Estudo aponta desaceleração nos ganhos de qualidade do ar nos EUA
Tampa, Estados Unidos, 30 Abr 2018 (AFP) -
A qualidade do ar melhorou amplamente nas últimas décadas nos Estados Unidos, mas esses ganhos diminuíram substancialmente desde 2011, segundo um estudo internacional divulgado nesta segunda-feira (30).
O relatório na revista científica Proceedings of National Academy of Sciences (Pnas) encontrou uma grande diferença entre as estimativas e a realidade quando se tratava de óxidos de nitrogênio e monóxido de carbono, que contribuem para o ozônio no nível do solo, ou neblina com fumaça ("smog"), de 2011 a 2015.
"Ficamos surpresos com a discrepância entre as estimativas de emissões e as medidas reais de poluentes na atmosfera", disse o autor principal, Zhe Jiang, que conduziu a pesquisa durante uma bolsa de pós-doutorado no Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos EUA.
"Estes resultados mostram que o cumprimento dos padrões futuros de qualidade do ar para a poluição por ozônio será mais desafiador do que se pensava anteriormente".
A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) tornou os padrões de ozônio mais rigorosos em 2015, sob o governo do ex-presidente Barack Obama.
O estudo usou medições baseadas em terra e dados de satélite, e os comparou com as estimativas da EPA sobre o nível de poluentes liberados por veículos, fábricas e outras fontes.
"As reduções de emissões desaceleraram dramaticamente no período de cinco anos de 2011 a 2015 em comparação com 2005 a 2009", disse o relatório.
As concentrações de óxido de nitrogênio caíram 7% ao ano de 2005 a 2009, e diminuíram apenas 1,7% ao ano de 2011 a 2015, representando uma desaceleração de 76%.
As estimativas da EPA colocam a desaceleração em apenas 16% durante o mesmo período.
Os níveis de monóxido de carbono - que vêm em grande parte do escapamento de veículos - também diminuíram mais lentamente nos últimos anos.
Os motivos da discrepância podem incluir o aumento das emissões de fontes industriais e residenciais, caldeiras comerciais e veículos todo terreno, junto com reduções mais lentas do que o esperado nas emissões de caminhões a diesel pesados, de acordo com o relatório.
Os pesquisadores descobriram vários sinais de que o problema era baseado nos EUA e não devido às emissões da China, que é o maior poluidor do mundo, incluindo indícios de que a desaceleração na melhora dos níveis de poluição do ar "foi particularmente pronunciada no leste dos Estados Unidos".
Os poluentes vêm caindo desde a aprovação do Clean Air Act, de 1970, que levou a novas tecnologias que reduzem as emissões.
No início de abril, o governo do presidente Donald Trump anunciou que reverteria as regras de poluição e eficiência de combustível da era Obama para carros e caminhões leves, dizendo que elas eram muito rigorosas.
Trump retirou os Estados Unidos do acordo global de Paris sobre as mudanças climáticas e defendeu as usinas a carvão, que contribuem para o aquecimento global.
A qualidade do ar melhorou amplamente nas últimas décadas nos Estados Unidos, mas esses ganhos diminuíram substancialmente desde 2011, segundo um estudo internacional divulgado nesta segunda-feira (30).
O relatório na revista científica Proceedings of National Academy of Sciences (Pnas) encontrou uma grande diferença entre as estimativas e a realidade quando se tratava de óxidos de nitrogênio e monóxido de carbono, que contribuem para o ozônio no nível do solo, ou neblina com fumaça ("smog"), de 2011 a 2015.
"Ficamos surpresos com a discrepância entre as estimativas de emissões e as medidas reais de poluentes na atmosfera", disse o autor principal, Zhe Jiang, que conduziu a pesquisa durante uma bolsa de pós-doutorado no Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos EUA.
"Estes resultados mostram que o cumprimento dos padrões futuros de qualidade do ar para a poluição por ozônio será mais desafiador do que se pensava anteriormente".
A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) tornou os padrões de ozônio mais rigorosos em 2015, sob o governo do ex-presidente Barack Obama.
O estudo usou medições baseadas em terra e dados de satélite, e os comparou com as estimativas da EPA sobre o nível de poluentes liberados por veículos, fábricas e outras fontes.
"As reduções de emissões desaceleraram dramaticamente no período de cinco anos de 2011 a 2015 em comparação com 2005 a 2009", disse o relatório.
As concentrações de óxido de nitrogênio caíram 7% ao ano de 2005 a 2009, e diminuíram apenas 1,7% ao ano de 2011 a 2015, representando uma desaceleração de 76%.
As estimativas da EPA colocam a desaceleração em apenas 16% durante o mesmo período.
Os níveis de monóxido de carbono - que vêm em grande parte do escapamento de veículos - também diminuíram mais lentamente nos últimos anos.
Os motivos da discrepância podem incluir o aumento das emissões de fontes industriais e residenciais, caldeiras comerciais e veículos todo terreno, junto com reduções mais lentas do que o esperado nas emissões de caminhões a diesel pesados, de acordo com o relatório.
Os pesquisadores descobriram vários sinais de que o problema era baseado nos EUA e não devido às emissões da China, que é o maior poluidor do mundo, incluindo indícios de que a desaceleração na melhora dos níveis de poluição do ar "foi particularmente pronunciada no leste dos Estados Unidos".
Os poluentes vêm caindo desde a aprovação do Clean Air Act, de 1970, que levou a novas tecnologias que reduzem as emissões.
No início de abril, o governo do presidente Donald Trump anunciou que reverteria as regras de poluição e eficiência de combustível da era Obama para carros e caminhões leves, dizendo que elas eram muito rigorosas.
Trump retirou os Estados Unidos do acordo global de Paris sobre as mudanças climáticas e defendeu as usinas a carvão, que contribuem para o aquecimento global.
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