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É verdade que temos atração por quem é parecido conosco ou com nossos pais?

Freud explica: teste mostra que temos mais atração por quem nos é familiar - Getty Images
Freud explica: teste mostra que temos mais atração por quem nos é familiar Imagem: Getty Images

De Tilt, em São Paulo

02/02/2020 12h16

Você já deve ter ouvido isso: nós casamos com pessoas muito parecidas com nossos pais. Ou então já deve ter visto aquele casal que é muito parecido fisicamente. Pois a ciência explica isso.

Um teste elaborado pelo psicólogo Chris Fraley, da Universidade de Illinois, e publicado no renomado periódico "Personality and Social Psychology Bulletin", propõe três experiências para medir essa atração.

Na primeira, os voluntários tinham que olhar fotos de pessoas estranhas e dar notas mais altas para as que julgavam mais atraentes. Antes de mostrar os rostos, metade do grupo era exposta muito rapidamente à imagem do pai, no caso das mulheres, ou da mãe, no caso dos homens. Os participantes tendiam a dar notas melhores às faces apresentadas imediatamente após a imagem subliminar do pai ou da mãe.

No segundo experimento, os participantes tinham que avaliar a capacidade de atração sexual de outro conjunto de faces, compostas a partir de dois rostos diferentes. Para metade do grupo, a composição incluía o rosto do próprio voluntário. O resultado? As pessoas tendiam a escolher como mais atraentes os rostos que incluíam sua própria imagem.

No terceiro teste, os participantes eram informados de que o rosto tinha sido construído a partir da própria imagem, quando na verdade não tinha. Os voluntários, nesse caso, diziam que as faces supostamente formadas com a própria foto eram as menos atraentes.

Segundo o pesquisador, os resultados comprovam as teorias de Sigmund Freud sobre o tabu do incesto, imposto pela sociedade para inibir nossos instintos primitivos. Já os seguidores da psicologia evolucionista teriam menos razão ao defender que as pessoas têm uma aversão sexual aos pais, porque seres geneticamente diferentes tendem a ter descendentes mais saudáveis.

O pesquisador esclarece que os resultados podem indicar apenas que nosso cérebro tende a "gostar" daquilo que lhe parece mais familiar.

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