Megafoguete lunar da Nasa com atrasos e custos adicionais, alerta informe
Washington, 19 Jun 2019 (AFP) - O anunciado megafoguete da Nasa, com o qual a agência espacial americana pretende levar uma nova geração de astronautas à Lua em 2024, sofre atrasos em sua construção e custos adicionais de quase 30%, segundo um informe elaborado pelo escritório de prestação de contas dos Estados Unidos.
Segundo o informe, os atrasos do Space Launch System (SLS), construído principalmente pela empresa Boeing, põem em dúvida o cumprimento do objetivo do governo Trump de voltar a levar astronautas à Lua em 2024, um programa batizado Ártemis.
O plano original previa um primeiro voo do SLS em novembro de 2018, mas a Nasa o adiou para junho de 2020. Recentemente, a agência admitiu que também não poderá cumprir essa data, sem esclarecer quando conseguirá finalmente pôr no ar o SLS pela primeira vez.
A Government Accountability Office (GAO), um organismo oficial de controle que trabalha de forma independente na análise dos gastos públicos e informa o Congresso e as agências federais, disse em seu informa que o primeiro lançamento do megafoguete pode ser realizado em junho de 2021, se chegassem a ocorrer todos os contratempos previstos no calendário.
O orçamento do SLS também foi motivo de preocupação. Segundo o informe, dos 6,2 bilhões de dólares previstos originalmente para construir o primeiro foguete, se chegou a um custo total de 8 bilhões de dólares, um aumento de 29%. Esta cifra não contempla o gasto para missões futuras, porque cada foguete pode ser utilizado apenas uma vez.
Além disso, a essa cifra deve-se somar o custo da cápsula Orion, que se acoplará à cabeça do SLS e é onde viajarão os astronautas.
"A publicação dos custos por parte da Nasa para os programas SLS e Orion não é completamente transparente", denunciaram os auditores.
Em particular, a GAO aponta para o gigante da indústria aeroespacial Boeing. A empresa "subestimou a quantidade de pessoal necessário para a construção da etapa principal nos tempos disponíveis", diz o informe, e acrescenta que, segundo a Nasa, a Boeing buscou minimizar o número de técnicos para reduzir custos.
BOEING
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