Sonda Rosetta descobre que cometa não tem campo magnético
A sonda europeia Rosetta revelou que o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko não tem um núcleo magnético, o que contradiz o que se acreditava até então sobre a formação e a evolução dos cometas. As medições do módulo Philae, que se desprendeu da Rosetta e pousou no cometa, sugerem que as forças magnéticas “não desempenham um papel preponderante na formação e evolução de um cometa”, nas palavras do cientista do projeto Rosetta Hans-Ulrich Auster. Ele apresentou esses dados em uma conferência de imprensa nesta terça-feira (14).
A comunidade científica pensava até agora que processos como a magnetização eram parte da formação e evolução dos cometas, mas, segundo Auster, em missões espaciais anteriores, os dados não eram totalmente confiáveis devido à interação entre os ventos solares e os cometas. O estudo das propriedades do cometa podem fornecer pistas sobre o papel dos campos magnéticos na formação dos planetas e cometas do Sistema Solar, há 4,6 bilhões de anos.
Lançada em março de 2004, a sonda Rosetta orbita o 67/P desde o ano passado. Após dez anos de viagem, o módulo Philae abandonou a sonda Rosetta da Agência Espacial Europeia (ESA) e pousou sobre o cometa em 12 de novembro de 2014. O cometa está situado a 500 milhões de quilômetros da Terra.
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