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Liderar o Tratado Antártico "é um orgulho para América Latina", diz Lluberas

26/05/2017 10h19

Pequim, 26 mai (EFE).- O uruguaio Albert Lluberas, desde ontem novo secretário-executivo do Tratado Antártico, considerou nesta sexta-feira que é um orgulho não só para seu país, senão para toda América Latina, o fato de um compatriota estar à frente do organismo encarregado de promover a cooperação internacional no continente branco e seu cuidado.

"É um orgulho para a região. É a primeira vez que um latino-americano alcança esta posição", disse Lluberas em declarações à Agência Efe na embaixada do Uruguai em Pequim durante seu primeiro discurso perante a imprensa após ser escolhido ao cargo.

A escolha, acrescenta Lluberas, é "uma demonstrações do contínuo compromisso do Uruguai com o sistema do Tratado Antártico".

"Para o Uruguai, é o resultado da eficácia política e da participação efetiva no sistema antártico fazendo valer seu compromisso com o continente, a partir do desenvolvimento de ciência e da participação do governo e da administração da área", sublinhou o secretário-executivo.

Lluberas, que também ocupa o posto de secretário-geral do Instituto Antártico do Uruguai, estará à frente do organismo durante um período de quatro anos que poderá se estender, e gostaria plasmar seu trabalho "no compromisso com as partes ao manejar um órgão dependente da reunião consultiva", que formam os países membros do Tratado.

O especialista uruguaio foi escolhido na quinta-feira em uma votação, em um encontro do órgão em Pequim.

Neste encontro foram debatidos, entre outros assuntos, a maneira de administrar o turismo antártico para minimizar o impacto ambiental e novas medidas para proteger o especial ecossistema do continente branco de possíveis danos durante as tarefas de pesquisa científica ou novas atividades, como a pesca.

O Tratado Antártico é um acordo assinado em 1959 e que definiu a Antártida como o primeiro espaço desmilitarizado e desnuclearizado do planeta, de uso exclusivo para fins pacíficos e especialmente destinados à ciência, um conceito com o qual Lluberas assegurou que segue comprometido.