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Crânio de dinossauro de 165 milhões de anos é reconstruído em 3D

O estudo do crânio permitiu descobrir que a espécie possuía um ouvido interno considerável - PLoS ONE
O estudo do crânio permitiu descobrir que a espécie possuía um ouvido interno considerável Imagem: PLoS ONE

Em Madri

18/01/2012 09h40

Uma equipe de pesquisadores espanhóis reconstruiu em 3D a cavidade craniana de um dinossauro Spinophorosaurus nigeriensis, de 165 milhões de anos, o que revelou que esses exemplares possuíam um ouvido interno muito desenvolvido, uma característica relacionada com a coordenação dos olhos e cabeça.

Os resultados deste trabalho foram publicados na revista "PLoS One" e dele participaram pesquisadores do Conselho Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) da Espanha.

O estudo foi feito em fósseis encontrados no Níger em 2006 e pertencem ao Jurássico Médio, informa o CSIC em comunicado.

A descoberta sugere que este dinossauro, apesar de ser um animal de menor agilidade que seus ancestrais, apresentava um aparelho vestibular (conjunto de órgãos do ouvido interno) considerável.

A nota indica que os Spinophorosaurus eram quadrúpedes herbívoros de pescoço longo que costumavam alcançar 15 metros de comprimento e cujas caudas apresentavam protuberâncias ósseas como espinhos.

O aparelho vestibular constitui a base do sentido do equilíbrio e possui três canais semicirculares encarregados de detectar a aceleração angular da cabeça.

Esses canais são mais alongados em animais ágeis e mais curtos nos mais lentos.

O trabalho contou com a colaboração de pesquisadores da Universidade Nacional de Educação a Distância da Espanha, da Universidade de Ohio (EUA) e da Universidade Humboldt de Berlim (Alemanha).