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Trio de pesquisadores leva o Prêmio Nobel de Física de 2016

Os três pesquisadores trabalham em universidades dos Estados Unidos - Jonathan Nackstrand/AFP
Os três pesquisadores trabalham em universidades dos Estados Unidos Imagem: Jonathan Nackstrand/AFP

Do UOL, em São Paulo

04/10/2016 06h52

A Academia Real Sueca de Ciências anunciou nesta terça-feira (4) que os pesquisadores David J. Thouless, F. Duncan M. Haldane e J. Michael Kosterlitz ganharam o Prêmio Nobel de Física de 2016, sendo que a láurea foi dividida em duas "metades", sendo que Haldane e Kosterlitz dividiram uma delas.

De acordo com a organização sueca, o prêmio foi dividido em duas partes: David J. Thouless, da Universidade de Washington, ficou com uma; e F. Duncan M. Haldane e J. Michael Kosterlitz, das universidades de Princeton e Brown, respectivamente, dividiram a outra. O motivo do prêmio foram as descobertas sobre as fases de transição da matéria.

No ano passado, ganharam o Nobel de física o japonês Takaaki Kajida e o canadense Arthur B. McDonald pela descoberta de que neutrinos (pequenas partículas que compõem o Modelo Padrão da física) têm massa.

A lista dos ganhadores do Prêmio Nobel de Física é extensa. Nos últimos dez anos, destacaram-se cientistas do Japão, Estados Unidos, Reino Unido e França.

2016: David Thouless, Duncan Haldane e Michael Kosterlitz (Reino Unido) por seus trabalhos sobre os isolantes topológicos, materiais "exóticos" que podem permitir em um futuro mais ou menos próximo criar computadores superpotentes.

2015: Takaaki Kajita (Japão) e Arthur B. McDonald (Canadá), pela descoberta das oscilações dos neutrinos, que demonstram que estas enigmáticas partículas têm massa.

2014: Isamu Akasaki e Hiroshi Amano (Japão) e Shuji Nakamura (Estados Unidos), inventores do diodo emissor de luz (LED).

2013: François Englert (Bélgica) e Peter Higgs (Reino Unido), por trabalhos sobre o bóson de Higgs, também conhecido como 'partícula de Deus'.

2012: Serge Haroche (França) e David Wineland (Estados Unidos), por pesquisas em óptica quântica que permitiram a criação de computadores superpotentes e relógios com precisão extrema.

2011: Saul Perlmutter e Adam Riess (Estados Unidos), Brian Schmidt (Austrália/EUA), por suas descobertas sobre a expansão acelerada do universo.

2010: Andre Geim (Holanda) e Konstantin Novoselov (Rússia/Reino Unido), por trabalhos pioneiros no desenvolvimento do grafeno, um material revolucionário que transformou a eletrônica, em particular a construção de computadores e transistores.

2009: Charles Kao (Estados Unidos/Reino Unido), Willard Boyle (Estados Unidos/Canadá) e George Smith (Estados Unidos), por pesquisas sobre a fibra óptica e os semicondutores, responsáveis por importantes avanços tecnológicos na telefonia, transporte de dados e fotografia.

2008: Yoichiro Nambu (Estados Unidos), Makoto Kobayashi e Toshihide Maskawa (Japão), por estudos sobre a formação do universo.

2007: Albert Fert (França) e Peter Grünberg (Alemanha), que descobriram a magneto-resistência gigante, uma tecnologia que permite aumentar a capacidade dos discos rígidos e minimizar seu tamanho.

Semana de prêmios

Ontem (3), o japonês Yoshinori Ohsumi venceu o Nobel de Medicina, o primeiro da temporada. Amanhã (5), será anunciado o prêmio de Química, e na sexta-feira (7) será a vez do Nobel da Paz. Na segunda-feira (10), será entregue o prêmio em Economia. O Nobel de Literatura fecha a temporada em 13 de outubro.