Bactéria tem bombas para expulsar antibióticos e sobreviver a remédios
Como uma bactéria sobrevive a um “ataque” de antibióticos? Esse processo ficou um pouco mais claro graças a um estudo publicado nesta quinta-feira (20) na revista Science.
Os pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia da Áustria, Universidade de Harvard, entre outras instituições, mostram que bactérias mais velhas possuem estruturas que funcionam como bombas que ejetam os antibióticos. Dessa forma, elas conseguem regenerar suas populações quando as condições ficam favoráveis novamente.
O trabalho aumenta as informações sobre como a diversidade das populações de bactérias pode contribuir para o fracasso dos antibióticos e o desenvolvimento de resistência a eles.
E. coli
Tobias Bergmiller e seus colegas estudaram a estrutura que parece uma bomba e é usada pela bactéria Escherichia coli para expelir substâncias como os antibióticos.
Quando a E. coli se divide em duas células irmãs, as bombas na superfície das células se movem em direção aos polos. Uma célula irmã herda o polo mais velho e a outra herda o mais novo, criando uma assimetria na população bacteriana.
Com um marcador fluorescente, os cientistas nomearam e rastrearam os polos. Eles também expuseram as bactérias a níveis que não são letais de antibióticos.
Eles relataram que as bactérias que herdaram os polos mais antigos tinham mais bombas e conseguiam expelir melhor os antibióticos.
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