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Parte da imprensa americana restrige acesso a europeus por nova lei de dados

27/05/2018 11h53

Washington, 27 mai (EFE).- Vários veículos de imprensa americanos bloquearam o acesso a leitores europeus após a entrada em vigor completa do novo Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR, em inglês), que busca dar ao usuário uma participação ativa sobre os que possuem ou utilizem seus dados.

A legislação, que entrou em vigor nesta sexta-feira, restringiu a entrada dos usuários da Europa a vários veículos de imprensa do país americano, incluindo "The Los Angeles Times", o "The Chicago Tribune" e o "The New York Daily News".

Outros veículos de imprensa, como o "The Washington Post" e "Time", optaram pela via de pedir o consentimento dos próprios leitores para usar seus dados, tal como tinha feito até a entrada em funcionamento da GDPR.

O "USA Today", por outro lado, oferece desde sexta-feira uma "Experiência da União Europeia", segundo uma notificação aos leitores reportada nos veículos de imprensa americanos, que significa que não vai obter os dados dos usuários do Velho Continente.

Vários leitores mostraram descontentamento através das redes sociais, divulgando capturas de tela onde era possível ler as mensagens dos veículos de imprensa americanos se desculpando por não poder oferecer seus textos, imagens e vídeos.

Na sexta-feira chegou ao fim o período de transição de dois anos após a entrada em vigor da norma em maio de 2016 e, ao se tratar de uma regulação, é de obrigatório cumprimento sem que os países tenham que incorporar mudanças ao seu ordenamento legal e tem um efeito direto nos países, por isso que as empresas poderão ser punidas se descumprirem.

Os países da UE podem, no entanto, atualizar suas leis de proteção de dados. As mudanças não podemserr contra o estabelecido pela regulação comunitária, mas sim podem refletir especificidades nacionais, como a idade mínima para dar consentimento sobre dados pessoais.