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Emissão de gases de efeito estufa no país aumentou 62% em 15 anos

Da Redação

Em São Paulo

01/09/2010 10h00

Atualizada em 01.09.2010

Dados do relatório de Indicadores de desenvolvimento sustentável - Brasil 2010, divulgado nesta quarta-feira (1º) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a emissão de gases de efeito estufa no Brasil subiu de 1,35 bilhão para 2,20 bilhões de toneladas de CO2 equivalente entre 1990 e 2005, uma evolução de 62%.

O relatório destaca que a emissão de gases de efeito estufa aumentou 7,3% entre 2000 e 2005 (de 2,05 para 2,20 bilhões de toneladas). Já no período anterior (1990 a 1994), com um intervalo um pouco menor, o incremento foi de 8,8%, o que o IBGE aponta como uma tendência de desaceleração.

As atividades relacionadas a mudanças no uso das terras e florestas – que incluem os desmatamentos na Amazônia e as queimadas no Cerrado - contribuíram com 57,9% do total das emissões líquidas de gases-estufa. A agricultura apareceu em segundo lugar, com 480 milhões de toneladas de CO2 equivalente (21%). Ou seja, a zona rural responde por quase 80% das emissões de efeito estufa no país.

O CO2 não é o gás de efeito estufa com maior capacidade de reter calor na atmosfera, mas preocupa pela emissão excessiva. No caso do Brasil, a principal fonte de emissão de CO2 é a destruição da vegetação natural, englobada na atividade “mudança no uso da terra e florestas”. Essa atividade responde por mais de 75% das emissões brasileiras de CO2, sendo a responsável por colocar o Brasil entre os dez maiores emissores de gases de efeito estufa para a atmosfera.

Em 2005, o país registrou uma emissão de 1.5 toneladas de CO2, contra 931.746 toneladas em 1990.