Topo

Nasa lançará em 2018 primeira sonda que atravessará atmosfera do Sol

Sonda que será lançada pela Nasa chegará à distância mais próxima da superfície solar já alcançada até o momento - LoganArt/Reprodução
Sonda que será lançada pela Nasa chegará à distância mais próxima da superfície solar já alcançada até o momento Imagem: LoganArt/Reprodução

31/05/2017 14h24

A Nasa (Agência Aeroespacial dos Estados Unidos) anunciou nesta quarta-feira (31) o lançamento de uma sonda que chegará à distância mais próxima da superfície solar já alcançada até o momento para estudar as características físicas da atmosfera da estrela.

A Solar Probe Plus voará diretamente para a coroa solar, atravessando-a pela primeira vez e ficando a "apenas" 6 milhões de quilômetros da superfície da estrela, algo extremamente difícil.

Em uma cerimônia na Universidade de Chicago, o chefe do programa de missões da Nasa, Thomas Zurbuchen, rebatizou a sonda com o nome da Sonda Solar Parker, em homenagem a Eugene Parker, o astrofísico que desenvolveu a teoria dos ventos solares supersônicos.

Até agora, novas sondas se aproximaram para estudar os ventos solares e a coroa solar, mas nunca a uma distância tão próxima, que poderia responder muitas perguntas sobre o comportamento do astro.

A sonda Parker foi projetada para obter dados em um ambiente de temperaturas extremas, com muita quantidade de radicação, e chega a uma velocidade de 200 quilômetros por segundo, o que permitiria que ela fosse da Terra à Lua em meia hora.

"Até agora, os materiais para que essa missão fosse possível não existiam", indicou Nicola Fox, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, responsável por desenvolver parte dos componentes do equipamento.

Lançar uma sonda que chegue até o Sol é, até hoje, uma missão impossível. Para causar um impacto na superfície solar, uma solar deveria ser capaz de atingir uma velocidade de 30 quilômetros por segundo na direção contrária da velocidade orbital da terra ao redor do astro rei, mas a tecnologia de foguetes atuais só conseguir cobrir um terço disso.

Para se aproximar do Sol e orbitá-lo em uma distância tão curta, a Sonda Parker será acelerada pelo Delta IV Heavy, o foguete em serviço com a maior potência existente.

Várias sondas lançadas desde os anos 60 confirmaram as teorias sobre o campo magnético do Sol e a existência de ventos solares, além de permitirem observar o comportamento da coroa solar, que atinge temperaturas mais altas que a superfície do astro.