Os planetas vistos de pertinho pelas missões espaciais

Carnegie Institution of Washington/Nasa
MERCÚRIO - Distante 58 milhões de quilômetros do Sol, Mercúrio é o planeta rochoso do Sistema Solar mais próximo do Astro. Se fosse possível ficar de pé sobre a superfície dele, o Sol pareceria três vezes maior do que estamos acostumados a ver da Terra. O planeta tem uma coloração acinzentada e uma aparência bastante parecida com a da Lua, com várias crateras resultantes das colisões de meteoritos e cometas. Esta imagem foi feita em janeiro de 2008 pela sonda Messenger
Nasa
MERCÚRIO - A primeira missão enviada pela Nasa para estudar Mercúrio foi a Mariner 10, em 1974. Antes de chegar a Mercúrio, a Mariner 10, além de também estudar Vênus, usou a gravidade do planeta para modificar sua própria velocidade e trajetória. Foi a primeira vez que isso aconteceu e essa técnica é considerada vital nas explorações espaciais desde então. Essa imagem é um mosaico de fotos coletadas pela espaçonave em um dos três sobrevoos que fez sobre Mercúrio. Durante as suas missões, a Mariner 10 fez mais de 7.000 fotos de Mercúrio, Vênus, Terra e Lua
Carnegie Institution of Washington/Nasa
MERCÚRIO - Só depois de 30 anos da passagem da Mariner 10 por Mercúrio, a Nasa enviou uma nova missão ao planeta: a sonda Messenger, que sobrevoou Mercúrio três vezes entre 2008 e 2009 e ficou na órbita do planeta de março de 2011 até 30 de abril deste ano, quando caiu, propositalmente, na superfície de Mercúrio. A Messenger mostrou regiões até então desconhecidas do planeta, como a registrada nesta imagem feita em outubro de 2008, que mostra um terreno bastante acidentado e uma área plana considerada de formação geológica jovem
JPL/Nasa
VÊNUS - Apesar de ser o planeta mais próximo da Terra, não é possível observar a superfície de Vênus daqui. Os cientistas consegue observar a geografia desse planeta rochoso de cor amarelada através de radares. Isso porque Vênus tem uma atmosfera tão espessa que dificulta a visualização. Mas, é justamente a densidade da atmosfera que faz com que o planeta reflita a luz solar e seja o mais brilhante do nosso sistema. Esta imagem foi feita em 1991 a partir de dados coletados pela Magellan, sonda enviada ao planeta em 1989
Escritório Histórico da Nasa
VÊNUS - Vênus esteve no centro da corrida espacial disputada entre os EUA e a antiga URSS no auge da Guerra Fria. Os EUA foram os primeiros a enviar uma nave espacial para estudar um planeta. Em 1962, a Mariner 2, da Nasa, sobrevoou Vênus e revelou as temperaturas extremas do planeta. Em 1970, os soviéticos foram além e enviaram uma sonda a Vênus, a Venera 7. Ela ficou 23 minutos na superfície do planeta e depois foi destruída pela alta temperatura e pela pressão, mas conseguiu enviar dados do que "viu" para a Terra. Uma série de outras Veneras foi enviada à Vênus. Essa foto feita em 1982 pela Venera 13 mostra a superfície do planeta, similar ao basalto terrestre
NSSDC/Nasa
VÊNUS - Mais de 40 naves espaciais já passaram por Vênus desde então. A missão Magellan mapeou 98% da superfície do planeta no começo dos anos 1990, apesar da grossa atmosfera venusiana, rica em dióxido de carbono e nitrogênio. Por falar em atmosfera, esta imagem, feita em 1979 pela Pioneer Venus Orbiter, mostra as nuvens amareladas formadas por gotículas de ácido sulfúrico presentes em Vênus
NASA
MARTE - Também vizinho da Terra, Marte tem metade do diâmetro do nosso planeta, mas é muito parecido conosco: é rochoso, tem estações do ano, calotas polares, vulcões, cânions. Ainda não foi encontrada água em estado líquido naquele planeta, item essencial para o surgimento da vida. Sua fina atmosfera é rica em dióxido de carbono, nitrogênio e argônio. A imagem foi feita pelo telescópio Hubble em 2003 quando ele estava a 55 milhões de quilômetros de distância do planeta. A foto foi tirada 11 horas antes de Marte atingir o ponto mais próximo da Terra, em 60 mil anos
JPL/Texas A&M/Cornell/Nasa
MARTE - Ele não é chamado de Planeta Vermelho por acaso. Seu solo é rico em minerais de ferro, que se oxidam e dão essa tonalidade ferrugem à sua superfície. A superfície avermelhada pode ser vista nesta imagem tirada pela sonda Spirit em 2006 durante um pôr do sol em Marte. Um dia em Marte leva um pouco mais de 24 horas terrestres
Nasa
MARTE - A primeira missão enviada a Marte foi a Mariner 4, em 1965. A nave espacial sobrevoou o planeta e registrou 22 imagens dele, as primeiras feitas tão de perto. Mas, foi a Viking 1 a primeira sonda a pousar em solo marciano, em 1976. De lá para cá, mais de 40 espaçonaves já passaram pelo Planeta Vermelho, assim como pelas suas duas luas: Fobos e Deimos. Esta imagem feita em 1965 pela Mariner 4 foi a primeira a revelar a aparência das crateras de Marte
JPL-Caltech/MSSS/Nasa
MARTE - Em 2012, a sonda Curiosity aterrissou na cratera de Gale com o objetivo de analisar as rochas e o solo do local, em busca de minerais que se formam na água, sinais de água subterrânea e moléculas à base de carbono, que seriam indícios de material orgânico. A finalidade da missão é de descobrir se já houve um ambiente adequado para desenvolvimento de vida microbiana no planeta. Nesse mosaico de imagens feitas em novembro de 2014, a sonda faz um "selfie" na cratera de Gale, no local em que coletou a primeira mostra da missão
Universidade do Arizona/JPL/Nasa
JÚPITER - Grande parte do material que sobrou da formação do Sol foi parar em Júpiter, formando esse planeta gigante e gasoso, o maior do Sistema Solar. Ele é acinzentado e parece uma tapeçaria composta de manchas e nuvens coloridas, a maioria delas composta de amônia e seus derivados - a química que dá cores a essas nuvens ainda é desconhecida dos cientistas. Tem a atmosfera semelhante a do Sol, rica em hidrogênio e hélio. A pressão e a temperatura do planeta fazem com que o hidrogênio seja encontrado em sua forma líquida, formando o maior oceano do Sistema Solar, cheio de hidrogênio em vez de água. A imagem foi feita em 2000 pela espaçonave Cassini
JPL-Caltech/Nasa
JÚPITER - O planeta tem mais de 50 luas, sendo Europa, Io, Ganímedes e Calisto, conhecidas como Sistema de Galileu, por terem sido observadas pela primeira vez por Galileu Galilei, em 1610. Europa tem um oceano congelado que pode abrigar vida. A imagem é um conceito artístico de como é a superfície da lua Europa feito em 2013
Nasa
JÚPITER - A primeira espaçonave a sobrevoar o planeta foi a Pioneer 10, em 1973, que também foi a primeira a conseguir passar pelo cinturão de asteroides. Seis anos mais tarde, a Voyager 1 descobriria que assim como Saturno, Júpiter também tem anéis. A nave também fez a primeira observação de Io, uma das luas conhecida por sua intensa atividade vulcânica. A Nasa enviou em 2011 a sonda Juno, que chegará no começo de 2016 ao planeta. A foto é um conjunto de imagens feitas em 1973 pela Pioneer 10 enquanto passava por Júpiter
Instituto de Ciência Espacial/JPL-Caltech/Nasa
JÚPITER - Uma tempestade gigante acontece há centenas de anos em Júpiter. Ela é um ponto oval formado por nuvens que tem duas vezes o tamanho da Terra e se chama o Grande Ponto Vermelho. Esse anticiclone acontece em um centro de alta pressão atmosférica e gira em sentido oposto ao dos furacões terrestres. A imagem foi feita em 2000 pela Cassini
Nasa
SATURNO - É o último planeta do Sistema Solar que pode ser observado a olho nu da Terra. Assim como Júpiter, Saturno é um planeta gigante e gasoso, que tem uma atmosfera composta basicamente de hidrogênio e hélio. Super furacões tomam conta da atmosfera superior do planeta com ventos que podem chegar a 1.800 km/h. São esses ventos combinados com o calor intenso no centro do planeta que dão o aspecto de um amarelo-dourado a Júpiter. A imagem formada por um mosaico de fotos mostra um equinócio de Saturno registrado pela Cassini, em 2009
Nasa
SATURNO - Os famosos anéis de Saturno são observados pelos astrônomos desde o século 17, mas foi só na década de 1980, através dos dados coletados pela Voyager 1 e 2, que os cientistas descobriram que eles são compostos basicamente de gelo. Esta imagem foi feita pela Voyager 1 em 1980. Nela, além dos anéis se pode ver as luas Tetis e Dione
Space Science Institute/JPL/Nasa
SATURNO - O planeta tem mais de 50 luas, sendo Titã a maior delas. Assim como a Europa de Júpiter, existe a possibilidade de que Titã abrigue vida, pois foram encontrados água e hidrocarbonetos em sua estrutura. Nesta foto feita pela Cassini em 2011, Titã está no centro da imagem
Ames/Nasa
A primeira espaçonave a sobrevoar Saturno foi a Pioneer 11, em 1979. Mas só em 2004, após quatro anos de jornada rumo ao planeta, a espaço nave Cassini-Huygens foi a primeira a orbitar Saturno. A sonda Huygens aterrissou em Titã com sucesso em 2005, revelando detalhes sobre a superfície do satélite. A missão continua em plena atividade e deve se estender até 2017 quando haverá o solstício no planeta. A imagem foi feita pela Pioneer 11 em 1979 e mostra Saturno e a sua maior lua, Titã
Marcos van Dam/Observatório Keck
URANO - Urano tem uma tonalidade azulada por causa do gás metano presente em sua atmosfera, também rica em hidrogênio e hélio. O gás metano absorve a porção vermelha da luz, o que resulta na prevalência de tons de verde e azul. O planeta também tem um sistema de anéis e conta com 27 luas, que levam os nomes de personagens das obras de William Shakespeare e Alexander Pope. A imagem foi feita em 2007 pelo Observatório Keck
Nasa
URANO - Descoberto em 1781 pelo astrônomo alemão William Herschel, foi o primeiro planeta a ser encontrado com a ajuda de um telescópio. Ele está tão distante do Sol que leva 84 anos para dar uma volta completa ao redor do Astro. Assim como em Vênus, o sol se põe no oeste em Urano. A imagem foi feita em 1986 pela Voyager 2
Nasa
NETUNO - Escuro, frio e com ventos de velocidades supersônicas, Netuno é o último planeta no Sistema Solar. Invisível a olho nu a partir da Terra, está tão distante do Sol que leva mais de um século terrestre para dar uma volta ao redor do nosso astro-rei. Para ter uma ideia, Netuno completou em 2011 seu primeiro ano solar desde 1846, quando foi descoberto. Sua atmosfera é basicamente composta de hidrogênio, hélio e metano, por isso também tem esse aspecto azulado. Mas, Netuno tem um azul mais forte e brilhoso que Urano, por isso os cientistas acreditam que exista um componente desconhecido responsável pela intensidade da cor. A imagem foi feita em 1989 pela Voyager 2, que passou a 4.800 km do planeta
Nasa
NETUNO - Invisível a olho nu a partir da Terra, foi o primeiro planeta a ser localizado através de previsões matemáticas, tendo sido encontrado em 1846 no Observatório de Berlim, na Alemanha. No mesmo ano, sua maior lua, a Tritão, foi descoberta. Netuno tem ao todo 13 luas - uma esperando confirmação - e seis anéis. A imagem feita em 1989 pela Voyager 2, única espaçonave a passar pelo planeta, mostra Netuno e seu maior satélite, Tritão
Nasa
Uma curiosidade: a órbita do planeta-anão Plutão passa dentro da órbita de Netuno por um período de 20 anos em cada 248 anos terrestres. Mas a colisão entre os dois corpos é improvável já que a cada três voltas dadas por Netuno ao redor do Sol, Plutão dá duas. Esse padrão de repetição impede aproximações dos dois organismos. O diagrama feito pela Nasa mostra a disposição das órbitas nos planetas mais externos do nosso sistema, incluindo o planeta-anão Eris