Em 50 anos, sondas revelam segredos e imagens deslumbrantes de Marte

NASA/AP
Quarto planeta do sistema solar, Marte tem inspirado poetas e cientistas com seu brilho avermelhado e a possibilidade de novas formas de vida. Há 50 anos, a conquista do "planeta vermelho" começou com o lançamento da primeira sonda enviada a Marte pela Nasa. Explorar Marte também é o objetivo da ESA (agência espacial europeia) e, mais recentemente, da ISRO (agência espacial indiana). Essa corrida tem gerado imagens preciosas e deslumbrantes de um planeta que, nos próximos anos, pode ser alvo de uma nova onda de exploração espacial tripulada Mais
NASA/JPL
Imagem divulgada pela Nasa em 10 de março de 1997 mostra uma rotação completa do planeta Marte, como avistado pelo telescópio Hubble. As fotos foram feitas com seis horas de diferença, o que permite cobrir a rotação completa do planeta
Nasa
O nome Marte deriva do Deus romano da guerra e o planeta tem uma coloração avermelhada por causa de uma alta concentração de óxido de ferro Mais
Nasa
A superfície de Marte é rochosa, marcada por crateras de impacto, vulcões, vales e calotas polares semelhantes às da Terra. Isso ficou evidente em imagens enviadas por sondas que revelaram grandes quantidades de gelo nos polos e em latitudes médias Mais
Nasa
O primeiro voo bem-sucedido sobre Marte foi feito em 1965 pela sonda Mariner 4. Até então, os cientistas especulavam que as variações periódicas avistadas por telescópios poderiam ser mares e continentes Mais
Nasa
Ao contrário da Terra, Marte possui duas luas conhecidas, Fobos e Deimos, de formato irregular. Marte está sendo explorado por cinco espaçonaves atualmente: três em órbita -- Mars Odyssey, Mars Express e Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) -- e duas na superfície -- Mars Exploration Rover Opportunity e Mars Science Laboratory Curiosity Mais
NASA/JPL/University of Arizona
Imagem feita pela sonda Global Mars Surveyor mostra áreas mais claras e escuras na superfície de Marte. As áreas mais claras possuem um mineral chamado sulfato (ácido sulfúrico salgado) que na Terra forma-se tipicamente na presença de água
Nasa
Dados de radar enviados pelas sondas Mars Express e Mars Reconaissance Orbiter (MRO) mostraram grandes quantidades de gelo nos dois polos, em julho de 2005 e nas latitudes médias, em novembro de 2008. A sonda Phoenix chegou a retirar amostras de gelo de água do solo marciano em julho de 2008 Mais
Nasa
Esta subimagem colorida artificialmente mostra os depósitos cobertos dos polos na parte suprior e os materiais mais escuros abaixo em uma escarpa na ponta de Chasma Boreale, um cânion grande com sinais de erosão em Marte Mais
ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum)/Nasa
A Mars Express, sonda da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), fez imagens de Reull Vallis, que parece ter sido formada pela passagem de água corrente no passado distante de Marte. A agência afirma que essa estrutura de "rio" se estende por quase 1500 quilômetros da paisagem marciana e tem alguns afluentes. A imagem maior mostra o ponto em que o canal chega a quase sete quilômetros de largura e 300 metros de profundidade Mais
Nasa
Esta imagem feita pela sonda Mars Global Surveyor e pela espaçonave Mars Odyssey mostram o contexto para observações orbitais de rochas expostas em Marte. A imagem cobre uma área de aproximadamente 560 quilômetros, dominada pela cratera Huygens
Nasa
As sondas Mariner 9 e Viking, da Nasa, forneceram maiores detalhes para que os cientistas formassem um mapa do planeta. Lançadas em 1996, a missão Mars Global Surveyor operou até o final de 2006 para que dados de topografia, campo magnético, superfície e formação de minerais pudesse ser reunidos
Nasa/JPL-Caltech
A Curiosity, da Nasa (agência espacial americana), começou a perfurar a superfície de Marte em janeiro de 2013. O robô posicionou seu equipamento no 170º dia da missão (que corresponde a 27 de janeiro) na rocha John Klein, que fica na cratera Gale Mais
AFP/Nasa/JPL-Caltech
Como faria um astronauta, o robô Curiosity enviou imagens de suas "pegadas" em solo marciano. Aqui é possível ver as marcas de suas rodas ao deixar o último local de coleta científica em Marte, na região de Glenelg, e parte para seu destino final: o Monte Sharp. O robô encontrou indícios de que o planeta vermelho já possuiu características favoráveis à vida microbiana Mais
AFP/Nasa/JPL-Caltech/University of Arizona
O jipe-robô Curiosity pousou em agosto de 2012 dentro de uma cratera de Marte como parte da missão de exploração da Nasa a Marte. A mancha azulada no canto da imagem mostra a chegada do equipamento de exploração ao planeta -- as cores usadas dão mais profundidade e melhor resolução, o que ajuda a diferenciar as sutis variações que existem no terreno Mais
ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum)
O robô Curiosity enviou imagens do vulcão do Monte Olimpo, em Marte Mais
ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum)
O Monte Olimpo, em Marte, é a segunda montanha mais alta conhecida no nosso sistema solar Mais
ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum)
Cratera ao Sul do equador de Marte traz novas evidências que o planeta vermelho já teve água líquida em sua superfície, segundo análises feitas pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) em agosto de 2013. Com 34 quilômetros de diâmetro, a cratera tem vários blocos de pedra (no topo, à esquerda) que se formaram com a sedimentação de partículas dissolvidas em água depois de uma inundação. As imagens foram feitas pela sonda Mars Express, que orbita Marte desde 2003 Mais
Nasa/JPL/University of Arizona
A Mars Express, sonda da Nasa que orbita Marte desde 2006, fotografou vales negros esculpidos pelo vento no "Labirinto da Noite", localizado na região vulcânica de Tharsis Rise, que tem mais de 4.000 km de extensão, 200 km de largura e 7 km de profundidade. Os cânions marcianos são escuros devido à composição de grãos de ferro derivados de minerais de rochas vulcânicas marcianas, ao contrário das claras dunas terrestres, que são compostas por quartzo Mais
Divulgação
Imagens enviadas pela Nasa mostra uma cratera recém-aberta na superfície do planeta pelo impacto de um asteroide Mais
Nasa/JPL-Caltech/Univ. do Arizona
Imagens feitas pela câmera da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, da Nasa (agência espacial americana) mostram o aparecimento de manchas escuras sobre inclinação de Marte, com a mudança de estações. As marcas, chamadas de linha de inclinação recorrente, se estendem pelas encostas durante os meses mais quentes e desaparecem durante os meses mais frios. A localização é em uma cratera no Valles Marineris, perto do equador marciano Mais
Divulgação
Imagens obtidas da órbita de Marte pela sonda Mars Expressa, da Nasa, revelam o que podem ser os mais concretos sinais de que, em certas circunstâncias, seria possível que água possa fluir pela superfície do planeta vermelho Mais
Nasa/JPL-Caltech/MSSS
O robô Curiosity fez uma pausa na sua viagem rumo ao monte Sharp em setembro de 2013 para fazer uma série de fotos e análises dos pedregulhos marcianos em Glenelg, batizada de "ponto de panorama" pelos cientistas da Nasa Mais
ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum)
A grande depressão chamada Hebes Chasma em Marte, ao lado dos cânions Valles Marineris, tem quase 8 km de profundidade e 315 km de largura de leste a oeste e 125 km de norte a sul, e é vista nesta imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) em outubro de 2013. As origens do chasma estão ligadas ao vulcão Olympus Mons, na região de Tharsis Mais
Reprodução/Facebook
Imagens de corações em Marte do laboratório Jet Propulsion da Nasa foram postadas no Facebook pelo astronauta Chris Hadfield, durante sua passagem pela Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) em fevereiro de 2014 Mais
Nasa/JPL-Caltech/Univ. of Arizona
As dunas no norte de Marte começam a aparecer sob a cobertura sazonal de inverno de dióxido de carbono congelado nesta imagem feita pela sonda MRO (Mars Reconnaissance Orbiter), da Nasa, divulgada em março de 2014. Escuras, as encostas voltadas ao sul absorvem o calor do Sol. As manchas escuras são locais onde o gelo rachou no início da primavera e liberou areia Mais
JPL/University of Arizona/Nasa
A imagem mostra acidentes geográficos arenosos formados pelo vento na superfície de Marte, também conhecidos como bedforms eólicos. As ondulações são muito pequenas (possuem menos de 20 metros) e pode ser observadas apenas em imagens de alta resolução, como nesta foto feita pela Nasa e divulgada em junho de 2014 Mais
Nasa
Região da cratera de Gale (na imagem), no monte Sharp (com 5.000 metros), em Marte Mais
ISRO/ AFP
Fotografia divulgada pela Organização de Pesquisa Espacial da Índia (ISRO, na sigla em Inglês) nesta terça-feira (30) mostra registro de Marte feito pela sonda indiana que está na órbita do planeta. Na última quarta-feira (24), a Índia conseguiu colocar uma sonda na órbita de Marte, um sucesso para a primeira missão do país asiático no Planeta Vermelho."A Índia conseguiu chegar a Marte. Felicitações a todos vocês, ao país inteiro. A história foi escrita hoje", disse o primeiro-ministro indiano Narendra Modi Mais
Nasa
Gerada por computador, esta imagem é baseada em informações enviadas pela sonda Mars Odyssey da região conhecida como Chasma Boreale
Nasa/JPL-Caltech/Universidade do Arizona
Câmera instalada na sonda Mars Reconnaissance Orbiter, da Nasa, captou esta imagem da cratera Santa Maria, em Marte, em que aparece o robô Opportunity Mais
Nasa/JPL-Caltech/Universidade do Arizona
Imagem feita pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter, que orbita Marte desde 2006, chama a atenção pelos detalhes de partes da superfície marciana Mais
ESA
Foto de cratera "alongada" na bacia de Huygens, em Marte divulgada pela Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) Mais
AFP/Nasa/JPL
Foto de cratera "alongada" na bacia de Huygens, em Marte, divulgada pela Nasa Mais
Nasa/JPL-Caltech/University of Arizona
4.mar.2010 - Nesta imagem captada pela sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), da Nasa, feita em março de 2010, é possível ver uma cratera invertida na região de Arabia Terra, em Marte
ESA/DLR/FU Berlin
Duas erupções vulcânicas distintas inundaram com lava esta área do Daedalia Planum, fluindo ao redor de um fragmento elevado da antiga planície de Marte. A imagem foi divulgada pela Mars Express da ESA, tirada em 28 de novembro de 2013, na região onde estão os maiores vulcões no planeta vizinho. Acredita-se que a atividade vulcânica na área era bastante intensa até dezenas de milhões anos, o que é relativamente recente na escala de tempo geológica do planeta, que se estende por 4,6 bilhões de anos Mais
AFP/NASA
Imagem divulgada pela Nasa mostra a formação de ravinas em Marte, ocorridas durante o inverno e o início da primavera, além de vestígios de geada no solo. A imagem foi feita no final do inverno, e o gelo persiste apenas nas encostas viradas a sul, que receberam pouca luz solar. Esta geada é composta principalmente de dióxido de carbono (gelo seco), mas inclui também pequenas quantidades de água congelada Mais
REUTERS/NASA/JPL-Caltech/MSSS
Um mosaico colorido feito pelo robô Curiosity mostra o solo às margens dos vales na região de Pahrump Hills em Marte nesta foto divulgada pela Nasa em setembro de 2014. Após 18 meses, os cientistas da agência espacial americana afirmaram que o robô Curiosity atingiu a base do monte Sharp antes do previsto Mais
JPL-CALTECH/MSSS/Nasa
Essa imagem feita pela câmera acoplada ao robô Curiosity, da Nasa, mostra um exemplo de um tipo de característica geometricamente distinta, que os pesquisadores estão investigando no afloramento argilito na base do monte Sharp, em Marte. Conhecido como "Pahrump Hills", seria o resultado de acumulações de materiais resistentes à erosão. A foto foi divulgada em setembro de 2014 Mais
Nasa/Divulgação
O projeto Maven, lançado em 2003, percorreu 711 mil quilômetros para chegar a Marte em setembro deste ano. O objetivo é pesquisar o planeta como nunca foi feito até agora Mais
ISRO/AFP
A sonda espacial indiana Mangalyaan, que ingressou na órbita de Marte, enviou suas primeiras imagens em 25 de setembro de 2014. Aqui é possível ver a superfície do planeta vermelho repleta de crateras. Segundo a agência espacial indiana (ISRO), a imagem foi tirada de uma altura de 7.300 quilômetros. A Índia foi o primeiro país asiático a alcançar Marte Mais
Nasa/JPL/GSFC
Segundo um estudo publicado em outubro deste ano, uma grande região de crateras de Marte foi formada por uma erupção vulcânica, e não pelo impacto de corpos celestes. Acima, vista da bacia Éden Patera, que foi alvo de estudos de um grupo de cientistas da Nasa: os tons vermelho e amarelo indicam as grandes elevações, enquanto as cores cinza e azul representam as depressões Mais
NASA
Outro fato marcante que mexeu com a imaginação dos cientistas terráqueos foi a aproximação de um cometa com o planeta vermelho neste ano. Nesta concepção artística, o cometa Siding Spring (C/2013 A1) aparece em seu curso rumo a Marte Mais
Reprodução/Instagram
O cometa Siding Spring passou no dia 19 de outubro deste ano a apenas 132 mil km de distância da superfície de Marte. É cerca de um terço da distância entre a Terra e a Lua. A imagem acima foi capturada pela câmera presente no telescópio espacial Hubble e divulgada pela Nasa Mais
Nasa/ESA
Telescópio da Nasa capta momento em que cometa batizado de "Siding Spring" se aproxima de Marte. O cometa, que veio de uma região desconhecida do sistema solar, conhecida como "nuvem de OOrt", passou zunindo a pouco mais de 130 mil km da superfície do planeta Mais
Damian Peach
Nesta imagem divulgada pela Nasa pode-se ver melhor o cometa "Siding Spring", que passou próximo a Marte Mais
University of Arizona/Nasa/AFP
Imagem divulgada pela Nasa mostra um canal cortando lavas vulcânicas em Marte. A região de Athabasca Valley inclui um vasto fluxo de lava com alguns canais de escoamento que, acredita-se, podem ter sido formados por água. A fonte da água podem ser os vales de Cerberus Fossae. Atualmente, a erosão por gravidade, vento e geada graduais desgastam os aros dos canais de escoamento. Nesta imagem divulgada em outubro de 2014, vemos materiais escuros ao longo da borda do canal, que provavelmente foram expostos por essa erosão Mais
Nasa/JPL-Caltech/MSSS
Imagem mostra primeira perfuração do robô Curiosity, da Nasa (agência espacial americana), no monte Sharp, em 5 de novembro. O robô encontrou um pó de rocha avermelhado com mais hematita do qualquer outra amostra obtida ao longo da missão, que já completa dois anos. A hematita, um mineral de óxido de ferro, dá pistas sobre as condições ambientais do planeta durante sua formação e já havia sido mapeada antes mesmo do robô pousar no planeta vermelho Mais
JPL-Nasa/AP
Imagem obtida pelo robô Curiosity, da Nasa, mostra a borda inferior de "Pahrump Hills", na base do monte Sharp, em Marte. A superfície de Marte possui ondulações causadas pelos ventos de areia e poeira. A última descoberta do robô foi um pó de rocha avermelhado com mais hematita do qualquer outra amostra obtida por ele ao longo da missão Mais
ESA/DLR/FU Berlim
Imagem captada pela sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês), mostra Hellas Chaos, na parte mais ao sul da bacia de de Hellas, em Marte. A área se estende por aproximadamente 200 quilômetros no sentido norte-sul e 500 quilômetros na direção leste-oeste. É possível ver as crateras formadas por impactos, com dunas e materiais protuberantes na superfície. Essa área também é coberta por dióxido de carbono congelado. A imagem foi feita em 23 de janeiro de 2014 Mais
Universidade do Arizona/ NASA/JPL
28.set.2015 - As marcas escuras e estreitas, de cerca de 100 m de comprimento por 5 m largura, foram registradas pela sonda MRO em Marte. Cientistas da Nasa, a agência espacial norte-americana, acreditam que os leitos provam que existe água líquida e corrente no planeta Mais
Universidade do Arizona/ NASA/JPL
28.set.2015 - Nesta imagem divulgada pela Nasa é possível ver as listras estreitas e escuras, onde os cientistas acreditam que a água em estado líquido flui atualmente Mais
AFP
8.out.2015 - Imagem cedida pela Nasa (Agência Espacial Norte-Americana) mostra dunas marcianas. Na imagém é possível observar a erosão e a movimentação do solo, os padrões de vento e do tempo, e o tamanho dos grãos de areia de Marte. Observar as rachaduras permite aprender mais sobre a causa de seu surgimento