrido) que foi apresentado ao público durante o evento japonês Robot Week, em Tóquio, em outubro de 2012. O exoesqueleto foi desenvolvido para ser usado por funcionários de usinas nucleares, após teste na usina de Fukushima
AFP/Jim Watson
Todd Kuiken, diretor do Centro de Medicina Biônica do Instituto de Reabilitação de Chicago, nos Estados Unidos, explica o funcionamento de um braço biônico controlado pela mente do usuário (à frente)
Reprodução/Facebook
6.ago.2013 - O neurocientista Miguel Nicolelis divulgou imagem de como será o exoesqueleto usado por um jovem paraplégico para dar o pontapé inicial na abertura da Copa do Mundo de 2014. "Imagem mostra os cinco módulos do exoesqueleto e o seu backpack [mochila] de controle", escreveu o brasileiro em sua página no Facebook. O equipamento faz parte do Projeto Andar de Novo ("Walk Again Project"), que reúne cientistas do Brasil, da França, da Suíça, da Alemanha e dos Estados Unidos Mais
Pichi Chuang/Reuters
Kelvin Li exibe o protótipo do "Dente Inteligente", que foi desenvolvido no laboratório do Departamento de Ciência Computacional e Engenharia da Informação, na Universidade Nacional de Taiwan, em Taipei. Com um centímetro, o sensor é encaixado no dente artificial com o objetivo de detectar os hábitos diários da pessoa, como mastigação, fumo, bebida, tosse ou excesso de comida. Ele também é capaz de detectar os movimentos da boca - os fios enviam informações aos pesquisadores
AP/Patrizia Tocci, Science Translational Medicine
Dinamarquês Dennis Aabo Sørensen segura uma laranja com uma prótese sensorial que substituiu sua mão, que foi amputada há 9 anos, em Roma, na Itália. Para sentir o que você toca - que é o santo graal dos membros artificiais - pesquisadores europeus desenvolveram esta prótese que consegue diferenciar entre uma garrafa, uma bola e basebol ou uma laranja Mais
EFE
Mulher holandesa de 22 anos foi a primeira paciente do mundo a receber um implante craniano completo feito de plástico por uma impressora 3D. A mulher tem um doença rara que deixava seu crânio com espessura muito maior do que o normal, o que a colocava em perigo de morte Mais