Conheça a saga do primeiro ancestral americano, o 'Homem de Kennewick'

Grant Delin/Smithsonian
O primeiro ancestral americano foi chamado de "Homem de Kennewick". A ossada foi descoberta em 1996 por dois estudantes à beira do rio Columbia, na cidade de Kennewick, no Estado de Washington (EUA). Os restos mortais foram considerados pelos índios Umatilla e outras quatro tribos da bacia do rio Columbia como de seus ancestrais, e foram amparados sob a lei de Proteção de Tumbas Nativas e Repatriação dos EUA. Na foto, busto ilustra como seriam as feições do "Homem de Kennewick" Mais
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Os índios Umatilla e das outras quatro tribos da bacia do rio Columbia reivindicaram um enterro de acordo com as tradições e que nenhuma pesquisa fosse feita com os restos mortais. "Cientistas têm desenterrado e estudado americanos nativos por décadas", afirmou um porta-voz da tribo Umatilla, Armand Minthorn, em 1996. "Nós achamos que essa prática é uma dessecração do corpo e uma violação de nossas crenças religiosas mais antigas". Na foto, Douglas Owsley, curador no Museu Nacional de História Natural, que examinou o esqueleto Mais
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A coalizão indígena anunciou que assim que o exército americano, que havia assumido a guarda dos ossos, entregassem o esqueleto, iriam enterrá-lo em um local secreto onde jamais seria encontrado pelos cientistas. O exército deixou bem claro que não tinham qualquer intenção de entregar o que consideravam um achado científico. Na foto, o crânio do "Homem de Kennewick" Mais
Chip Clark/NMNH, SI
O acesso dos cientistas ao esqueleto do "Homem de Kennewick" só foi possível em 2006, após uma batalha na Justiça que envolveu os índios, os cientistas e o governo americano. Na foto, a especialista Kari Bruwelheide, do Museu Nacional de História Natural de Washington arranja os ossos do "Homem de Kennewick" Mais
Chip Clark/NMNH, SI
Cientistas mapearam o genoma do primeiro ancestral americano e concluíram que ele está mais ligado aos índios americanos nativos que a qualquer outra população. Análises iniciais haviam apontado que ele teria traços de povos antigos da Polinésia, o que não se confirmou. Na foto, fragmento da mandíbula Mais
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O genoma do "Homem de Kennewick" foi comparado com o de diversos povos, ficando mais próximo das tribos da reserva de Colville, nos Estados Unidos. Na foto, reprodução do crânio e o busto moldado do "Homem de Kennewick" Mais
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Para se descobrir com certeza quais os descendentes do "Homem de Kennewick" será preciso que o sequenciamento do genoma de outros povos nativos dos Estados Unidos seja feito. Na foto, busto do "Homem de Kennewick" Mais
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O estudo publicado na revista "Nature" traça a descoberta e ascendência desse espécime humano, mas deixa claro que mais pesquisas ainda são necessárias para traçar o perfil da chegada do homem à América. A saga do "Homem de Kennewick" ainda está longe de seu final Mais