Cientistas descobrem como uma lua de Marte se tornou a "Estrela da Morte"
Você pode não saber, mas a maior lua de Marte se chama Fobos e se parece com uma celebridade dos filmes de Hollywood. A característica dominante na superfície da lua (que tem 22 quilômetros de diâmetro) é a cratera Stickney (com nove quilômetros de diâmetro), que faz com a que Fobos fique a cara da famosa Estrela da Morte, estação espacial bélica construída pelo Império Galáctico na saga "Star Wars".
Como se esse fato já não fosse o suficiente para atrair olhares para Fobos, a lua marciana também chama a atenção por ter um grande mistério: durante décadas cientistas não conseguiram explicar como uma cratera tão grande se formou no corpo rochoso sem destruí-lo por completo.
Após tanto suspense, novas simulações numéricas realizadas pelo LLNL (Laboratório Lawrence Livemore, em sigla em inglês), nos Estados Unidos, desvendaram o enigma.
Pela primeira vez, os físicos do LLNL demonstraram como um impacto de um asteroide ou cometa teria criado a cratera Stickney sem destruir Fobos, em uma pesquisa foi publicada na revista Geophysical Review Letters.
"Mostramos como a batida foi possível usando dados sobre a porosidade da lua e a resolução adequada em uma simulação em 3D. Não há muitos lugares com recursos de computação tão bons", afirmou Megan Bruck Syal, uma das autoras do artigo e membro da equipe de defesa planetária do LLNL.
Simulações mais antigas usaram aparelhos 2D em resoluções mais baixas e foram incapazes de replicar a criação da cratera.
A pesquisa concluiu que existem diferentes soluções plausíveis para a criação da cratera, mas Syal afirma que um cenário possível é a colisão de Fobos com um objeto de 250 metros de diâmetro viajando a cerca de seis quilômetros por segundo.
"Algo tão grande e rápido como o que causou Stickney teria um efeito devastador sobre a Terra,"
Megan Bruck Syal
O estudo explica que a investigação é de grande importância para nos prevenirmos de batidas semelhantes. "Se a Nasa (Agência Espacial Norte-americana) vê um asteroide vindo em nossa direção, seria essencial saber que somos capazes de desviá-lo. Só teremos uma chance e as consequências têm que ser minimizadas. Com os resultados do trabalho podemos garantir que nossas teses estarão prontas para serem usadas quando for preciso", disse Syal.
Outra lenda que ronda a lua marciana é sobre o aparecimento de depressões em sua superfície.
Existem teorias que dizem que sulcos apareceram devido ao impacto que originou a cratera. Porém, a análise do LLNL concluiu que é mais provável que as marcas no solo tenham sida causadas por pedras que rolaram lentamente na superfície após a batida responsável pela cratera e criaram as ranhuras. Mas ainda são necessários mais estudos para confirmar a tese.
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