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Índia lançará sua segunda missão lunar em 15 de julho

12/06/2019 10h58

Nova Délhi, 12 jun (EFE).- A Índia lançará no próximo dia 15 de julho sua segunda missão à Lua, Chandrayaan-2, que explorará o polo sul da superfície lunar, informou nesta quarta-feira a Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO).

Trata-se da missão "mais complexa já realizada" pela organização e coletará dados sobre a presença de água na Lua e sua composição mineral, além de realizar diversos experimentos, afirmou em entrevista coletiva o chefe do programa, Kailasavadivoo Sivan.

Segundo Sivan, a sonda lunar será lançada às 2h51 (horário local de 15 de julho (18h21 de 14 de julho em Brasília) e a previsão é que alune entre os dias 6 e 7 de setembro.

O aparelho, com um peso total de 3,8 toneladas, inclui um robô que tocará a superfície da Lua e que durante sua vida útil percorrerá cerca de 500 metros, assim como uma sonda que permanecerá na órbita lunar durante um ano.

"O corpo composto permanecerá em uma órbita circular de cerca de 100 quilômetros em torno da Lua e quando o momento for propício, o módulo de alunissagem se separará do orbital", indicou Sivan.

O módulo de alunissagem reduzirá a órbita "de forma controlada" utilizando os motores antes de tentar o descenso, que no total durará apenas 15 minutos.

Sivan destacou que "esses 15 minutos serão o momento mais aterrorizante para o nosso escritório, não só para as pessoas do ISRO, mas também será um momento aterrorizante para todos os indianos porque esses 15 minutos de voo são a operação mais complexa que o ISRO já tentou".

O lançamento da Chandrayaan-2 estava previsto inicialmente para 2018 e é a segunda missão de exploração lunar da Índia projetada depois que sua versão anterior, Chandrayaan-1, foi posta em órbita lunar em novembro de 2008.

A nação asiática anunciou também a intenção de colocar três pessoas em órbita durante sete dias em dezembro de 2021.

A Índia, com um dos programas espaciais mais ativos do mundo, começou a colocar satélites na órbita terrestre em 1999 e faz parte do exclusivo grupo de países que dispõem de sistema de navegação por satélite, no qual figuram os Estados Unidos (GPS) e a Rússia (GLONASS), entre outros. EFE