Mudança climática diminuirá produção de cerveja no mundo
Paris, 15 Out 2018 (AFP) - Os fãs de cerveja devem se preparar para uma escassez: a mudança climática ameaça diminuir drasticamente a produção de cevada, matéria-prima da bebida maltada.
Os eventos climáticos extremos que afetam esse cereal farão com que a bebida alcoólica mais popular do mundo se torne mais rara e mais cara, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira (15).
"A queda na produção mundial de cevada significa uma queda ainda maior na produção de cevada cervejeira", aponta Dabo Guan, professor de Economia da Mudança Climática na Universidade de East Anglia (Norwich, Reino Unido).
Ele observa que "as culturas da mais alta qualidade são as mais sensíveis" às mudanças no clima.
Apenas a cevada de melhor qualidade (menos de 20% da produzida no mundo) é dedicada à produção de cerveja.
Se o aquecimento global continuar no ritmo atual, os principais fenômenos adversos (secas, ondas de calor, gravidade incomum) afetarão cada uma das principais áreas de cultivo de cevada pelo menos uma vez por ano no decorrer deste século, o que causará uma queda de 16% na produção mundial de cerveja.
Isso é o equivalente ao que é bebido em um ano nos Estados Unidos atualmente, calcularam os pesquisadores em seu estudo, publicado na Nature Plants.
Como resultado dessas crises, o preço médio dobrará.
No cenário mais otimista (com uma grande diminuição imediata das emissões de gases do efeito estufa), cerca de 20 grandes eventos climáticos afetariam as regiões onde se cultiva cevada até 2100, o que reduziria a produção mundial de cerveja em 4% e aumentaria seu preço em 15%.
Alguns países serão particularmente afetados, de acordo com o estudo. Entre as 20 principais regiões consumidoras (per capita) estão atualmente a Europa, os Estados Unidos, a Nova Zelândia e a Austrália.
Os principais exportadores de cevada do mundo são Austrália, França, Rússia, Ucrânia e Argentina, seguidos por alguns outros países europeus. Os grandes importadores são China, Arábia Saudita e Irã, seguidos por três grandes cervejeiros - Holanda, Bélgica e Japão.
Em um mundo no qual o clima também ameaça reduzir a produção e o valor nutricional de outros cereais, como trigo, milho e arroz, a cevada também pode ser usada prioritariamente para o uso alimentício.
"As mudanças climáticas podem reduzir a disponibilidade, a estabilidade e o acesso a 'bens de luxo'", diz Guan.
mh-cho/rh/phc/age/mb/mr/cb
Os eventos climáticos extremos que afetam esse cereal farão com que a bebida alcoólica mais popular do mundo se torne mais rara e mais cara, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira (15).
"A queda na produção mundial de cevada significa uma queda ainda maior na produção de cevada cervejeira", aponta Dabo Guan, professor de Economia da Mudança Climática na Universidade de East Anglia (Norwich, Reino Unido).
Ele observa que "as culturas da mais alta qualidade são as mais sensíveis" às mudanças no clima.
Apenas a cevada de melhor qualidade (menos de 20% da produzida no mundo) é dedicada à produção de cerveja.
Se o aquecimento global continuar no ritmo atual, os principais fenômenos adversos (secas, ondas de calor, gravidade incomum) afetarão cada uma das principais áreas de cultivo de cevada pelo menos uma vez por ano no decorrer deste século, o que causará uma queda de 16% na produção mundial de cerveja.
Isso é o equivalente ao que é bebido em um ano nos Estados Unidos atualmente, calcularam os pesquisadores em seu estudo, publicado na Nature Plants.
Como resultado dessas crises, o preço médio dobrará.
No cenário mais otimista (com uma grande diminuição imediata das emissões de gases do efeito estufa), cerca de 20 grandes eventos climáticos afetariam as regiões onde se cultiva cevada até 2100, o que reduziria a produção mundial de cerveja em 4% e aumentaria seu preço em 15%.
Alguns países serão particularmente afetados, de acordo com o estudo. Entre as 20 principais regiões consumidoras (per capita) estão atualmente a Europa, os Estados Unidos, a Nova Zelândia e a Austrália.
Os principais exportadores de cevada do mundo são Austrália, França, Rússia, Ucrânia e Argentina, seguidos por alguns outros países europeus. Os grandes importadores são China, Arábia Saudita e Irã, seguidos por três grandes cervejeiros - Holanda, Bélgica e Japão.
Em um mundo no qual o clima também ameaça reduzir a produção e o valor nutricional de outros cereais, como trigo, milho e arroz, a cevada também pode ser usada prioritariamente para o uso alimentício.
"As mudanças climáticas podem reduzir a disponibilidade, a estabilidade e o acesso a 'bens de luxo'", diz Guan.
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