Vem, meteoro! As melhores imagens espaciais de 2016

Reprodução/Twitter
O ano de 2016 foi marcado por incríveis imagens espaciais. A primeira flor cultivada no espaço foi apresentada ao público em janeiro. Trata-se de uma zínia, cuja foto foi postada no Twitter pelo astronauta Scott Kelly. "Primeira flor crescida no espaço faz sua estreia!", publicou Kelly, na rede social. Em novembro de 2015, a Nasa já havia anunciado que estava dando início à experiência de cultivar flores no espaço, utilizando lâmpadas LED das cores vermelha, azul e verde, além de água e nutrientes
B. Tafreshi/ ESO
METEORO NO DESERTO - Um meteoro foi registrado em janeiro no observatório La Silla, do ESO (Observatório Europeu do Sul), no deserto do Atacama, Chile. A fotografia impressionou amantes de astronomia por juntar com perfeição imagens do espaço e da Terra, mostrando as estrelas e o rastro de luz esverdeado do meteoro Geminid, além de montanhas e as cúpulas do observatório. O ESO afirmou que o céu escuro e o ar limpo do Atacama tornam o local ideal para observações astronômicas
Jin Ma/Beijing Planetarium/Science
SUPERNOVA - Em 2016, astrônomos descobriram a supernova mais brilhante já detectada na história do universo. A descoberta foi feita em junho do ano passado pelo ASAS-SN (All Sky Automated Survey for SuperNovae), um sistema de oito pequenos telescópios colocados em dois locais, no Havaí (EUA) e no Chile, capaz de escanear o céu inteiro a cada dois ou três dias. Chamada de ASAS-SN-15lh, a supernova é milhares de vezes mais brilhante do que uma supernova normal e brilha 50 vezes mais do que a Via Láctea. Nas últimas décadas, os astrônomos têm visto surgir uma nova classe rara de explosões, são supernovas superluminosas - as vezes denominada de hipernova
J. Maíz Apellániz/ESA/Nasa
COMO UM TAPETE DE DIAMANTES - Parece uma tapeçaria feita com diamante, mas é um aglomerado de estrelas chamado de Trumpler 14, que contém algumas das mais brilhantes da Via Láctea. A região está situada a 8.000 anos-luz de distância da Terra e é uma importante zona de formação estelar. O ponto preto do lado esquerdo da imagem é a silhueta de um nódulo de gás e poeira
Ilustração/Nasa
TELESCÓPIO BRASILEIRO - A Nasa, agência espacial norte-americana, lançou com êxito, no dia 18 de janeiro, um balão estratosférico que transporta dois equipamentos científicos voltados a estudar o Sol. O lançamento foi feito em McMurdo, base dos Estados Unidos na Antártica Mais
LIGO Laboratory/MIT/Caltech/Reuters
COLISÃO REVELOU ONDAS GRAVITACIONAIS DE EINSTEIN - Uma poderosa colisão entre dois buracos negros foi registrada pela primeira vez pelo Ligo (Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser, sigla em inglês), que fica em Washington (EUA), em fevereiro. Cientistas detectaram pela primeira vez ondas gravitacionais - ondulações no espaço e no tempo previstas por Albert Einstein há um século. A descoberta foi um marco na ciência moderna e abre uma nova janela dos estudos dos cosmos Mais
Scott Kelly/Nasa
NASCER DO SOL NA ISS - Em março, o astronauta da Nasa Scott Kelly registrou o nascer do Sol nas suas últimas horas a bordo da estação. Nas redes sociais, Kelly postou uma sequência de cinco fotos mostrando o nascer do Sol no nosso planeta, visto do espaço. Kelly escreveu "Cresça e brilhe! Meu último amanhecer do espaço, depois disso eu tenho que ir" Mais
Observatório Europeu do Sul/AFP
DE ONDE VÊM AS ESTRELAS? - Esta foto disponibilizada pelo Observatório Europeu do Sul e tirada por um telescópio no Chile pode ajudar a solucionar o mistério de como surgem as estrelas. Astros maiores e mais maciços que nosso Sol queimam seu material e exibem cor azulada. Neste processo, emitem radiação ultravioleta, que faz brilhar em vermelho as nuvens de gás e poeira, como visto na foto. A mais brilhante das nuvens está na constelação de Norma, estudada por cientistas para descobrir como se formam estrelas
Nasa/CXC/SAO/van Weeren/STS/NRAO/VLA
A UNIÃO FAZ A FOTO - Os aglomerados de galáxias são uma estrutura de centenas a milhares de galáxias e reservatórios de gás quente ligados pela gravidade. Esse gás está incorporado em nuvens de matéria escura, que não emitem luz e dificultam a visualização. Para estudar os aglomerados, astrônomos uniram as imagens de três telescópios. Foram usados o Observatório de Raios-x da Nasa (identificando a cor azul), o telescópio Hubble (vermelho, verde e azul) e um aparelho da Fundação Nacional da Ciência (rosa). Assim, cientistas conseguiram fotografaram o aglomerado MACS J0717 a cerca de 5,4 bilhões de anos luz de distância da Terra. A técnica permitirá novos estudos do fenômeno
ESO
GALÁXIA SOLITÁRIA - Como uma tribo isolada no interior da Amazônia, a galáxia Wolf-Lundmark-Melotte é única por não ter sido afetada pelas galáxias vizinhas. Mesmo fazendo parte do Grupo Local (composto por mais de 54 galáxias, incluindo a Via Láctea), pesquisadores consideram que a WLM pode nunca ter interagido com outra galáxia. Esse fato é atípico, pois acredita-se que pequenas galáxias primordiais, como ela, interagem gravitacionalmente e até se unem. No entanto, a WLM se desenvolveu sozinha a cerca de três milhões de anos-luz da Via Láctea. Para fotografá-la, astrônomos usaram um telescópio de Rastreio da ESO, que mede cerca de 2,6 metros e está no Chile
AFP
CENTRO DA VIA LÁCTEA - Usando os recursos de infravermelho do telescópio Hubble, da Nasa (Agência Espacial Norte Americana), astrônomos observaram o centro da Via Láctea, 27 mil anos-luz de distância da Terra. No centro deste aglomerado de estrelas nuclear - e também no centro desta imagem - está localizado o buraco negro supermassivo da Via Láctea
NASA/ESA/Hubble Heritage Team
ÚLTIMO SUSPIRO SIDERAL - Foto mostra nebulosa planetária conhecida como NGC 2371. Nebulosas planetárias são criadas quando uma estrela que está quase morrendo joga fora suas camadas exteriores de gás no espaço. Esta nuvem forma um escudo de expansão em torno da estrela central, enquanto a própria estrela lentamente esfria para se tornar uma anã branca
NASA, ESA, D. Coe, J. Anderson, R. van der Marel (STScI)
LUZES DE UM BURACO NEGRO - Astrônomos descobriram um buraco negro supermassivo, com massa 17 bilhões de vezes maior que a do Sol, em um lugar considerado incomum: o centro de uma galáxia numa área pouco povoada do universo. No entanto, as observações feitas pelos telescópios Hubble e Gemini podem indicar que esses objetos são mais comuns do que se imaginava. Na foto, simulação do buraco negro supermassivo. A poderosa gravidade desse objeto distorce o espaço em torno dele e impede que qualquer luz escape
ESA / Rosetta
COMETA SEM CAMPO MAGNÉTICO? - Uma câmera da sonda espacial Rosetta fotografou o cometa 67P a uma distância de 820 km no dia 29 de março. A imagem foi divulgada nesta terça-feira (5) pela ESA (Agência Espacial Europeia). A nave Rosetta descobriu uma região livre de campo magnético no cometa. Quando a corrente de partículas elétricas procedentes do sol (o "vento solar"), entra em contato com a cabeleira do cometa, é criada uma bolha sem campos magnéticos ao redor do núcleo do corpo celeste, que recebe o nome de cavidade diamagnética. Uma das missões da nave Rosetta era, justamente, a observação desse fenômeno Mais
Reprodução/Instagram
SELFIE NO ESPAÇO - O cosmonauta russo Sergei Ryazansky compartilhou em sua rede social uma selfie em comemoração ao aniversário da primeira viagem tripulada ao espaço, liderada pelo compatriota Yuri Gagarin em 1961. Ryazansky fez parte da tripulação da ISS (Estação Espacial Internacional) em 2013 e deve voltar ao espaço em 2017
ESO
FORNALHA - Imagem do Observatório do Paranal do ESO (Observatório Europeu do Sul) no Chile mostra a concentração de galáxias conhecida por Aglomerado da Fornalha, a 65 milhões de anos-luz de distância da Terra. Sabe-se que este aglomerado contém quase 60 galáxias grandes e um número semelhante de galáxias anãs menores. As galáxias muitas vezes aparecem em aglomerados por conta da gravidade, que as une. Há aglomerados com até mil galáxias no Universo
NASA/ESA/Hubble Heritage Team
BOLHA TAMANHO GALÁCTICO - Imagine o sopro que teria sido necessário para criar uma "bolha" assim, do tamanho da Nebulosa da Bolha. A galáxia é de fato uma bolha, mas composta pelo vento estelar - um fluxo de alta velocidade de partículas - da estrela SAO20575, uma gigante com 10 a 20 vezes a massa do Sol. O brilho fluorescente de gases estelares realçam as paredes da bolha. A Nebulosa da Bolha foi descoberta em 1787 pelo astrônomo William Herschel. Na época em que foi observada pela primeira vez teria aparecido como uma mancha em preto e branco na lente do telescópio do astrônomo. Hoje, podemos apreciar toda sua beleza graças ao alcance do telescópio Hubble. A Nasa divulgou a imagem em comemoração do aniversário de 26 anos do Hubble, lançado ao espaço em 24 de abril de 1990.
NASA/JPL-Caltech
DISCO PROTOPLANETÁRIO - Ilustração mostra uma estrela rodeada por um disco protoplanetário (disco em torno de uma estrela recém-formada). Um novo estudo utiliza dados do Telescópio Espacial Spitzer da Nasa e quatro telescópios terrestres para determinar a distância de uma estrela até a borda interna do seu disco protoplanetário circundante. Os pesquisadores usaram um método chamado "photo-reverberação", também conhecido como "ecos de luz"
NASA/Hubble
ESPIRAL ENIGMÁTICO - Descoberto em 1784 pelo astrônomo alemão-britânico William Herschel, NGC 4394 é uma galáxia espiral barrada situada a cerca de 55 milhões de anos-luz da Terra. A galáxia encontra-se na constelação de Coma Berenices (Cabeleira de Berenice). Seus braços espirais luminosos emergem das extremidades de uma barra que corta a parte central da galáxia. Estes braços são recheados com estrelas jovens azuis e filamentos escuros de poeira cósmica. Há no seu centro uma região de gás ionizado que intriga os cientistas. Não se sabe se o que há ali é fruto da influência de um buraco negro ou de um elevado nível de formação de estrelas. A imagem foi feita pelo telescópio Hubble
SDO/NASA
PASSEIO DE MERCÚRIO - Mercúrio, o menor planeta do Sistema Solar, passou nesta segunda-feira (9) entre a Terra e o Sol. O planeta dá uma volta em torno do Sol a cada 88 dias, um fenômeno que vai poder ser visto 14 vezes só no século 21, sendo que duas já foram e a próxima será em 2019. Esse "passeio" de Mercúrio pode ser chamado de minieclipse Mais
ESO
BRILHANTE E AZUIS, ESTRELAS SE ENFEITAM COM NEBULOSA: Um telescópio do ESO (Observatório Europeu do Sul) registra o forte brilho de um grupo de jovens estrelas azuis e brancas, chamado de LH 72. Esta luz energiza o gás que restou da recente formação estelar, que aconteceu há "apenas" alguns milhões de anos. O resultado dessa atividade é a colorida nebulosa, chamada LHA 120-N55, que está localizada na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea a cerca de 163 mil anos-luz de distância. Na imagem, as estrelas parecem se enfeitar com o manto de gás brilhante da nebulosa. Os astrônomos estudam este fenômeno para aprender mais sobre as condições existentes nos locais onde novas estrelas se desenvolvem Mais
ESA/Herschel/PACS, SPIRE/Hi-GAL Project
BERÇÁRIO DE ESTRELAS - Uma imagem feita pelo Observatório Espacial Herschel mostra a caótica e complexa estrutura de uma zona de formação de estrelas na Via Láctea. A atividade estelar acontece na região Vulpecula OB1, que está a oito mil anos-luz de distância da Terra. A atividade dessas estrelas atrai nuvens, poeira e gases, fazendo os elementos colidirem e gerarem outras novas estrelas
R. Sahai/S. Meunier/ESA/Hubble/Nasa
"VÉU" COBRE ESTRELA RECÉM-NASCIDA - Uma foto divulgada em maio mostra estrela jovem a 2.280 anos-luz da Terra. A imagem, feita pelo telescópio Hubble, é a combinação de dois comprimentos de onda: o espectro visível (luz azul) e a radiação infravermelha (laranja). A parte branca na foto ocorre porque as estrelas nascem no fundo de densas nuvens de poeira e gás. Essa especificamente nasceu no Complexo de Nuvens Moleculares Circinus
Nasa
ESTRELAS HEAVY METAL - O aglomerado de estrelas NGC 6496, que possui 10,5 bilhões de anos, é o lar de estrelas "heavy- metal" (metal pesado), enriquecidas com proporções muito mais elevadas de metais. Na astronomia, são chamados de metais os elementos mais pesados que o hidrogênio e o hélio
ESA/Hubble/Nasa
NASCIMENTO DE UMA ESTRELA - Uma estrela nos estágios finais do nascimento mostra como o Sol poderia ter se formado há 4,6 bilhões de anos. Localizado 1800 anos-luz de distância, na constelação de Cygnus, a V1331 Cyg era apenas parte de uma nuvem de gás, modificado ao longo do tempo através da força gravitacional. Elá ainda não está pronta, mas já brilha por estar liberando energia. A imagem foi registrada pelo telescópio espacial Hubble
Lynette Cook/ San Diego State University/ AFP
EXOPLANETA COM DOIS SÓIS - O maior exoplaneta (planeta fora do sistema solar) já descoberto gira em torno de duas estrelas, a uma distância que faz com que seja potencialmente habitável. Este exoplaneta gasoso do tamanho de Júpiter, batizado Kepler-1647b, também conta com a maior órbita para este tipo de planeta, girando em torno dessas duas estrelas em 1.107 dias, ou pouco mais que três anos terrestres Mais
Nasa/Esa
AURORAS DE JUPÍTER - Astrônomos estão usando o telescópio de Hubble para estudar auroras do maior planeta do sistema solar, Júpiter. O planeta é conhecido por suas tempestades coloridas, sendo a mais famosa a Grande Mancha Vermelha. As auroras são criadas quando as partículas de alta energia entram na atmosfera de um planeta perto seus polos magnéticos e colidem com átomos de gás
L. Calcada/ European Southern Observatory/ AFP
TRÊS NÃO É DEMAIS - Uma equipe internacional de astrônomos anunciou a descoberta de um estranho planeta em um sistema solar distante que conta com três sóis. Cientistas afirmam que o mais comum é encontrar sistemas solares com dois sóis, não três ou mais. O planeta (à esq.) foi batizado de HD 131399Ab, e está localizado a cerca de 340 anos-luz da Terra, na constelação Centaurus Mais
NASA/ESA
NEBULOSA DO CARANGUEJO - Imagem obtida pelo telescópio espacial Hubble revela o núcleo da Nebulosa do Caranguejo -- resíduos de uma estrela que explodiu há mais de mil anos e um dos objetos astronômicos mais estudados dos últimos tempos. A estrela de nêutrons que fica no centro da Nebulosa do Caranguejo tem aproximadamente a mesma massa do Sol, mas comprimida em uma esfera incrivelmente densa que fica a apenas alguns quilômetros de diâmetro. Girando 30 vezes por segundo, a estrela de nêutrons dispara feixes detectáveis de energia que fazem com que o centro pareça pulsante
ESO/Divulgação
OLHADA PROFUNDA EM ÓRION - Astrônomos conseguiram ter a visão mais profunda e abrangente da nebulosa Órion graças ao instrumento HAWK-I, instalado no telescópio VLT (Very Large Telescope) situado no Chile. Nessa "olhadela" descobriram que existe aproximadamente dez vezes mais anãs marrons e objetos isolados de massa planetária do que os conhecidos até agora nessa nebulosa. A descoberta sugere que Órion pode ser formada, em proporção, por muitos objetos de baixa massa que outras regiões de formação estelar mais próximas e menos ativas Mais
Nasa
NOVO AGLOMERADO DE GALÁXIAS - A Nasa (Agência Espacial Americana) anunciou a descoberta de um aglomerado de galáxias. O CL J1001 + 0220 (ou CL J1001) está localizado a 11,2 bilhões de anos-luz da Terra e é o mais distante já descoberto. Os astrônomos realizaram a descoberta usando uma combinação de observações do observatório de raios-X Chandra e outros telescópios espaciais
ESA/Herschel/PACS/Hi-GAL Project, KU Leuven
ESTRELA ANTIGA OU NOVA? NENHUMA DAS DUAS - Esta imagem atormentou a cabeça de astrônomos por muitos anos. Tirada pelo observatório espacial ESA, ela mostra ao centro uma estrela chamada RAS 19312+1950, situada a 12 mil anos-luz da Terra. A confusão para cientistas é que a estrela mostra sinais tanto de ser bem antiga quanto de ser bem nova. Ao fim, pode não ser nem uma coisa nem outra. Novas análises de um telescópio da Nasa mostram que se trata, na verdade, de uma estrela em processo de formação, ainda em nascimento. O corpo celeste é 10 vezes mais massivo que nosso Sol e emite 20 mil vezes mais energia, sendo rico em oxigênio
Reprodução/Instagram/Nasa
BALÉ ESTELAR - Como bailarinos cósmicos, as estrelas do aglomerado das Plêiades estão girando. Mas esses dançarinos celestes estão todos girando em velocidades diferentes. O telescópio espacial Kepler, da Nasa, durante a sua missão K2, ajudou a acumular o mais completo catálogo de períodos de rotação de estrelas em um aglomerado. Esta informação pode ajudar os astrônomos a ter uma visão sobre onde e como os planetas se formam em torno dessas estrelas, e como tais elas evoluem
NASA, ESA, and G. Bacon (STScI)
NOVO PLANETA QUE ORBITA DUAS ESTRELAS - Em setembro, a Nasa anunciou a descoberta de mais um planeta em nosso vasto Universo. Com o auxílio do telescópio Hubble e um truque da natureza, a agência confirmou a existência de um planeta orbitando duas estrelas em um sistema a 8 mil anos-luz da Terra. O achado representa a primeira vez que um sistema deste tipo é identificado com o auxílio da microlente gravitacional. Tal efeito é um fenômeno astronômico que ocorre quando a gravidade de uma estrela em primeiro plano amplifica a luz de uma estrela de fundo que momentaneamente se alinha com ela. A ampliação da luz pode revelar pistas sobre a estrela em primeiro plano e planetas ao redor
Nasa/ JPL-Caltech
STAR TREK DA VIDA REAL - Para homenagear o 50º aniversário da série de televisão "Star Trek", a Nasa (Agência Espacial Americana) divulgou em setembro uma imagem do telescópio Spitzer comparando parte da Nebulosa da Formiga com naves do programa. No rascunho é possível ver, à direita, a silhueta da clássica Enterprise, do Capitão Kirk, como se estivesse saindo da nebulosa. Já à esquerda, a silhueta da sucessora Next Generation voa na direção oposta
Nasa
BRILHA MUITO - Uma equipe de cientistas da Nasa descobriu a primeira estrela binária de raios-gama localizada em outra galáxia usando o telescópio espacial Fermi Gamma-ray. O sistema formado por duas estrelas, apelidado de LMC P3, produz uma inundação cíclica de raios gama, a mais alta forma de energia da luz. A estrela (ponto branco em volta do círculo) foi encontrada em uma supernova na Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia a 163 mil anos-luz de distância da Terra
ESO
CORAÇÃO DE CARINA - Em outubro, um grupo internacional de astrônomos, com a participação de brasileiros, obteve imagens com a maior resolução já alcançada da Eta Carinae, um sistema estelar binário, com duas estrelas massivas orbitando uma em torno da outra, situado a quase 8 mil anos-luz da Terra, na nebulosa de Carina. Os cientistas conseguiram observar estruturas novas e inesperadas na estrela binária, incluindo uma região entre as duas estrelas onde ventos estelares colidem a velocidades extremamente elevadas
ESO
O REMOTO "CORAÇÃO" DA VIA LÁCTEA - Com o auxílio do telescópio VISTA, da ESO (agência espacial europeia), cientistas encontraram em 2016 pela primeira vez estrelas de tempos remotos bem no centro da Via Láctea. As antigas estrelas descobertas no aglomerado estelar são do tipo RR Lyrae, que tipicamente são de populações de estrelas remotas com mais de 10 bilhões de anos. A descoberta indica que o centro da Via Láctea cresceu por meio da junção de aglomerados estelares dos primórdios do Universo. Estas estrelas podem ter restos dos mais massivos e velhos aglomerados estelares que sobrevivem até hoje Mais
NASA/JPL-Caltech/2MASS
QUANDO UMA NUVEM VIRA ESTRELA - A Nasa divulgou, em outubro, uma imagem do exato momento em que porções de seis nuvens interestelares (grupo de estrelas próximas em uma galáxia em uma nuvem de gás, plasma e poeira) a 20 mil anos-luz da Terra entram em colapso rumo à formação de estrelas muito maiores do que nosso Sol. Astrônomos estão animados com o registro porque há poucos do tipo feitos até então. As observações, realizadas através do observatório aéreo SOFIA, permitem a cientistas confirmarem modelos teóricos de como nuvens interestelares entram em colapso para virar estrelas, assim como o ritmo deste fenômeno
ESA
VIA LÁCTEA EM 3D - A missão espacial Gaia, da ESA (Agências Espacial Europeia), está pesquisando as estrelas da nossa galáxia para construir um mapa 3D preciso da Via Láctea. Lançada em 2013, a missão já gerou seu primeiro catálogo de mais de um bilhão de estrelas, o maior já levantado de objetos celestes até hoje. A imagem, publicada em novembro, ajudará cientistas a responder perguntas sobre a estrutura, a origem e a evolução da Via Láctea
Andy Fabian/ Nasa/ ESA
GALÁXIA BRILHANTE - Em dezembro, uma nova imagem do telescópio espacial Hubble conseguiu mostrar detalhes nunca vistos da galáxia NGC 4696. Cientistas afirmaram que a galáxia elíptica tem uma bela estranheza cósmica e que ela entrou para a categoria de maiores e mais brilhantes galáxias conhecidas no Universo. A NGC 4696 está cerca de 150 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de Centaurus
ESA/Hubble/AFP
BURACO NEGRO ENGOLE ESTRELA - Imagem artística divulgada pela Agência Espacial Europeia mostra uma estrela semelhante ao Sol perto de um buraco negro supermassivo. Com uma massa de cerca de 100 milhões de vezes a massa do Sol, localizado no centro de uma galáxia distante, o buraco negro faz com que sua atração gravitacional rasgue a estrela. Neste processo, ela sofre um "efeito macarrão" --como é chamado o alongamento vertical e a compressão horizontal de objetos, em formas longas e finas, em campos gravitacionais não-homogênios muito fortes--, proporcinando uma explosão de luz Mais