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Temporada de furacões no Atlântico terá atividade "média" este ano

10/07/2019 02h19

Denver (EUA), 9 jul (EFE).- A atual temporada de furacões no Atlântico, que começou em junho, terá uma atividade "quase média" de tempestades e furacões, de acordo com a previsão atualizada da Universidade Estadual do Colorado (CSU, sigla em inglês) dos Estados Unidos divulgada na terça-feira.

Em seu novo relatório, os especialistas da universidade identificam para a temporada um total de 14 tempestades com nome, ou seja, duas a mais que a média anual e uma a mais que as indicadas em sua previsão divulgada em abril deste ano, quando previram uma atividade "ligeiramente abaixo da média".

Das 14 tempestades, seis se transformarão em furacões (em abril, a previsão eram de cinco), duas das quais serão de categoria superior, ou seja, acima da categoria 3 na escala Saffir-Simpson de um máximo de cinco.

O relatório observa que "a superfície do Oceano Atlântico tropical não parece particularmente favorável para uma estação ativa" e é provável que o fenômeno El Niño, atualmente fraco, se fortaleça durante o pico da estação, entre os meses de agosto e setembro, o que contribuirá para "uma temporada quase média".

De acordo com Philip J. Klotzbach, chefe de pesquisa do Departamento de Ciências Atmosféricas da CSU, com o El Niño mais forte, "tenderia a produzir mais correntes verticais de vento no Caribe se estendendo até o Atlântico tropical e destruindo os furacões que tentam se formar ou intensificar".

O relatório atualizado observa uma probabilidade de 54% de que um grande furacão afete alguma parte da costa dos Estados Unidos (em abril passado foi de 48%) e 32% de um ciclone com essas características (categorias 3, 4 ou 5) impacte na costa leste (em abril foi de 28%).

A previsão inclui 55 dias de tempestades (cinco a mais do que o relatório inicial), 20 dias de furacões (quatro a mais do que em abril) e cinco dias de furacões (um a mais de três meses) durante a atual temporada de furacões, que terminará em novembro.

Segundo antecipou no mês de maio a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) dos EUA, a temporada de furacões no Atlântico terá uma atividade "próxima da média", o que implica a formação de dois a quatro furacões de categoria principal, o que, alertam, "é muito".

A agência explicou que 9 a 15 tempestades tropicais e 4 a 8 furacões podem ser registrados, dos quais entre 2 e 4 seriam de categoria mais alta, isto é, grau 3, 4 ou 5 na escala de Saffir-Simpson.

Precisamente, o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (CNH) alertou nesta terça da provável formação nas próximas 48 horas, no extremo do nordeste da Flórida, no que seria a segunda tempestade da atual temporada de ciclones no Atlântico. EFE