Maleável e em tamanho real. Cientistas desenvolvem coração artificial em 3D
Cientistas suíços conseguiram uma proeza: fizeram um coração artificial em 3D "ganhar vida" e bater. Este foi o resultado inicial de um estudo publicado na revista Artificial Organs, desenvolvido por alunos da Escola Politécnica Federal de Zurique.
A grande novidade do trabalho é que o coração artificial é maleável e em tamanho real ao órgão de um ser humano adulto. O porém está no fato de a peça em silicone resistir a apenas três mil batidas, o que significa um tempo de vida de menos de uma hora.
Segundo o pesquisador Nicholas Cohrs explicou para a agência de notícias Ansa, o estudo foi desenvolvido com o objetivo de pensar em uma nova forma de desenvolver corações artificiais.
"As bombas usadas atualmente como solução para transplante possuem um dispositivo rígido, com peças mecânicas que podem criar complicações, e acima de tudo tornar o fluxo de sangue de uma maneira contínua, sem a taxa fisiológica. Por esta razão, queríamos desenvolver um coração artificial tão grande quanto a do paciente e que pudesse imitá-lo o máximo possível em forma e função".
O coração impresso em 3D foi feito com a técnica de fundição de cera perdida, possui um volume de 679 centímetros cúbicos (0,7 litros). Ele possui também uma estrutura interna complexa para se obter a contração mecânica necessária para bombear o sangue.
O único problema do novo experimento é que ele não chega a funcionar nem uma hora, pois a peça de silicone resiste a três mil batidas do coração impresso.
Não é a primeira vez que a ciência lida com coração impresso em 3D. Em janeiro de 2015, médicos de Manchester reproduziram com o mesmo método os problemas no coração de uma garotinha de dois anos para salvá-la da morte.
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