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Acabou o soninho: sonda chinesa 'acorda' 2 semanas após pousar no lado oculto da Lua

Sonda chinesa Chang"e 4 pousou no lado oculto da Lua - AFP
Sonda chinesa Chang'e 4 pousou no lado oculto da Lua Imagem: AFP

31/01/2019 10h20

A sonda chinesa Chang'e 4, que no início do mês chegou pela primeira vez na história à face oculta da Lua, "acordou" de um "cochilo" de duas semanas, o equivalente à duração de uma noite lunar. Nesse período, a temperatura caiu até 190°C negativos.

A noite lunar deixou Chang'e 4 inativa, já que o equipamento funciona com energia solar, o que fez com que seu despertar fosse programado para coincidir com a chegada de luz do Sol, informou nesta quinta-feira (31) a Administração Nacional do Espaço da China (Anec).

No caso do veículo, batizado como Yutu 2, o "despertador" soou às 20h de terça-feira na China (10h em Brasília), enquanto o módulo de pouso terminou sua hibernação às 20h39 no horário chinês (10h39 em Brasília) de quarta-feira.

Para resistir às baixas temperaturas, os equipamentos, que agora estão separados por 18 metros, contaram com uma alimentação mínima proporcionada por uma bateria.

Além disso, a Anec indicou que todos os instrumentos retomaram suas atividades.

Lançada a partir da região central chinesa de Sichuan em 8 de dezembro, a Chang'e 4 estabeleceu em 3 de janeiro um marco na exploração espacial: conseguiu pousar com sucesso na face oculta da Lua.

Entre os experimentos que a sonda está fazendo estão a captação de ondas de baixa intensidade e a germinação de plantas na Lua em contêineres que recriam a atmosfera terrestre.

No dia 15 de janeiro, a Anec publicou uma foto desse último experimento que mostrava um broto de uma planta de algodão, que sobreviveu durante poucas horas até a chegada da noite lunar e a consequente queda da temperatura.