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Google eliminou 3 bilhões de links para combater pirataria, diz relatório

07/11/2018 16h05

Madri, 7 nov (EFE).- O Google eliminou mais de 3 bilhões de links para sites de internet em 2017 dentro de sua campanha contra a pirataria, segundo o relatório "How Google fights piracy" ("Como o Google combate à pirataria", em tradução livre), divulgado nesta quarta-feira.

O documento especifica que esses links foram eliminados do motor de busca da companhia graças ao uso de ferramentas específicas em favor dos proprietários de direitos autorais, que "parecem ter efeito", já que a pirataria online "diminuiu no mundo todo".

O relatório, que traz os programas, políticas e tecnologias utilizadas para combater o uso ilegal de conteúdo na internet e garantir "oportunidades constantes" para os "criadores de todo o mundo", também garante que as receitas geradas pelos titulares de direitos alcançaram "máximos históricos" e cita como exemplo os mais de US$ 3 bilhões associados aos mesmos graças à gestão de conteúdo através do sistema Content IDE.

Esse sistema, definido como "uma ferramenta de gestão inovadora", permite uma colaboração do Google com os autores para criar uma grande base de dados de material protegido na qual é possível comparar qualquer publicação e determinar sua possível ilegalidade.

No caso da plataforma de vídeos YouTube, o Google investiu mais de US$ 100 milhões para a implantação do sistema Content IDE e os resultados foram considerados positivos, porque as receitas publicitárias obtidas no YouTube superaram, entre outubro de 2017 e setembro de 2018, US$ 1,8 bilhão associados à indústria musical.

Além disso, o Google retirou de sua rede de propaganda mais de 91 mil domínios que faziam "uso inadequado" de material protegido e afirmou que "a maioria deles foi" detectada graças a um processo de revisão "proativa" e "antes que pudessem obter receitas de qualquer negócio".

O número de anúncios não aprovados diante da suspeita de infringir direitos de propriedade intelectual - ou incluir links para sites infratores - subiu para 10 milhões e, no que diz respeito ao Google Play, até 250 mil aplicativos foram removidos durante 2017.

O documento lembra que os proprietários de conteúdo podem enviar reivindicações de infração de direitos autorais através de seus formulários digitais e explica o trabalho de uma equipe de engenheiros que "trabalha em tempo integral para combater os abusos no (Google) Drive", o serviço de armazenamento em nuvem, o que contribuiu para reduzir "substancialmente" o 'streaming' ilegal.

Para o futuro, esta empresa - que controla a maior comunidade de usuários em rede do mundo - propõe cinco princípios sobre os quais baseará seus investimentos contra a pirataria: criar melhores alternativas legais é o primeiro deles já que o conteúdo pirateado "se torna muito menos interessante quando é mais fácil encontrar alternativas legais".

"Seguir o dinheiro" é o segundo ponto, pois "a grande maioria" dos sites dedicados à pirataria o fazem para enriquecimento, portanto, "uma forma para combater este problema é eliminando as suas receitas".

Ser eficiente, eficaz e escalável, proteger contra o abuso e fornecer transparência são os outros três princípios.

A Internet, segundo o Google, permite "que pessoas de todo o mundo" possam criar e distribuir novas obras de arte "como jamais foi possível anteriormente" e, por isso, é preciso "preservar esta economia criativa" e evitar "o fluxo de capital para as pessoas que pirateiam esses mesmos conteúdos".