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Robôs inteligentes serão "o melhor ou o pior" para humanidade, diz Hawking

O físico Stephen Hawking durante palestra - Getty Images
O físico Stephen Hawking durante palestra Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

21/10/2016 10h34

O físico Stephen Hawking está em alerta para o impacto da inteligência artificial, que para ele será "a melhor ou a pior coisa que já terá acontecido para a humanidade". A declaração foi feita durante a inauguração de um centro de pesquisas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.

Hawking chamou a iniciativa de um centro para examinar os avanços das tecnologias inteligentes de "crucial para o futuro de nossa civilização e nossa espécie", de acordo com o jornal britânico "The Guardian". 

Em suas declarações, Hawking tem demonstrado preocupação com impactos negativos da inteligência artificial. Para ele, a criação de robôs superinteligentes e com vontades próprias podem fazer com que a humanidade se torne a arquiteta de sua própria destruição. Contudo, o cientista também destaca contribuições positivas que tecnologias do tipo podem trazer.

"Os benefícios potenciais da criação de inteligência são enormes. Nós nem sequer podemos prever o que conseguiríamos com a ampliação de nossas próprias mentes pela inteligência artificial", disse Hawking. Na relação de efeitos benéficos, o físico coloca a reversão de danos causados --ao meio ambiente pela industrialização, a erradicação de doenças e da pobreza.

"Todos os aspectos de nossas vidas serão transformados. Em suma, o sucesso na criação da inteligência artificial pode ser o maior evento na história da nossa civilização", conclui o cientista.

O robô Hal 9000, do filme "2001 - uma Odisseia no Espaço", se revoltou contra os humanos - Reprodução - Reprodução
O robô Hal 9000, do filme "2001 - uma Odisseia no Espaço", se revoltou contra os humanos
Imagem: Reprodução

Centro pesquisará impacto de robôs inteligentes

O Centro Leverhulme para o Futuro da Inteligência, da Universidade de Cambridge, não desenvolverá robôs inteligentes. O que o núcleo de pesquisa fará será mensurar seus impactos, para o bem e para o mal.

Trata-se de um instituto de pesquisas multidisciplinar que tentará responder algumas perguntas que estão em aberto devido ao ritmo acelerado das pesquisas com tecnologia. De acordo com Bertrand Russell, professor de filosofia de Cambridge, o centro é um braço do Centro para o Risco Existencial, que examina uma vasta gama de "potenciais problemas" para a humanidade.