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Vento solar atinge a Terra nesta quarta-feira; veja possíveis consequências

7.mar.2016 - Aurora boreal colore céu de Lietzen, na Alemanha. O fenômeno, mais comum em países nórdicos, é produzido por partículas de vento solar canalizadas pelo campo magnético terrestre - Owen Humphreys/AP
7.mar.2016 - Aurora boreal colore céu de Lietzen, na Alemanha. O fenômeno, mais comum em países nórdicos, é produzido por partículas de vento solar canalizadas pelo campo magnético terrestre Imagem: Owen Humphreys/AP

Na Cidade do México

13/03/2018 20h01

Uma corrente de vento solar chegará à Terra na quarta-feira (14), um fenômeno que pode afetar as telecomunicações e provocar efeitos naturais como auroras boreais, segundo informou a UNAM (Universidade Nacional Autônoma do México).

O diretor do Laboratório Nacional de Clima Espacial do Instituto de Geofísica da UNAM, Américo González Esparza, explicou que entre os dias 14 e 18 de março o planeta pode experimentar falhas nas telecomunicações por causa do vento solar de uma tempestade geomagnética de intensidade moderada que se originou no Sol há 27 dias.

A tempestade geomagnética que se espera a partir de amanhã tem origem em estruturas chamadas "buracos coronais", que giram no eixo do Sol. Neste caso, a estrutura se formou há 27 dias, o tempo que demorou para chegar à Terra.

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Desses buracos sai o vento solar, que também tem interações com o campo geomagnético do nosso planeta, produzindo fenômenos como as auroras boreais, assim como algumas alterações menores nas telecomunicações.

O especialista comparou o fenômeno a "um tremor de magnitude 4 ou 5", ou seja, um evento comum que ocorre cerca de 300 vezes num ciclo solar (onze anos).

Esparza aproveitou para apontar que é preciso estar alerta pelas tempestades solares apesar da distância da última, que ocorreu há 160 anos e gerou grandes interrupções na comunicação telegráfica em uma época em não havia telefones celulares nem serviços de geolocalização.

"Foi conhecida como o evento Carrington e o próximo poderia ocorrer dentro de 50, 30 ou em dois anos, não sabemos. Em nível mundial, estes eventos servem para nos colocar de acordo na forma de atuar, em nível de nações", comentou o especialista.