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Reino Unido lança moeda para homenagear Stephen Hawking

13/03/2019 14h12

Londres, 13 mar (EFE).- O Reino Unido lançou uma moeda comemorativa de 50 pence para homenagear a vida e o trabalho do físico Stephen Hawking, que morreu em março de 2018 aos 76 anos.

A moeda está à venda em diversas versões através do site da Royal Mint, a fábrica oficial de moedas do Reino Unido, por um preço que varia entre dez libras (R$ 50), a mais barata, e 795 libras (R$ 4 mil) por uma cunhada em ouro.

Hawking foi um dos físicos teóricos mais célebres das últimas décadas por suas pesquisas sobre a natureza dos buracos negros e seus populares livros de divulgação científica.

A moeda comemorativa, que não entrará em circulação, inclui uma ilustração que reproduz a curvatura do espaço-tempo ao redor de um buraco negro, um dos fenômenos físicos que o cosmólogo britânico abordou na sua célebre obra "Uma Breve História do Tempo" (1988).

"Stephen Hawking conseguiu que alguns problemas difíceis fossem acessíveis e interessantes", afirmou a designer da moeda, Edwina Ellis, em comunicado da Royal Mint.

Uma das descobertas mais reconhecidas de Hawking foi a teoria de que os buracos negros emitem certa radiação, por isso lentamente se evaporam e a muito longo prazo podem chegar a desaparecer.

"Acredito que minha maior conquista é ter descoberto que os buracos negros não são completamente negros", disse o físico em uma ocasião à emissora de televisão "BBC".

Hawking é um dos cientistas que foram reconhecidos nos últimos anos pela fábrica britânica de moedas, que em 2017 apresentou uma peça em homenagem a Isaac Newton, que elaborou a primeira descrição da força da gravidade, e em 2009 homenageou Charles Darwin, que estabeleceu as bases da teoria da evolução.

Lucy Hawking, filha do físico britânico, agradeceu à fábrica de moedas pelo "privilégio". "Acho que meu pai ficaria feliz por estar ao lado de Sir Isaac Newton e Charles Darwin", comentou.

Por sua vez, o diretor da Royal Mint, Nicola Howell, elogiou as contribuições à ciência de Hawking, que foi "um dos mais brilhantes físicos do mundo". EFE